Acorrentadas . Блейк Пирс

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Acorrentadas  - Блейк Пирс Um Mistério de Riley Paige

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exceção dos dois quartos e do corredor, a casa continuava mergulhada na escuridão. Ele podia estar em qualquer lugar, à espreita, à espera de desferir um ataque. Este homem já a tinha apanhado desprevenida uma vez e quase tinha morrido às suas mãos.

      Riley moveu-se sorrateiramente pela casa, ligando as luzes à medida que avançava com a arma pronta para qualquer eventualidade. Apontou a lanterna para o interior de todos os roupeiros e para todos os cantos penumbrosos.

      Finalmente, olhou para o teto do corredor. A portinhola acima dela conduzia ao sótão, escondendo uma escada de puxar nas suas entranhas. Atrever-se-ia a subir lá acima e espreitar?

      Naquele preciso momento, Riley ouviu as sirenes da polícia. Soltou um profundo suspiro de alívio ao ouvir aquele som. Apercebeu-se que a agência tinha chamado a polícia local, considerando a distância de mais de meia hora da sede da UAC.

      Dirigiu-se ao seu quarto, calçou uns sapatos e vestiu um roupão de banho, regressando depois ao quarto de April.

      “Vem comigo,” Disse. “Fica perto de mim.”

      Ainda segurando na arma, Riley envolveu com o seu braço esquerdo os ombros de April. A pobre criança tremia de medo. Riley levou April para a porta de entrada, abrindo-a ao mesmo tempo que vários polícias de uniforme se apressavam em direção à casa.

      O polícia responsável aproximou-se da casa com a arma em riste.

      “Qual é o problema?” Perguntou.

      “Alguém esteve na minha casa,” Respondeu Riley. “Ainda pode lá estar.”

      O polícia contemplou, inquieto, a arma que Riley empunhava.

      “Sou do FBI,” Tranquilizou-o Riley. “Os agentes da UAC devem estar a chegar. Já revistei a casa, exceto o sótão.” Disse, apontando na sua direção. “Há uma porta no teto por cima do corredor.”

      O polícia chamou, “Bowers, Wright, venham cá e revistem o sótão. Os outros revistam lá fora, atrás e à frente da casa.”

      Bowers e Wright foram diretamente para o corredor e puxaram a escada para subirem até ao sótão. Ambos empunhavam as suas armas. Um esperou no fundo da escada, enquanto o outro subia e apontava uma lanterna em todas as direções. Dali a momentos, o homem desapareceu no interior do sótão.

      E logo depois uma voz ressoou, anuncinado, “Não está aqui ninguém.”

      Riley queria sentir-se aliviada. Mas a verdade era que desejava que Peterson estivesse ali em cima. Seria preso ali naquele momento, ou ainda melhor, alvejado, morto. E tinha a certeza de que não estaria nem atrás, nem à frente da casa.

      “Tem uma cave?” Perguntou o polícia responsável.

      “Não, só uma pequena arrecadação,” Respondeu Riley.

      O polícia vociferou lá para fora, “Benson, Pratt, vejam debaixo da casa.”

      April ainda estava desesperadamente agarrada à mãe.

      “O que é que se passa, Mãe?” Perguntou.

      Riley hesitou. Durante anos, evitara contar a April a verdade crua do seu trabalho. Contudo, recentemente compreendera que tinha sido excessivamente protetora. Então, contara a April o traumático cativeiro sofrido às mãos de Peterson, ou pelo menos, o que considerou suportável para ela. Também partilhara com ela as dúvidas quanto à morte do homem.

      Mas o que diria agora a April? Não sabia ao certo.

      Antes de Riley se decidir, April disse, “É o Peterson, não é?”

      Riley abraçou a filha com força. Anuiu, tentando esconder o arrepio que lhe trespassou o corpo.

      “Ele ainda está vivo.”

      CAPÍTULO 2

      Uma hora mais tarde, a casa de Riley estava repleta de pessoas de uniforme e agentes do FBI. Agentes federais armados até aos dentes e uma equipa de análise de provas estavam a trabalhar com a polícia.

      “Embala essas pedras na cama,” Ordenou Craig Huang. “Têm que ser examinados para se detetarem impressões digitais ou ADN.”

      Inicialmente, Riley não ficara muito satisfeita por ver que Huang era o agente encarregue de analisar o sucedido em sua casa. Ele era muito jovem e a anterior experiência de trabalho com ele não tinha corrido da melhor forma. Mas agora via que dava ordens sólidas e organizava a cena de forma eficiente. Huang estava a amadurecer.

      A equipa de análise de provas já estava a trabalhar, percorrendo cada recanto da casa à procura de impressões digitais. Outros agentes tinham desaparecido na escuridão atrás da casa, tentando detetar marcas de veículos ou algum rasto na floresta. Agora que tudo parecia orientado, Huang levou Riley até à cozinha. Sentaram-se à mesa e April juntou-se a eles, ainda combalida.

      “O que achas?” Perguntou Huang a Riley. “Há alguma hipótese de ainda o encontrarmos?”

      Riley suspirou, desanimada.

      “Não, temo que já não seja possível. Deve ter estado aqui no início da noite, antes de eu e a minha filha chegarmos a casa.”

      Naquele preciso momento, uma agente envergando um fato Kevlar, surgiu vinda das traseiras da casa. Tinha cabelo escuro, olhos negros, tez morena e aparentava ser ainda mais nova do que Huang.

      “Agente Huang, descobri uma coisa,” Anunciou. “Arranhões na fechadura da porta das traseiras. Parece que alguém a abriu.”

      “Bom trabalho, Vargas,” Disse Huang. “Agora sabemos como entrou. Pode ficar com a Riley e a filha por um momento?”

      O rosto da jovem mulher acendeu-se de satisfação.

      “Claro que sim,” Respondeu.

      Sentou-se à mesa e Huang saiu da cozinha para se juntar aos outros.

      “Agente Paige, sou a Agente María de la Luz Vargas Ramírez.” Depois, disse sorrindo. “Eu sei, é um bocado complicado. É uma característica Mexicana. Tratam-me por Lucy Vargas.”

      “Estou contente por estar aqui, Agente Vargas,” Transmitiu-lhe Riley.

      “Trate-me só por Lucy.”

      A jovem mulher permaneceu silenciosa durante algum tempo, limitando-se a olhar para Riley. Por fim, disse, “Agente Paige, espero não estar a pisar o risco ao dizer isto, mas… É um verdadeiro prazer conhecê-la. Sigo o seu trabalho desde que comecei o curso. Tudo o que fez é simplesmente incrível.”

      “Obrigada,” Agradeceu Riley.

      Lucy sorriu com admiração. “Quero dizer, a forma como resolveu o caso Peterson – toda a história é surpreendente.”

      Riley abanou a cabeça.

      “Quem me dera que as coisas fossem assim tão simples,” Declarou. “Ele não está morto. Foi ele quem entrou hoje na minha casa.”

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