Acorrentadas . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу Acorrentadas - Блейк Пирс страница 4
“Mais alguém pensava que ele estava vivo. Marie, a mulher que salvei. Ela tinha a certeza que ele ainda andava por aí a provocá-la. Ela…”
De súbito, Riley parou, recordando dolorosamente o corpo de Marie pendurado no seu próprio quarto.
“Ela suicidou-se,” Rematou Riley.
Lucy parecia horrorizada e surpreendida em simultâneo. “Lamento,” Disse.
Naquele momento, Riley ouviu uma voz familiar dirigir-se a ela.
“Riley? Estás bem?”
Virou-se e viu Bill Jeffreys de pé na soleira da porta da cozinha, com um ar ansioso. A UAC devia tê-lo alertado sobre o sucedido e fora até lá por sua conta e risco.
“Estou bem, Bill,” Respondeu. “E a April também. Senta-te.”
Bill sentou-a à mesa com Riley, April e Lucy. Lucy fitava-o, aparentemente deslumbrada por conhecer o antigo parceiro de Riley, outra lenda do FBI.
Huang voltou à cozinha.
“Não está ninguém na casa ou fora dela,” Informou Riley. “O meu pessoal reuniu todas as provas que encontraram. Dizem que não é muito para se chegar a alguma conclusão. Terão que ser os técnicos do laboratório a determinar se é material sustentável ou não.”
“Já temia isso,” Sentenciou Riley.
“Parece-me que já terminámos por esta noite,” Disse Huang. E saiu da cozinha para dar as últimas ordens aos agentes.
Riley virou-se para a filha.
“April, esta noite vais ficar na casa do teu pai.”
Os olhos de April abriram-se muito.
“Não te vou deixar aqui,” Disse April. “E não quero ficar com o pai.”
“Tens que ficar,” Forçou Riley. “Aqui podes não estar segura.”
“Mas Mãe…”
Riley interrompeu-a. “April, há coisas que ainda não te contei sobre este homem. Coisas terríveis. Estás segura com o teu pai. Vou-te buscar amanhã depois das aulas.”
Antes de April protestar mais uma vez, Lucy falou.
“A tua mãe tem razão, April. Confia no que te digo. Aliás, encara-o como uma ordem minha. Vou escolher dois agentes para te levarem a casa do teu pai. Agente Paige, com sua autorização, posso ligar ao seu ex-marido e contar-lhe o que se passa.”
Riley ficou surpreendida com a oferta de Lucy. Mas também ficou satisfeita. De forma quase estranha, Lucy parecia compreender que aquela seria uma chamada estranha para ela realizar. O Ryan levaria aquelas notícias indubitavelmente mais a sério se transmitidas por qualquer outra pessoa que não Riley. Lucy também tinha lidado com April da melhor forma.
Lucy não só tinha detetado a fechadura forçada, como também tinha demonstrado empatia, uma excelente qualidade num agente da UAC muitas vezes ocultada pelo stress do trabalho.
Esta mulher é boa, Pensou Riley.
“Vamos lá,” Disse Lucy a April. “Vamos ligar ao teu pai.”
April olhou fixa e friamente para Riley. Ainda assim, levantou-se e seguiu Lucy até à sala de estar onde fizeram a chamada,
Riley e Bill ficaram sozinhos na mesa da cozinha. Apesar de parecer que nada mais havia a fazer, parecia correcto a Riley, Bill estar ali. Tinham trabalhado juntos durante vários anos e ela sempre os encarara como um par compatível – ambos estavam na casa dos quarenta com brancas a despontar do cabelo preto. Ambos eram dedicados aos seus trabalhos e ambos haviam tido casamentos problemáticos. O Bill era de constituição e temperamento sólidos.
“Era o Peterson,” Atirou Riley. “Ele esteve aqui.”
Bill não disse nada. Parecia não estar muito convencido.
“Não acreditas em mim?” Perguntou Riley. “Tinha pedras na minha cama. Ele deve tê-los colocado lá. Não podiam lá ter ido parar de outra forma.”
Bill abanou a cabeça.
“Riley, tenho a certeza que alguém entrou em tua casa,” Disse. “Não imaginaste isso. Mas o Peterson? Duvido muito.”
Riley começou a sentir invadir-se por uma onda de fúria crescente.
“Bill, ouve-me. Uma noite, ouvi ruídos à porta, olhei lá para fora e vi pedras. A Marie ouviu alguém a atirar pedras à janela do quarto. Quem mais podia ser?”
Bill suspirou e abanou a cabeça.
“Riley, estás cansada,” Afirmou. “ E quando estás cansada e tens uma ideia fixa na cabeça, é fácil acreditares em quase tudo. Pode acontecer a qualquer um.”
Riley tentou conter as lágrimas. Outrora, Bill teria confiado nos seus instintos sem sequer duvidar. Mas esse tempo já lá ia. E ela sabia porquê. Há algumas noites, ela tinha-lhe telefonado bêbeda e sugerira que tomassem medidas em relação à sua mútua atração, iniciando um caso. Tinha sido horrível e ela sabia-o, Não voltara a beber desde então. Mesmo assim, as coisas não se tinham endireitado entre ela e Bill desde então.
“Eu sei o que é que se passa, Bill,” Disse ela. “É por causa daquele estúpido telefonema. Já não confias em mim."
Agora a voz de Bill estalou de fúria.
“Raios, Riley, só estou a tentar ser realista.”
Riley não aguentou mais. “Vai-te embora, Bill.”
“Mas Riley…”
“Acredita em mim ou não acredites em mim. Escolhe. Mas neste momento, só quero que te vás embora.”
Resignado, Bill levantou-se e foi-se embora.
Pela soleira da porta da cozinha, Riley conseguia ver que quase todos tinham abandonado a casa, incluindo April. Lucy regressou à cozinha.
“O agente Huang vai deixar alguns agentes aqui,” Disse. “Vão vigiar a casa a partir de um carro durante a noite. Não me parece ser boa ideia que fique sozinha aqui dentro. Não me importo de ficar.”
Riley sentou-se e pensou por um momento. O que ela queria – o que ela precisava naquele exato instante – era que alguém acreditasse que o Peterson não estava morto. Duvidava até de conseguir convencer Lucy disso. Parecia um caso perdido.
“Eu fico bem, Lucy,” Disse Riley.
Lucy assentiu e saiu da cozinha. Riley ainda ouviu o som dos últimos agentes a sair da casa e a fechar a porta atrás deles. Riley levantou-se e confirmou se as portas de trás e da frente estavam trancadas. Colocou duas cadeiras encostadas à porta de trás. Se alguém tentasse arrombá-la, as cadeiras dariam sinal.
Depois dirigiu-se à sala de estar e olhou em seu redor. A casa parecia estranhamente