Uma Luz No Coração Da Escuridão. Amy Blankenship

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Uma Luz No Coração Da Escuridão - Amy Blankenship

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      Ela devolveu o olhar enfurecido, esperando para ver se ele revidaria ou a soltaria. Se ela fosse apostar, escolheria a primeira opção.

      Kyou sabia que o pequeno tapa de uma garota não era compatível com a lascívia que vinha do cara que a segurava com tanta força. Ele mentalmente destruiu o pervertido por ousar tocar o que ele pretendia reivindicar como sua posse. De repente, tomou uma decisão, não se importando mais se Hyakuhei o detectou ou não. Assim que Kyou se moveu para sair das sombras, com a intenção de afastá-la do assediante, ele ouviu um grunhido profundo.

      Momentaneamente atordoado, Kyou sabia que esse tipo de rosnado só pertencia a um licantropo. Seus olhos dourados seguiram o som para sua origem. O som continuava a vibrar da entrada, a apenas alguns metros da menina. A raiva do lobo inundou o corredor cheio de gente.

      Os olhos de Kyou se estreitaram na cena, imaginando se ele podia confiar em uma força atemporal estando tão perto da garota. Ele não via um licantropo desde que havia sido transformado pela primeira vez e, depois, ele apenas se distanciou. Se lembrou de ter dito uma vez para Toya que vampiros e lobisomens não se misturavam. Toya perguntou-lhe por que, mas ele não havia respondido porque só estava repetindo as palavras de Hyakuhei e não sabia o motivo.

      Kotaro deu uma olhada em Yohji tateando "sua mulher" e enlouqueceu. Num piscar de olhos, Yohji foi arremessado contra a parede com a mão de Kotaro em sua garganta, levantando-o vários centímetros no ar. Ele havia lidado com os irmãos pervertidos antes e onde um estava, o outro sempre seguia.

      Seus sentidos estavam em alerta quando sentiu o cheiro de Hitomi e sabia que ele estava vindo por trás. Com um chute bem colocado, Kotaro fez Hitomi voar, para depois cair como um amontoado no chão do corredor. As pessoas se espalharam e o corredor rapidamente ficou vazio.

      Kyoko sentou-se no chão com os olhos arregalados, mal acompanhando o que acabava de acontecer, já que foi tudo muito rápido. Seu olhar foi do corpo amassado de Hitomi para a forma furiosa de Kotaro, que segurava o pescoço de um Yohji que estava ficando azul.

      Sabendo que ela tinha que parar Kotaro antes que ele realmente machucasse alguém, Kyoko ofegou e começou a se levantar. Ao pressionar as mãos no chão, ela tropeçou atrás de Kotaro, pousando uma mão no ombro dele enquanto tentava acalmá-lo.

      â€” Obrigada, Kotaro, mas estou bem agora, então você pode soltar o Yohji, tá? —Sua voz era suave, mas seu pânico aumentou quando os dedos de Kotaro apertaram a garganta de Yohji. Kotaro virou o rosto para Kyoko e ela deu um passo assustado para trás, vendo o tom vermelho em torno dos olhos azuis dele.

      â€” Vi onde as mãos dele estavam, Kyoko, e acho que é hora de levar o lixo para fora. — Kotaro resmungou quando ele se voltou para Yohji e ouviu com um fascínio mórbido quando o menino fazia sons guturais e assumia uma tonalidade azul assustadora.

      O temperamento de Kotaro estava satisfeito com a cor mais escura, dando-lhe o controle suficiente para perceber que Kyoko o estava olhando chocada. Precisando aliviar o medo dela, ele agarrou Yohji pela gola da camisa e se dirigiu para a porta para ensinar ao bastardo alguns bons modos. Ela não precisava ver o resto.

      Kyoko piscou quando a porta se fechou atrás de Kotaro. Perplexa, ela ainda estava em um torpor devido ao choque. Nossa! Kotaro podia ser realmente assustador quando estava bravo. Ela até sentiu pena de Yohji naquele momento.

