A mentira mora ao lado . Блейк Пирс
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- Eu quero te encontrar para conversar – ele disse. – Apenas algo para nos reconectarmos, sabermos um do outro, sabe?
- Acho que não. Não seria a melhor ideia.
- Não tenho segundas intenções – ele disse. – Prometo. Eu só... só acho que preciso pedir desculpas por algumas coisas. E eu preciso... bom, nós precisamos encerrar as coisas, sabe?
- Fale por você. Está tudo muito bem encerrado por mim. Não preciso de nada.
- Tudo bem. Então considere isso como um favor. Só preciso de meia hora. Tem alguns pesos que quero tirar das costas. E sendo sincero... só queria ver você mais uma vez.
- Steven... eu ando ocupada. Minha vida está uma loucura e...
Chloe parou, sem saber o que dizer a seguir. E, na verdade, ela não tinha um calendário tão cheio que a impedisse de vê-lo. Ela sabia que, para Steven, fazer aquela ligação era algo enorme. Ele estava tendo que ser humilde, o que não era algo que ele fazia muito bem.
- Chloe...
- Tudo bem. Meia hora. Mas eu não vou até você. Se você quiser me ver, vai ter que vir até Washington. As coisas estão uma loucura por aqui e eu não posso—
- Eu vou. Quando é um bom horário para você?
- Sábado. No almoço. Vou te mandar uma mensagem com o local.
- Parece ótimo. Obrigado mesmo, Chloe.
- Por nada. – Ela sentiu que precisava dizer algo mais, algo para aliviar a tensão. Mas, no fim, disse apenas: - Tchau, Steven.
Chloe encerrou a ligação e guardou o celular no bolso. Ela não pode deixar de pensar que havia aceitado o encontro apenas por estar se sentindo solitária. Pensou no Agente Moulton e imaginou onde ele e sua amiga estariam agora. Mais do que isso, pensou em porque estava pensando tanto naquilo.
Ela chegou ao carro e foi para casa, com as ruas da capital sendo tomadas pela escuridão da noite. Washington era uma cidade singular. Mesmo com o trânsito e a estranha mistura entre história e comércio, o lugar era lindo. Esse pensamento a levou a outro, mais melancólico, no caminho para o apartamento—um apartamento novo, vazio, em um lugar que ela achava ter sorte de ter encontrado, mas que agora parecia uma ilha isolada que ela precisava chamar de casa.
***
Quando seu telefone a acordou na manhã seguinte, Chloe teve seu sonho interrompido. Ela tentou lembrar e não deixá-lo ir embora, mas parou, decidindo que não valeria apena. Seus últimos sonhos vinham sendo todos sobre seu pai, sozinho na prisão.
Ela podia inclusive ouvir a voz dele cantarolando alguma música antiga de Johnny Cash, que ele sempre cantava no apartamento quando ela era criança. A Boy Named Sue, Chloe pensou. Ou talvez não. Todas as músicas pareciam ser a mesma.
Ainda assim, “A Boy Named Sue” estava em sua cabeça quando ela pegou o celular. Tirou-o do carregador e viu que o relógio marcava 6:05—vinte e cinco minutos antes do horário programado para o alarme.
- Agente Fine – ela atendeu.
- Agente Fine, aqui é o Diretor Assistente Garcia. Preciso de você no meu escritório agora. O quanto antes. Temos um caso e preciso de você e da Agente Rhodes aqui o mais rápido possível.
- Sim, senhor – ela disse, sentando-se. – Estarei aí já, já.
Nesse momento, ela não se importou em ter que passar mais um dia com Rhodes. Tudo o que ela sabia, até agora, é que já havia solucionado um caso, e que estava ansiosa para resolver o segundo.
CAPÍTULO SEIS
Chloe chegou ao escritório do Diretor Assistente Garcia três minutos depois. Ele estava sentado à frente da pequena mesa de reuniões no fundo da sala, olhando alguns papeis. Ela viu que ele já havia preparado e colocado duas xícaras de café, preto e forte, em cada lado da mesa.
- Bom dia, Agente Fine – ele disse ao entrar. – Você viu ou falou com a Agente Rhodes?
- Ela estava entrando quando eu peguei o elevador.
Garcia pareceu pensar naquilo por um momento, talvez confuso por não entender porque ela não havia esperado no elevador por Rhodes. Chloe, então, imaginou o quanto Johnson havia contado a ele sobre a pequena briga por poder que estava acontecendo na parceria entre as duas.
Tendo finalizado seu próprio café no carro, Chloe sentou-se em frente a uma das xícaras e tomou um gole. Ela preferia com leite e açúcar, mas não queria parecer chata. Quando deu o primeiro gole, Rhodes entrou na sala. A primeira coisa que ela fez foi lançar um olhar irritado para Chloe. Então, sentou-se em frente à outra xícara de café.
Garcia olhou para as duas, aparentemente percebendo a tensão, mas depois encolheu os ombros.
- Temos um assassinato em Landover, Maryland. É um caso que parecia bem normal no começo. A polícia de Maryland está cuidando dele, mas eles nos pediram ajuda. Também vale mencionar que Jacob Ketterman, do Departamento de Assuntos Públicos da Casa Branca, conhece a vítima. Ele já trabalhou com ela. Ele pediu que nós cuidássemos disso também, como um favor. E quando se trata da Casa Branca, temos que manter tudo em silêncio. Deve ser um caso simples. Um homicídio bem simples, pelo que parece. Essa é uma das razões pelas quais estamos colocando agentes novas nisso. Vai ser um bom teste e parece que não temos tanta urgência, mas é claro que seria ótimo resolver isso o quanto antes.
Ele então entregou duas cópias de seu relatório a elas. Os detalhes eram curtos e diretos. Enquanto Chloe lia, Garcia disse o que já sabia.
- A vítima tinha trinta e seis anos, Kim Wielding. Ela estava trabalhando como babá para a família Carver quando foi morta. Pelo que podemos ver, alguém entrou na casa e a matou. Ela foi golpeada na cabeça duas vezes com algo muito forte, e depois estrangulada. Havia dois ferimentos bem feios na cabeça. Ainda não foi determinado qual deles a matou. Precisamos que vocês duas descubram quem fez isso.
- O assassino foi até lá só para matar? – Chloe perguntou.
- Parece que sim. Nada foi roubado, ao que parece. A casa parece exatamente a mesma da última vez que os Carver a viram... com exceção de uma babá morta. O endereço está aí nos papeis – Garcia continuou. – Acabei de falar no telefone com o xerife de Landover. O casal Carver e os três filhos estão em um hotel desde que o crime aconteceu, dois dias atrás. Mas eles vão encontrar vocês na casa hoje pela manhã para responder quaisquer perguntas. E é isso, agentes. Saiam daqui para buscar mais uma vitória para nós. Vocês devem ir até o RH e pegar um carro para as duas. Vocês conhecem o procedimento?
Chloe não conhecia, mas assentiu mesmo assim. Ela imaginou que Rhodes já soubesse o que fazer. Depois do que acontecera no dia anterior, Chloe imaginava que Rhodes soubesse de todos os procedimentos do FBI.
Chloe e Rhodes levantaram-se da mesa. Chloe tomou um último gole de café antes de sair do escritório de Garcia. Elas caminharam pelo corredor até o elevador sem dizerem uma palavra.
Vai ser um dia longo se eu e ela não deixarmos essa rivalidade idiota para trás, Chloe pensou.