Perseguida . Блейк Пирс

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Perseguida  - Блейк Пирс Um Mistério de Riley Paige

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e viu que Ryan e April estavam a conversar despreocupadamente. De repente, tudo parecia correr tão melhor. Apesar das suas falhas e das de Ryan, a verdade era que tinham dado a April uma vida muito melhor do que aquela que muitas outras crianças tinham.

      E precisamente naquele momento, Riley sentiu uma mão no ombro e ouviu uma voz.

      “Riley.”

      Virou-se e viu o rosto amigo de Bill. Ao afastar-se da porta para falar com ele, Riley não conseguiu evitar olhar para o seu parceiro e para o ex-marido repetidamente. Mesmo no seu atual momento de desespero, Ryan aparentava ser o advogado de sucesso que era. O seu aspeto e modos suaves abriam-lhe portas em todo o lado. Bill, como tantas vezes percebera, parecia-se mais consigo. O seu cabelo escuro já tinha brancas e era mais robusto e amarrotado do que Ryan. Mas Bill era competente nas suas áreas de aptidão e fora muito mais fiável na sua vida.

      “Como é que ela tem passado?” Perguntou Bill.

      “Melhor. O que se passa com o Joel Lambert?”

      Bill abanou a cabeça.

      “Aquele bandido é cá uma peça,” Disse ele. “Mas está a falar. Diz que conhece uns tipos que fizeram rios de dinheiro com jovens e ele pensou tentar. Não demonstra sinais de remorso, é um sociopata cuspido e escarrado. De qualquer das formas, vai ser condenado e vai passar algum tempo dentro. Mas é capaz de fazer um acordo.”

      Riley ficou contrariada. Odiava aqueles acordos e aquele em particular era perturbador.

      “Sei o que pensas a esse respeito,” Disse Bill. “Mas parece-me que ele vai despejar tudo e podemos conseguir prender uma data de filhos da mãe. Isso é bom.”

      Riley concordou. Era bom saber que algo de positivo se podia retirar deste acontecimento terrível. Mas havia uma coisa que tinha que falar com Bill e não sabia muito bem como dizê-lo.

      “Bill, quanto ao meu regresso ao trabalho…”

      Bill deu-lhe uma palmadinha no ombro.

      “Não é preciso dizeres nada,” Disse Bill. “Não podes trabalhar em casos durante algum tempo. Precisas de uma pausa. Não te preocupes, eu compreendo. E toda a gente vai compreender em Quantico. Tira o tempo que precisares.”

      Bill olhou para o relógio.

      “Desculpa ter que me ir embora, mas…”

      “Vai,” Disse Riley. “E obrigada por tudo.”

      Abraçou Bill e ele foi-se embora. Riley ficou no corredor, a pensar no futuro próximo.

      “Tira o tempo que precisares,” Dissera-lhe Bill.

      Isso podia não ser fácil. O que acabara de acontecer a April era uma recordação de todo o mal que andava à solta. O trabalho dela era impedir que acontecessem o máximo de coisas negativas que conseguisse. E se havia uma coisa que aprendera na vida, era que o mal nunca dormia.

      CAPÍTULO DOIS

      Sete semanas mais tarde

      Quando Riley chegou ao gabinete da psicóloga, encontrou Ryan sozinho numa sala de espera.

      “Onde está a April?” Perguntou.

      Ryan fez um gesto de cabeça na direção da porta fechada.

      “Está com a Dra. Sloat,” Disse, parecendo desconfortável. “Tinham qualquer coisa para falar a sós. Depois devemos entrar e juntar-nos a elas.”

      Riley suspirou e sentou-se numa cadeira próxima. Ela, Ryan e April tinham passado muitas horas emocionalmente exigentes nas últimas semanas naquele local. Aquela era a última sessão com a psicóloga antes da pausa para as férias de Natal.

      A Dra. Sloat tinha insistido que toda a família participasse na recuperação de April. Tinha sido árduo para todos eles, mas para alívio de Riley, Ryan tinha participado de forma incondicional no processo. Viera a todas as sessões e até pusera o trabalho em segundo plano para ter mais tempo disponível. Hoje fora buscar April à escola.

      Riley perscrutava o rosto do ex-marido enquanto ele olhava fixamente para a porta do gabinete. Parecia um homem mudado. Não há muito tempo, era tão desatento que chegara ao ponto de ser negligente enquanto pai. Sempre insistira que todos os problemas de April eram da responsabilidade de Riley.

      Mas o consumo de drogas de April e a sua quase introdução no mundo da prostituição forçada, mudara algo em Ryan. Depois da sua permanência na clínica de reabilitação, April já estava em casa com Riley há seis semanas. Ryan visitava-a com frequência e estivera presente no Dia de Ação de Graças. Por vezes até pareciam uma família normal.

      Mas Riley não parava de se lembrar de que eles nunca tinham sido uma família normal.

      Poderia isso agora mudar? Perguntava-se Riley. Quero que mude?

      Riley sentia-se dividida, até um pouco culpada. Há muito que tentava aceitar o facto de que o seu futuro não incluiria Ryan. Talvez até houvesse outro homem na sua vida.

      Sempre existira uma atração entre ela e Bill. Mas também se digladiavam e discutiam de vez em quando. Para além disso, a sua relação profissional era suficientemente exigente sem a parte romântica.

      O seu vizinho bondoso e atraente, Blaine, parecia coadunar-se melhor com as suas necessidades, sobretudo porque a sua filha Crystal e April eram grandes amigas.

      Ainda assim, em momentos como aquele, Ryan quase parecia o mesmo homem por quem ela se tinha apaixonado há tantos anos. Que rumo tomava a sua vida? Não sabia.

      A porta do gabinete abriu-se e a Dra. Lesley Sloat saiu.

      “Agora já podem entrar,” Disse com um sorriso estampado no rosto.

      Riley sempre gostara da psicóloga baixinha, robusta e bondosa, e April também gostava muito dela.

      Riley e Ryan entraram no gabinete e sentaram-se numas poltronas confortáveis. Estavam de frente para April que estava sentada no sofá ao lado da Dra. Sloat. April sorria debilmente. A Dra. Sloat fez um gesto com a cabeça para ela começar a falar.

      “Aconteceu uma coisa esta semana,” Disse April. “É um pouco difícil falar sobre isso…”

      A respiração de Riley acelerou e sentiu o coração bater com mais força.

      “Está relacionado com a Gabriela,” Disse April. “Talvez ela também devesse aqui estar para falar sobre isto, mas como não está…”

      April calou-se.

      Riley estava surpreendida. Gabriela era uma mulher Guatemalteca corpulenta de meia-idade que trabalhava para a família há anos. Mudara-se com Riley e April, e era como um membro da família.

      April respirou fundo e continuou, “Há alguns dias atrás, ela disse-me uma coisa que eu não vos disse. Mas penso que devem saber. A Gabriela disse que tinha que se ir embora.”

      “Porquê?” Articulou Riley.

      Ryan

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