Laços Que Unem. Amy Blankenship
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Laços Que Unem
Saga Obsessão
Amy Blankenship
Translated by Sobral Ricardo
Copyright © 2009 Amy Blankenship
English Edition Published by Amy Blankenship
Portuguese Edition Published by TEKTIME
All rights reserved.
CapÃtulo 1 âSantuárioâ
Angel Hart olhou pelo espesso vidro da janela, querendo encolher-se face à altura que o helicóptero levava quando voou em direção ao resort onde ela tinha crescido. Amava este sÃtio de morte... Mas gostava muito mais de o ver do chão. Voar era a sua única fobia e tinha estado a fazê-lo nas últimas dez horas.
Soprando o cabelo dos olhos, olhou para o seu irmão, Tristian, perguntando-se o que o tinha possuÃdo para se encontrar no aeroporto com eles, sabendo que teria de voltar para casa a voar no helicóptero.
Ela tinha a certeza que o Tristian ainda odiava mais voar do que ela e conseguia vê-lo a mandar mensagens a alguém para manter a mente ocupada. Talvez tivesse enfrentado o seu medo porque não se tinham visto durante quase dois anos, mesmo falando ao telefone e mandando mensagens um ao outro quase todos os dias. Ela não quis, propriamente, saber porque o havia feito, porque tê-lo ali com ela bastava para a acalmar e estava grata por isso.
Para fugir ao barulho do helicóptero, Angel deixou a mente divagar pelos últimos dois anos. Quando os seus pais se divorciaram, o pai dela tinha-a para a Califórnia enquanto o Tristian tinha sido obrigado a ficar aqui no santuário com a mãe deles. Visto que era demasiado longe para fazer de carro e nenhum deles gostava de voar... A distância tinha sido a única razão para que não se tivessem visitado.
Ela não tinha percebido o quanto tinha tido saudades de Tristian até o ter visto parado ali no aeroporto sozinho. Ele estava encostado à parede mesmo em frente à porta por onde eles tinham passado. Assim que se viram, ela lançou-se a correr em direção dele quando ele estendeu os braços para a abraçar.
O seu irmão mais velho... O Tristian fora sempre a primeira pessoa com quem ela falava de manhã e a última que via antes de fechar os olhos e adormecer. Ao crescerem, até tinham convencido os pais deles que sofriam de sonambulismo porque se levantavam a meio da noite para adormecerem na cama um do outro.
A mãe deles tinha tentado acabar com aquilo quando ficaram um pouco mais velhos trancando as portas dos quartos à noite. Angel serrou os lábios lembrando o que a mãe deles tinha dito da última vez que os tinha apanhado a dormir nos braços um do outro.
- à pecado, a forma como vocês se comportam... agem mais como amantes do que como irmão e irmã - O tom de voz de Lily Hart tinha mudado de amor de mãe para repugnância.
Tristian encontrara, rapidamente, uma forma de contornar aquelas fechaduras estúpidas. Tinha cortado um bocado da parede atrás do seu armário para que pudesse, facilmente, entrar nos pequenos corredores que seguiam as paredes do hotel onde viveram. Tinha feito o mesmo à parede dela e todas as noites esgueirava-se para o quarto dela e dormiam juntos... preparando o despertador para que não fossem apanhados.
Ele dissera-lhe que era a mãe deles que era a pervertida... Por pensar que a relação deles era indecente e repugnante. Até tinha realçado que em muitos outros paÃses mais pequenos, toda a famÃlia dormia e tomava banho junta, e que em outros era perfeitamente normal casamento entre irmãos. Tristian tinha-a convencido que era a mãe que era a pecadora ao tentar afastá-los um do outro.
Angel tinha decidido havia muito tempo manter os seus segredos com Tristian e que eram assuntos deles e de mais ninguém... confiava nele.
