Sem Pistas . Блейк Пирс
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Mais do que qualquer outra coisa, ela temia o que estava por vir. Para ela, conversar com as famílias das vítimas era simplesmente horrível – muito pior do que lidar com cenas de assassinato ou mesmo cadáveres. Ela achava fácil ser envolvida pela tristeza, raiva e confusão das pessoas. Tais emoções intensas destruíam sua concentração e a desviavam de seu trabalho.
Enquanto caminhavam, Robert Newbrough disse: "Meu pai veio de Richmond para casa desde…"
Ele engasgou um pouco no meio da frase. Riley podia sentir a intensidade de sua perda.
"Desde que ouvi sobre Reba," continuou ele. "Foi terrível. Minha mãe está especialmente abalada. Tente não a incomodar muito."
"Eu sinto muito pela sua perda," disse Riley.
Robert ignorou-a e levou Riley até uma espaçosa sala de estar. O senador Mitch Newbrough e sua esposa estavam sentados juntos em um enorme sofá segurando as mãos um do outro.
"Agente Paige," Robert disse, apresentando-a. "Agente Paige, deixe-me apresentar os meus pais, o senador e sua esposa, Annabeth."
Robert ofereceu um assento a Riley e, em seguida, sentou-se também.
"Em primeiro lugar," disse Riley calmamente, "minhas sinceras condolências pela sua perda."
Annabeth Newbrough respondeu com um aceno silencioso de reconhecimento. O senador apenas ficou olhando fixamente para a frente.
No breve silêncio que se seguiu, Riley fez uma avaliação rápida de seus rostos. Ela tinha visto Newbrough na televisão muitas vezes, sempre com o sorriso insinuante de um político. Ele não estava sorrindo agora. Riley nunca tinha visto tanto a Sra. Newbrough, que parecia possuir a docilidade típica da esposa de um político.
Ambos estavam em seus sessenta e poucos anos. Riley reparou que eles se esforçavam e gastavam muito para parecerem mais jovens – implantes de cabelo, tintura de cabelo, plásticas, maquiagem. Na opinião de Riley, tais esforços haviam deixado a aparência dos dois vagamente artificial.
Como bonecas, Riley pensou.
"Eu tenho que lhes fazer algumas perguntas sobre a sua filha," disse Riley, tirando seu notebook. "Vocês estiveram em estreito contato com Reba recentemente?"
"Oh, sim," disse a Sra. Newbrough. "Somos uma família muito unida."
Riley observou uma ligeira rigidez na voz da mulher. Soou como algo que ela falasse um pouco demais, um pouco rotineiro demais. Riley sentiu certeza de que a vida familiar na casa dos Newbrough estava longe de ser ideal.
"Será que Reba não disse nada recentemente sobre estar sendo ameaçada?" Riley perguntou.
"Não," respondeu a Sra. Newbrough. "Nenhuma palavra."
Riley observou que o senador não tinha dito nenhuma palavra até agora. Ela se perguntou por que ele estava tão tranquilo. Ela precisava que ele falasse, mas como?
E então Robert falou.
"Ela tinha passado por um divórcio conturbado recentemente. As coisas ficaram feias entre ela e Paul sobre a custódia de seus dois filhos."
"Oh, eu nunca gostei dele," comentou a Sra. Newbrough. "Ele tinha um tipo de temperamento. Você acha que possivelmente -?" As palavras dela desapareceram.
Riley balançou a cabeça.
"O ex-marido não é um provável suspeito," disse ela.
"Por que diabos não?" Perguntou a Sra. Newbrough.
Riley pesou em sua mente o que ela podia e o que não podia contar.
"Você pode ter lido que o assassino já apareceu antes," disse ela. "Houve uma vítima semelhante perto de Daggett."
A Sra. Newbrough estava ficando mais agitada. "O que é que isso quer dizer para nós?"
"Estamos lidando com um assassino em série," disse Riley. "Não havia nada doméstico sobre isso. Sua filha pode sequer ter conhecido o assassino. Há toda a probabilidade de que não era pessoal."
A Sra. Newbrough estava chorando agora. Riley imediatamente lamentou sua escolha de palavras.
"Não era pessoal?" A Sra. Newbrough quase gritou. "Como poderia ser qualquer coisa menos pessoal?"
O Senador Newbrough falou com seu filho.
"Robert, por favor leve sua mãe para outro lugar e a acalme. Eu preciso falar com a agente Paige sozinho."
Robert Newbrough levou obedientemente sua mãe dali. O Senador Newbrough não disse nada por um momento. Ele olhou Riley firmemente nos olhos. Ela tinha certeza de que ele estava acostumado a intimidar as pessoas com aquele seu olhar. Mas não funcionava especialmente bem com ela. Ela simplesmente retribuiu o olhar.
Por fim, o senador enfiou a mão no bolso do casaco e tirou um envelope do tamanho de uma carta. Ele caminhou até a cadeira onde ela estava e lhe entregou.
"Aqui," ele disse. Em seguida, ele voltou para o sofá e sentou-se novamente.
"O que é isso?" Riley perguntou.
O senador voltou seu olhar sobre ela mais uma vez.
"Tudo o que você precisa saber," ele respondeu.
Riley estava agora completamente perplexa.
"Posso abrir?" Ela perguntou.
"Certamente."
Riley abriu o envelope. Ele continha uma única folha de papel com duas colunas de nomes. Ela reconheceu alguns deles. Três ou quatro eram jornalistas bem conhecidos no noticiário da TV local. Vários outros foram proeminentes políticos de Virgínia. Riley ficou ainda mais perplexa do que antes.
"Quem são essas pessoas?" Ela perguntou.
"Os meus inimigos," respondeu o senador Newbrough em uma voz calma. "Provavelmente não é uma lista abrangente. Mas esses são os que importam. Alguém aí é o culpado."
Riley estava completamente aturdida agora. Ela ficou ali sentada e nada disse.
"Não estou dizendo que qualquer um nessa lista matou a minha filha diretamente, cara a cara," ele falou. "Mas eles com certeza pagariam alguém para fazê-lo."
Riley falou devagar e com cautela.
"Senador, com todo o respeito, acredito que acabei de comentar que o assassinato de sua filha provavelmente não foi por motivos pessoais. Já houve um assassinato quase idêntico a este."
"Você está dizendo que a minha filha foi alvo puramente por acaso?" Perguntou o senador.
Sim, provavelmente, Riley pensou.
Mas ela sabia que não devia dizer