      Olhando por cima do ombro, viu o irmão de Yohji, Hitomi, ainda deitado onde Kotaro o tinha deixado no chão. Pela primeira vez, ela não se importou que Kotaro fosse seu protetor. Ela estremeceu e tentou não pensar no que poderia ter acontecido se Kotaro não tivesse aparecido na hora.

      Kyou observou ela roer o lábio inferior como se estivesse incerta sobre o que fazer. Quando o olhar dela viajou de volta à porta, ele pensou. Então, ela tem a proteção do licantropo. Ele se perguntou que outros mistérios cercavam a menina. Este não era um lobo normal, aquele que ela chamara de Kotaro, ele podia sentir que era tão velho quanto ele.

      Kyoko aproximou-se das portas de vidro olhando para o estacionamento escuro, imaginando onde Kotaro tinha ido. Colocando a mão na maçaneta, ela começou a abrir a porta, mas um jovem entrou na frente dela, bloqueando seu caminho. Ela permaneceu imóvel por um momento quando o garoto fixou seus olhos nos dela. Foi o sentimento mais esquisito que já experimentara.

      O menino tinha cabelos brancos sólidos e um tom de pele que era quase igual aos cabelos. Mas essa não era a pior parte. Seus olhos eram tão negros que pareciam continuar para sempre, dando a Kyoko a sensação de que ela estava mergulhando neles. O garoto sorriu suavemente, mal descobrindo suas presas desumanas e por um momento, Kyoko realmente acreditava que as viu.

      Uma mão saiu do nada e agarrou o ombro de Kyoko fazendo com que um grito aterrorizado ficasse preso em sua garganta quando ela se virou para ver de quem era a mão.

      *****

      Kyou saiu da escuridão quando viu o servo de Hyakuhei do outro lado da vidraça. Ele sabia do menino enganador. O mais jovem que parecia tão inocente era muitas vezes o mais mortal.

      Avançando atrás de Kyoko, seus olhos sangraram e suas presas se alongaram, deixando o fantasma do menino saber que ele não morderia essa garota sem perder sua própria vida imortal.

      A mão de Kyoko se acalmou na porta sem ter certeza se queria abri-la. Algo sobre o jovem estava realmente lhe dando medo. Assim que ela começou a dar um passo para trás, uma mão pesada saiu do nada e agarrou seu ombro. Um grito aterrorizado subiu sua garganta enquanto se virava para ver quem era.

      Kyoko esqueceu de respirar quando olhou para os olhos dourados. Os longos cabelos brancos moldavam o rosto e os ombros. Ele era poucos anos mais velho e seu cabelo estava perdendo a cor escura em meio às mechas prateadas, mas ele quase se parecia...

      â€” Toya? — sussurrou Kyoko hesitantemente, sabendo que estava errada, mas o mais importante, por que o salão estava girando?

      Assim que seus olhos se chocaram, Kyou sentiu-se atraído por eles. Ela estava olhando para ele como se ela o conhecesse. Mas isso não era tão perturbador quanto ela sussurrar o nome de seu irmão morto. Os braços dele a envolveram, vendo-a ficar tonta sob a influência do líquido contaminado que ela havia consumido anteriormente.

      Quando suas mãos deslizaram por sua pele nua, onde sua blusa era muito curta para cobrir, ele sentiu uma agitação dentro de seu sangue de vampiro, sussurrando para que ele a protegesse.

      A visão de Kyoko não estava boa o suficiente agora. Parecia desafiar sua vontade quando o homem começou a ficar desfocado enquanto ela olhava para ele com curiosidade. Mesmo não conseguindo ver bem, ela ainda podia sentir o corpo dele apoiando-a.

      Elevando os dedos para tocar no rosto dele, ela falou:

      â€” Você não é o Toya. Quem é você? — Antes que ela pudesse obter uma resposta, Buda ou qualquer outro deus que continuasse fazendo piada com ela apagou as luzes e ela mergulhou no inconsciente.

      Kyou a apertou fortemente quando o corpo dela ficou imóvel em seus braços. Ela desmaiou, mas pelo menos não foi nos braços de um inimigo. Sua cabeça caiu para trás, expondo a suave curva alva de sua garganta e Kyou lutou contra seus instintos. Ele silenciosamente

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