Tristian não tinha mudado muito desde que ela o tinha visto pela última vez, mantendo sua aparência jovem e inocente. Mas, ao mesmo tempo, conseguia ver mudanças que não tinha visto a acontecer. O seu cabelo loiro tinha escurecido um pouco na raiz... Madeixas de loiro platinado e pontas ruivas ficavam-lhe muito bem com os seu bronze suave e olhos verdes.
Sorriu pensando que ele se integraria bem com os surfistas da Califórnia com o seu penteado alternativo. Era quase todo do mesmo comprimento tirando uma zona em que caÃa sobre um dos olhos, bem além do queixo. Também conseguia ver o couro preto do colar com a cruz, que ela lhe tinha enviado para o Natal, espreitando perto do colarinho.
No entanto, sentiu que era ela quem tinha mudado mais. Quando deixara o santuário tinha apenas dezasseis anos. Depois de estar com Tristian, Hunter, e Ray quase todos os dias da sua vida... sentira-se sentido muito perdida e sozinha em Los Angeles. Ela nunca tinha, sequer, visitado uma escola real porque a avó deles tinha contratado sempre explicadores privados para os ensinar em casa.
Ir para a secundária em Los Angeles fora um grande choque cultural. Foi então que percebeu, tendo a sua famÃlia tanto dinheiro tinha apenas permitido que a iludissem completamente quanto ao que era normal. Então conheceu Ashton Fox. Sempre que saÃa da casa do seu pai, Ashton estava lá ou aparecia sempre onde quer que ela estivesse... Como se fosse destino. Ele devolveu-lhe o sorriso rapidamente e começou a mostrar-lhe todo um novo mundo.
Angel cometeu o erro de olhar de novo pela janela assim que passaram por um vale fundo, fazendo-a sentir como se estivessem altÃssimos.
Apertou a mão de Ashton com mais força ainda, decidindo olhar para ele e não para a vertiginosa vista. Os seus olhos de um azul gelado riam-se do nervosismo dela, mas ela não quis saber... de todo. Estava quase feliz por ele não a ter ouvido quando o tentou impedir de a seguir até ao santuário durante o fim de semana.
Usando o pequeno comunicador feito nos seus auriculares perguntou. - Ash, já alguma vez andaste de helicóptero? Pareces estar a lidar com isto muito bem.
- Não, mas eu estou a amar cada minuto - Ashton sorriu-lhe. - A tua famÃlia é um pouco excêntrica, não achas? Mandaram um helicóptero para nos ir buscar ao aeroporto enquanto uma limusina trás a nossa bagagem. E eu pensei que minha famÃlia era rica - levantou as sobrancelhas tentando faze-la rir.
Ele sabia que ela estava nervosa pela forma como lhe estava a cortar a circulação da mão. A vulnerabilidade dela só o encantou ainda mais. Não era nada como as vadias de Los Angeles com quem ele tinha namorado. Os seus pensamentos perderam-se quando a voz do irmão dela se ouviu através do comunicador.
- à sempre assim - Tristian olhou para a sua irmã, sabendo que ela concordaria.
Eles tinham visto os adultos da famÃlia Hart a jogar este jogo estúpido durante toda a sua vida. - Na famÃlia Hart têm sempre de se superar uns aos outros. O facto de a nossa avó ser dona do helicóptero e de toda santuário é a sua pequena vitória sobre os seus três filhos... e o mundo - Murmurou a última parte com um pouco mais de sarcasmo.
- Já chega, Tristian - Malcolm Hart fez um olhar desapontado para o seu filho depois virou-se para a sua mais recente namorada, Felicia. Ele decidiu dominar o com-link durante o resto da viagem para que o seu filho não tivesse a oportunidade de dizer mais nada que danificasse a famÃlia em frente dos seus convidados.
Ele sorriu para a bonita ruiva com quem tinha começado a namorar havia apenas duas semanas. Ele seduzira-a com dinheiro só para que a pudesse trazer e exibir em frente da sua ex-mulher,