Perseguida . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Perseguida - Блейк Пирс страница 14
“Estava quando saiu daqui,” Respondeu um dos jovens.
Pairava no ar uma espécie de presságio. Riley não sabia como o interpretar.
McGill e Newton não tiraram os olhos dos jovens enquanto os agentes saíam do prédio. Uma vez lá fora, Newton disse, “Sei onde fica esse armazém.”
“Eu também,” Disse McGill. “Fica a poucos quarteirões daqui. Mas não estou a gostar disto. Aquele lugar é perfeito para montar uma emboscada.”
Pegou no telemóvel e pediu mais reforços para lá irem ter.
“Temos que ter cuidado,” Disse Riley. “Mostrem-nos o caminho.”
Bill conduzia seguindo o SUV local. Ambos os carros estacionaram em frente a um decrépito edifício de tijolo de quatro andares com uma fachada em ruínas e janelas estilhaçadas. Logo a seguir, outro veículo do FBI chegou.
Observando o edifício, Riley percebeu o que McGill quisera dizer e por que quisera mais reforços. O lugar era enorme e decrépito com três andares de janelas escuras e partidas. Qualquer uma daquelas janelas podia facilmente esconder um atirador com uma espingarda.
Toda a equipa estava armada com armas de cano longo, mas Riley e Bill apenas tinham pistolas. Podiam transformar-se em alvos fáceis num tiroteio.
Ainda assim, uma cilada era algo que não fazia sentido para Riley. Depois de evitar astutamente ser preso durante três décadas, por que é que um tipo como Smokey Moran faria algo tão imprudente como abater agentes do FBI?
Riley comunicou com os outros agentes pelo rádio.
“Ainda estão a usar o Kevlar?” Perguntou.
“Sim,” Responderam.
“Ótimo. Fiquem quietos no carro até vos dizer para saírem.”
Bill já tinha chegado às traseiras do SUV bem abastecido onde encontrara dois coletes Kevlar. Ele e Riley colocaram-nos. Depois Riley encontrou um megafone.
Baixou a janela e falou na direção do edifício.
“Smokey Moran, somos do FBI. Recebemos a sua mensagem. Viemos vê-lo. Não lhe queremos fazer mal. Saia do edifício com as mãos no ar e vamos falar.”
Riley esperou um minuto. Nada aconteceu.
Riley falou outra vez pelo rádio a Newton e McGill.
“O Agente Jeffreys e eu vamos sair do veículo. Quando sairmos, vocês saiem também – com as armas em riste. Encontramo-nos na porta de entrada. Mantenham o olhar para cima. Se virem algum movimento no edifício, protejam-se imediatamente.”
Riley e Bill saíram do SUV, e Newton e McGill saíram do seu carro. Outros três agentes armados até aos dentes saíram do veículo que chegara e juntaram-se a eles.
Os agentes moviam com cautela em direção ao edifício, olhando para as janelas com as armas prontas. Por fim, atingiram a segurança relativa da enorme porta de entrada.
“Qual é o plano?” Perguntou McGill, parecendo bastante nervoso.
“Prender Shane Hatcher se aqui estiver,” Disse Riley. “Matá-lo se necessário. E encontrar Smokey Moran.”
Bill acrescentou, “Temos que vasculhar todo o edifício.”
Riley percebeu que os agentes locais não tinham gostado muito deste plano. Não os podia censurar.
“McGill,” Disse Riley. “comece no rés-do-chão e depois vá subindo. O Jeffreys e eu vamos para o último andar e vamos descendo. Encontramo-nos a meio.”
McGill assentiu. Riley vislumbrou um sinal de alívio no seu rosto. Sabiam que era menos provável encontrar perigo na parte inferior do edifício. Bill e Riley estariam a colocar-se num perigo muito maior.
Newton disse, “Vou subir com vocês.”
Riley percebeu a firmeza das suas palavras e não colocou objeções.
Bill abriu as portas e os cinco agentes entraram. Um vento gelado assobiava nas janelas do andar inferior, um espaço vazio com postes e portas para várias salas adjacentes. Deixando McGill e mais três a começar por ali. Riley e Bill dirigiram-se para a mais ameaçadora escadaria. Newton seguia-os de perto.
Apesar do frio, Riley sentia o suor nas luvas e na testa. Sentiu o coração bater e era com dificuldade que mantinha a respiração sob controlo. Não importava quantas vezes já tinha passado por aquilo, nunca se habituaria. Ninguém poderia.
Finalmente entraram no vasto último andar.
O cadáver foi a primeira coisa que chamou a atenção de Riley.
Estava atado direito a um poste com fita adesiva, tão desfigurado que já não parecia humano. Correntes estavam enroladas em redor do seu pescoço.
A arma preferida de Hatcher, Recordou Riley.
“Tem que ser o Moran,” Disse Newton.
Riley e Bill entreolharam-se. Sabiam que ainda não deviam recolher as armas – ainda não. O corpo podia muito bem ser o isco de Hatcher para os atrair para o espaço aberto.
Ao aproximarem-se do homem morto, Newton tinha a espingarda pronta.
Ao aproximar-se do corpo, poças geladas de sangue prendiam-se às solas dos sapatos de Riley. O rosto estava espancado de tal forma que era impossível reconhecê-lo, só através de ADN ou registos dentários seria possível chegar a uma identificação. Mas Riley não tinha dúvidas de que Newton tinha razão; tinha que ser Smokey Moran. Grotescamente, os olhos ainda estavam bem abertos e a cabeça estava de tal forma presa ao poste com fita adesiva que parecia estar a fitar Riley.
Riley olhou à sua volta outra vez.
“O Hatcher não está aqui,” Disse ela, guardando a arma.
Bill fez o mesmo e caminhou ao lado de Riley em direção ao corpo. Newton permaneceu vigilante, segurando a sua espingarda em posição de disparo e virando-se constantemente para vigiar todos os ângulos.
“O que é isto?” Perguntou Bill, apontando para um pedaço de papel dobrado que saía do bolso do casaco da vítima.
Riley tirou o pedaço de papel onde estava escrito:
“Um cavalo encontra-se preso a uma corrente de 24 elos e come uma maçã que se encontra a 8 metros de distância. Como é que o cavalo chegou à maçã?”
Riley ficou tensa. Não a surpreendia que Shane Hatcher tivesse deixado um enigma. Entregou o papel a Bill. Bill leu-o, depois olhou para Riley com uma expressão intrigada.
“A corrente não está presa a nada,” Disse Riley.
Bill anuiu. Riley sabia que ele compreendera o significado do enigma:
Shane the Chain estava agora liberto.