Alerta Vermelho: Confronto Letal . Джек Марс
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Читать онлайн книгу Alerta Vermelho: Confronto Letal - Джек Марс страница 2
Luke saiu da cama movimentando-se com rapidez. Por um lado porque as circunstâncias assim o exigiam, por outro porque queria sair de casa antes de Becca ter tempo de por a cabeça em ordem. Esgueirou-se para a casa de banho, salpicou a cara com água e olhou-se ao espelho. Sentia-se bem desperto mas com os olhos pesados. O seu corpo era sólido e forte – O tempo livre permitira-lhe ir ao ginásio quatro vezes por semana. Trinta e nove anos, pensou. Nada mal.
Tirou da prateleira superior do armário um comprido cofre de aço. De cor, marcou a combinação de dez dígitos. A tampa abriu-se, retirou a sua Glock de nove milímetros e colocou-a num coldre de ombro de cabedal. Agachou-se e prendeu uma pequena pistola de calibre 25 à perna direita. À perna esquerda prendeu uma faca serrilhada com 12 cm de comprimento. O punho também funcionava como soqueira.
“Pensava que já não ias trazer armas para casa.”
Olhou de relance e é claro que Becca ali estava a observá-lo. Tinha vestido um robe bem justo ao corpo. O cabelo estava repuxado para trás. Os braços cruzados. A cara estava contraída e os olhos alerta. Já não era a mulher sensual de há pouco. Nem por sombras.
Luke abanou a cabeça. “Nunca disse isso.”
Começou a vestir umas calças cargo pretas e enfiou algumas revistas nos bolsos por causa da Glock. Escolheu uma camisa justa e prendeu a Glock sobre ela. Calçou umas botas com biqueiras de aço. Fechou a caixa da arma e colocou-a novamente na estante mais alta do armário.
“E se o Gunner encontrasse essa caixa?”
“Está bem lá em cima. Não a vê e não lhe pode chegar. Mesmo que pegasse nela, está fechada com uma fechadura digital. Só eu sei a combinação.”
Pendurado num cabide estava um saco com roupa para dois dias. Pegou nele. Numa das prateleiras, repousava uma pequena mala de primeiros-socorros abastecida com artigos de higiene para viagem, óculos de ler, barras energéticas e meia dúzia de comprimidos Dexedrine. Agarrou nela também.
“Sempre pronto, não é Luke? Tens a tua caixa com as tuas armas, as malas com a roupa e os medicamentos, e estás sempre pronto a partir quando o teu país precisa de ti, não é verdade?”
Luke suspirou profundamente.
“Não sei o que queres que eu diga.”
“Que tal: decidi não ir, decidi que a minha mulher e o meu filho são mais importantes que um emprego. Quero que o meu filho tenha um pai. Não quero que a minha mulher fique acordada noites sem fim a tentar adivinhar se estou vivo ou morto, ou se vou sequer regressar. Podes dizer isso por favor?”
Era em momentos como este que ele sentia a crescente distância que se instalara entre eles. Quase a podia ver. Becca era uma sombra minúscula num vasto deserto, a diminuir à medida que se aproximava do horizonte e ele queria resgatá-la para junto de si. Era algo por que ansiava desesperadamente mas não sabia como o conseguir. Uma missão esperava por ele.
“O Papá vai-se embora outra vez?”
Ambos coraram. Ali estava Gunner, no topo dos três degraus que iam dar ao seu quarto. Por um momento, ao vê-lo, a respiração de Luke suspendeu-se. Parecia o Christopher Robin dos livros de Winnie the Pooh. Tinha cabelo louro, usava umas calças de pijama com um padrão coberto de luas amarelas e estrelas e vestia uma T-shirt da série Walking Dead.
“Vem cá, monstro.”
Luke pousou as malas e pegou no filho ao colo. O rapaz agarrou-se ao seu pescoço.
“Tu é que és o monstro, Papá, não sou eu.”
“Ok, eu sou o monstro.”
“Onde é que vais?”
“Tenho que viajar em trabalho. Talvez um dia ou dois. Mas volto assim que puder.”
“A Mamã vai-te deixar como disse?”
Luke segurou Gunner junto a si. O rapaz estava a ficar grande e Luke teve a noção de que muito em breve já não o ia conseguir segurar daquela forma. Mas esse dia ainda não chegara.
“Ouve-me. A Mamã não me vai deixar e vamos ficar todos juntos durante muito, muito tempo. Certo?”
“Certo, Papá.”
Eclipsou-se pelas escadas acima em direção ao quarto.
Quando ficaram sozinhos, Luke e Becca olharam-se fixamente. Agora, a distância parecia ter diminuído. Gunner era a ponte que os ligava.
“Luke…”
Ele ergueu as mãos. “Antes de falares, queria dizer uma coisa. Amo-te e amo o Gunner mais do que tudo no mundo. Quero estar com vocês todos os dias, agora e para sempre. Não estou a partir porque me apetece. Odeio isto. Mas aquela chamada esta noite… Há vidas em jogo. Em todos estes anos, quando saía de casa a meio da noite as situações eram ameaças de Nível Dois e a maior parte das vezes de Nível Três.”
O rosto de Becca tinha suavizado ligeiramente.
“Que nível de ameaça é este?” Perguntou Becca.
“Nível Um.”
CAPÍTULO 2
01:57
McLean, Virginia – Quartel-General da Special Response Team
“Senhor?” Disse alguém. “Chegámos.”
Luke despertou repentinamente. Sentou-se. Estavam estacionados junto ao portão do heliporto. Uma chuva miudinha caía. Olhou para o condutor. Era um homem jovem com o cabelo cortado à escovinha, provavelmente acabado de sair do exército e sorria.
“O senhor adormeceu.”
“Pois foi,” Respondeu Luke. Mais uma vez, o peso do trabalho exauria-o. Queria estar em casa na cama com Becca, mas em vez disso estava aqui. Queria viver num mundo em que assassinos não roubassem material radioativo. Queria dormir e sonhar com coisas agradáveis. Mas neste momento, não conseguia sequer imaginar coisas agradáveis. O seu sono estava contaminado com o excesso de conhecimento.
Desceu do carro com as malas, mostrou ao guarda a sua identificação e passou por um detetor.
Na pista estava um lustroso helicóptero preto, um grande Bell 430, já com as hélices em movimento. Luke atravessou a pista molhada, agachando-se. Ao aproximar-se, o aparelho dava sinais de que estava pronto para levantar voo. A porta dos lugares destinados aos passageiros deslizou e Luke trepou para o interior do helicóptero.
Já se encontravam seis pessoas a bordo, quatro na cabina dos passageiros e duas no cockpit. Don Morris estava instalado junto à janela mais próxima. O lugar à sua frente estava vazio e Don apontou para ele.
“Ainda bem que pudeste vir, Luke. Senta-te. Junta-te à festa.”
Luke colocou o cinto enquanto o helicóptero subia rumo ao céu. Olhou para Don. O Don que tinha diante de si estava velho, o cabelo liso e a barba já grisalhos. Até a cor das sobrancelhas revelava os efeitos da passagem do tempo. Mas ainda tinha o aspeto de comandante de Força Delta que outrora fora. O corpo era sólido e o rosto granítico – coberto