Vampiros Gêmeos. Amy Blankenship

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Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship

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que alguém estivesse matando sua família?

      Kyoko assistiu com satisfação o último vampiro começar a derreter, e sabia que só demoraria cerca de uma hora para que as poças tivessem desaparecido sem deixar rastros. Ela esfregou a parte de trás de sua mão em sua bochecha, deixando uma trilha de sangue em seu caminho enquanto ela procurava o pequeno garoto esquisito.

      Yuuhi se deslocou para as sombras, onde ela não podia mais vê-lo. Um sexto sentido lhe disse que não queria se meter com a garota naquele momento, embora ele não tirasse os olhos dela ou do jeito que ela segurava aquela estranha arma brilhante na mão.

      Kyoko piscou na escuridão, achando bastante perturbador a criança ter desaparecido.

      "Eu o assustei?" Ela se perguntou, se recusando a se mover. Ela olhou para o local onde a criança estava parada. Minutos passaram... horas... ou talvez fossem apenas alguns batimentos cardíacos. Finalmente, liberando seu punho cerrado e deixando o dardo espiritual desaparecer... ela encolheu os ombros.

      Os lábios de Yuuhi sugeriram um sorriso maligno quando Kyoko pegou seus livros caídos e começou a andar de novo. Ele percebeu que ela se aproximava dos objetos ao redor dela e sua aparência mudava e se transformava até que ela tivesse passado... como uma aura mágica. Ele olhou para as árvores à frente dela. A parte superior das árvores era como garras pretas que alcançavam o céu... mas quando ela se aproximou delas, elas se tornaram uma coisa linda... até que ela estivesse mais uma vez fora do seu alcance.

      Seu olhar negro a encontrou como se fosse um alvo. Movendo-se pelo ar parado, ele a seguiu. Ela seria uma nova adição poderosa à sua família de escuridão... um presente para seu senhor. Ela tinha um alto instinto de sobrevivência, ao contrário dos tolos descuidados que acabara de matar. Agora mesmo, havia uma pequena trilha de sangue na calçada; como se estivesse a persegui-la, mas ela não o percebera. Ela tinha magia dentro dela e ele queria ser uma parte dela... para ver coisas que ele não tinha visto desde sua transformação.

      *****

      O avô caminhava de um lado para o outro na frente da janela, perguntando-se onde Kyoko estava. Ela não era do tipo de não avisar caso fosse ficar fora até mais tarde. Ele passou a mão por seus cabelos brancos e finos, preocupado. Eles tinham um acordo e ela deveria sempre avisá-lo antes de ir caçar as criaturas do submundo.

      Ele se virou quando o telefone tocou e agarrou-o antes que ele pudesse acordar o resto da casa.

      Tasuki não conseguiu se livrar da estranha sensação que ele teve desde que deixou Kyoko sozinha no estacionamento. Ele dirigiu por apenas alguns minutos antes de retornar e encontrar o local vazio. Ele amaldiçoou silenciosamente ao golpear o volante com frustração. Fazendo um oito ali mesmo no estacionamento, ele deixou a biblioteca... mas em vez de ir para casa, ele partiu para a casa de Kyoko.

      Quanto mais ele permanecia ali... mais desconcertante ficava até que ele não pôde se conter... ele tinha que ligar. Quando ela respondeu ao telefonema rapidamente, ele sorriu. "Graças a Deus você chegou em casa Kyoko."

      "Você é doente... você sabe disso?" O avô olhou de novo pela janela segurando o telefone próximo do ouvido. Ele levantou uma sobrancelha ao ver o carro de Tasuki estacionado a apenas algumas casas. "Ligar para uma senhorita a esta hora da noite!? O que você é, um pervertido?"

      Tasuki quase deixou cair o telefone enquanto toda cor escapava de seu rosto, para logo então voltar rapidamente de baixo para cima, fazendo suas orelhas arderem. Somente o velho conseguia fazer com que ele se sentisse como um completo idiota tão frequentemente. Fechando o celular, continuou a observar a casa de Kyoko, esperando que ela voltasse para casa. O telefonema confirmou que o avô dela definitivamente não estava indo buscá-la.

