A noiva escolhida pelo xeque. Дженни Лукас

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A noiva escolhida pelo xeque - Дженни Лукас Sabrina

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Um enigma? Mas se era um livro aberto!

      Perplexa, teve de recordar-se que não se tinha apresentado como Beth Farraday, mas como Edith. E não podia arriscar que aquele homem descobrisse o seu segredo.

      Até então, não lhe tinha parecido que estivesse a fazer nada de mal. A sua irmã precisava daquele favor e ela tinha a oportunidade de conhecer Paris. Mas o rei de Samarqara não ia pagar uma fortuna por conhecer a empregada de uma loja de Houston, mas por uma investigadora famosa. E o que estavam a fazer tinha um nome: fraude.

      Nervosa, voltou a subir o decote do vestido, porque ele se tinha aproximado mais e os seus seios continuavam empenhados em tentarem escapar ao confinamento. Não era estranho que os seus olhos se fixassem uma e outra vez naquela parte do seu corpo.

      – Enfim, será melhor ir-me embora – conseguiu dizer, envergonhada consigo mesma.

      Beth deu meia volta e dirigiu-se à mansão, mas ele seguiu-a rapidamente e perguntou:

      – Que lhe parecem?

      – De que me está a falar?

      – Das outras mulheres.

      Beth franziu o sobrolho.

      – Por que pergunta?

      – Porque me interessa a opinião de uma pessoa que, segundo diz, não tem nenhuma possibilidade com o rei – respondeu ele. – Se não a tem, quem a tem?

      Ela semicerrou os olhos.

      – Promete-me que não conta ao xeque?

      – Isso importaria muito?

      – É que não quero prejudicar as possibilidades de ninguém.

      Ele levou uma mão ao peito e disse:

      – Então, prometo-lhe que ficará entre nós.

      Beth assentiu.

      – Não sei, suponho que ele optará pela estrela de cinema. Afinal, é a mais famosa de todas.

      – Refere-se à Sia Lane?

      – Sim, claro. Além disso, é tão bela quanto encantadora, embora consiga chegar a ser muito desagradável. Quando estávamos no avião, discutiu com uma pobre hospedeira porque não tinham a água mineral de que ela gosta e, ao chegar a do hotel, ameaçou os paquetes que se a sua bagagem sofresse o mais leve dano que seriam despedidos.

      – A sério?

      – Sim. É o tipo de pessoa capaz de dar pontapés a um cão. A não ser que o cão seja útil para a sua carreira.

      Ele soltou uma gargalhada.

      – Lamento, não deveria ter falado – prosseguiu ela, abanando a cabeça. – De certeza que é uma pessoa maravilhosa. Terá tido um mau dia.

      – É possível. Mas e você, quem escolheria?

      – Escolhia a Laila al Abayyi. Toda a gente gosta dela. E é de Samarqara, por isso conhece os costumes e a cultura do país.

      Ele franziu o sobrolho e disse com brusquidão:

      – Não, escolha outra.

      Beth ficou momentaneamente confundida.

      – Outra? Bom, Bere Akinwande é amável, inteligente e tão bela quanto a Sia Lane. Seria uma rainha fantástica. Embora, para dizer a verdade, nem perceba por que querem estas mulheres casar com o rei Omar.

      – E porquê?

      – Parece-lhe normal escolher uma esposa desta maneira? Que tipo de homem faz algo assim? Parece um reality show.

      – Não seja tão dura com ele. Encontrar esposa é difícil para um homem da sua posição, embora imagine que tudo isto será igualmente duro para si. Não em vão, viu-se obrigada a deixar um trabalho importante para encontrar marido à maneira antiga.

      Beth voltou a suspirar.

      – Sim, tem razão. Não tenho o direito de julgar. Ele paga-nos para virmos, mas nós não lhe pagamos a ele – admitiu. – Pensando bem, deveria agradecer-lhe… se é que tenho oportunidade de conhecê-lo, claro.

      Nesse exato momento, ouviu-se a voz de outro homem.

      – Que está a fazer aqui, menina Farraday? Entre agora mesmo! Precisam de si no salão.

      O recém-chegado, que era um dos empregados do rei, ficou atónito ao ver o acompanhante de Beth.

      – Perdoe-me, menina – prosseguiu, súbita e estranhamente amável. – Se tivesse a amabilidade de regressar ao salão, ficaríamos muito agradecidos.

      – Ena, parece que por fim vou conhecer Sua Majestade – disse Beth ao seu atraente desconhecido. – Deseje-me sorte.

      Ele pôs-lhe uma mão no ombro e disse:

      – Boa sorte.

      Beth estremeceu de novo ao sentir o seu contacto.

      – De qualquer modo, tenho a certeza de que fracassarei. É o meu destino. Sou uma profissional do falhanço.

      Ele olhou para ela com surpresa, e Beth amaldiçoou-se a si mesma por ter dito isso. A fracassada era ela, não Edith. E supunha-se que era Edith.

      – Enfim, não me ligue – acrescentou. – Até logo…

      Quando voltou ao salão, Beth percebeu que já não estava nervosa. O incómodo de conhecer um rei e de encontrar-se entre algumas das mulheres mais famosas do mundo tinha desaparecido por completo.

      Por outro lado, não deixava de pensar no fascinante moreno com quem tinha estado a conversar ao luar num jardim de Paris.

      Omar ficou onde estava, perplexo.

      Seria verdade que a doutora Edith Farraday não o tinha reconhecido? Era difícil de acreditar, mas era uma experiência completamente nova para ele. Nunca uma mulher fingira não o conhecer.

      Em circunstâncias normais, teria desconfiado dela; afinal, era um homem muito famoso e estava sempre a aparecer nos média. No entanto, o seu instinto dizia-lhe que ela não o estava a enganar. Não sabia quem ele era. E, por outro lado, ele também não sabia que Khalid se comprometera a pagar um milhão de dólares a cada candidata.

      Por um lado, era uma decisão lógica, porque não podiam esperar que vinte mulheres tão famosas quanto ocupadas se apresentassem em Paris sem outro motivo senão a possibilidade de serem a sua rainha; mas, por outro lado, sentiu-se insultado. Era esse o seu valor?

      Em qualquer caso, a culpa era sua. Pedira a Khalid que se encarregasse de tudo e ele assim fizera. Era ele quem estava no salão, a entrevistar as mulheres; era ele quem devia escolher dez para lhas apresentar no dia seguinte e, claro, também era ele que tinha estabelecido os critérios da lista inicial.

      Omar só tinha posto a condição de que fossem inteligentes e brilhantes,

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