      Tasuki esfregou as têmporas e suspirou preocupado. Ela mentiu para ele... mas por quê? Olhando com raiva para o único alvo a uma distância razoável, ele estapeou o volante com as duas mãos, e depois mais uma vez para descarregar. Quando Kyoko encararia o fato de que ele podia cuidar de si mesmo? Bem, talvez não tão bem como ela... mas, ainda assim, bem o suficiente para ajudá-la em um apuro.

      Ele estava distraído com sua reclamação silenciosa quando ouviu um barulho perto de seu carro e estava prestes a olhar em volta, pensando que era Kyoko. Ele sentiu que algo atingiu a lateral de seu pescoço, logo atrás da orelha, fazendo-o inalar bruscamente enquanto as estrelas explodiam em sua visão.

      A cabeça de Tasuki caiu para frente, em cima do volante, fazendo-o desmaiar.

      Yuuhi tentou alcançar, pela janela aberta, o jovem, mas afastou a mão quando uma centelha de ametista disparou entre eles. A criança demônio calmamente olhou para seus dedos, depois voltou lentamente para o jovem no banco do motorista. Ser rejeitado só o fazia querer mais e o canto de seu lábio se curvou para cima na sugestão de um sorriso astuto.

      Ouvindo passos distantes, afastou-se do carro e olhou para a rua sentindo a proximidade dela. Voltando à escuridão novamente, Yuuhi esperou.

      O avô desligou o telefone com um sorriso sábio. Ele tocou o queixo se perguntando quando Tasuki iria tomar coragem o suficiente para tirar a virgindade de Kyoko. Ele havia lido nos antigos pergaminhos que, enquanto a sacerdotisa fosse virgem, ela seria um alvo ainda maior para os demônios. Mas, até agora, ele se recusou a dizer a sua neta para fazer sexo. Ele simplesmente desejava que Tasuki se apressasse e chegasse à puberdade ou algo assim.

      Ao ver o movimento no quarteirão de baixo, ele concentrou seus velhos olhos no carro de Tasuki... imaginando quando o menino iria crescer pelos nas bolas e partir pra cima. Havia algo na porta lateral do motorista, mas era muito pequeno para ser Tasuki, e muito rápido para ele saber o que era. Sua atenção foi tomada por outra sombra do outro lado da rua se aproximando.

      Suas sobrancelhas se juntaram quando as feridas dela apareceram. No que ela havia se metido? Algo apareceu atrás dela e seu olhar se colou nele.

      Quando Kyoko pisou na frente da casa, as luzes do detector de movimento se ativaram e ela olhou para a janela e acenou para seu vô. Quando ele não acenou de volta, ela notou o olhar em seu rosto e a amplitude de seus olhos. Ele estava olhando diretamente para detrás dela.

      "Bem... isso é esquisito." Olhando em volta, ela inspirou um suspiro gelado ao ver o estranho garoto a alguns metros dela. Ele estava imóvel como uma estátua no meio da rua. A única vida dentro dele era o seu rebelde cabelo de prata agitando-se na brisa noturna. Ela rangeu os dentes com seu próprio descuido... "Como ela poderia ter sido tão estúpida?"

      Yuuhi conseguia cheirar seu pânico e ficou surpreso com a rapidez com que foi substituído por uma raiva terrível. Seu olhar curioso se elevou para o velho abrindo a janela do andar de cima para eles. Ela estava protegendo ele? Ele deixou sua mente vagar por toda a casa e detectou mais duas forças vitais... uma era uma criança. Voltando o olhar para a menina, Yuuhi se perguntou se a criança do sexo masculino era irmão dela. Ela tomara seus irmãos... seria justo se ele tomasse o dela.

      "Nem pense nisso," advertiu Kyoko, vendo seu interesse em sua casa. Seus olhos se estreitaram com determinação à medida que o dardo espiritual se formava na palma de sua mão.

      Uma luz perversa apareceu dentro de seu punho e algo que Yuuhi não sentiu em mais de quinhentos anos varreu

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