O Orbe de Kandra . Морган Райс

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O Orbe de Kandra  - Морган Райс Oliver Blue e a Escola de Videntes

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outro relâmpago repentino, o rosto do velho se destacou de perfil. Oliver viu o rosto enrugado de Lucas em toda a sua glória. Seu olhar malvado se fixou em Oliver e seus olhos azuis brilharam de forma perturbadora.

      "Oliver Blue", ele rosnou.

      Oliver engoliu em seco. Sua garganta apertou. Ficar cara a cara com o homem que o queria morto era aterrorizante. Paralisante.

      Naquele instante, Horácio, o cachorro, saltou da escuridão. Ele se colocou entre os tornozelos de Lucas, fazendo o velho tropeçar.

      "Este maldito cachorro!" Lucas gritou, enquanto cambaleava para permanecer de pé.

      Oliver nunca se sentiu tão feliz em ver o velho bloodhound. Ele aproveitou imediatamente o momento que Horácio lhe dera, correndo na direção que Armando tinha tomado. Chegou ao corredor a tempo de vê-lo desaparecer em seu escritório.

      O som de passos pesados veio de trás. Oliver olhou por cima do ombro, quando um relâmpago iluminou as feições enlouquecidas de Lucas. Lutando com o terror que sentiu, Oliver chegou à porta do escritório de Armando e entrou.

      O escritório permanecia em seu estado caótico habitual. Havia várias mesas espalhadas pelo lugar, cobertas de pilhas de papel. Computadores de diferentes épocas. Prateleiras repletas de livros.

      E, em pé no meio de tudo aquilo, estava o próprio Armando.

      Ele se virou e olhou para Oliver, perplexo. "Posso ajudar?"

      Oliver olhou nos olhos dele, imaginando se Armando o reconheceria. Ele não sabia dizer. E não havia tempo para pensar nisso. Tinha que encontrar a ameaça.

      Oliver olhou em volta freneticamente. Não havia nada de errado. Nenhum sinal de armadilha. Nada sugerindo que a vida de Armando estivesse em perigo iminente. Ele não pôde deixar de duvidar de si mesmo. Toda esta viagem havia sido um erro? Ele havia sacrificado sua amada escola sem motivo?

      De repente, Lucas entrou no escritório. "Os guardas estão chegando, seu pestinha!"

      Ele se lançou sobre Oliver, que deu um pulo e saiu do caminho. Continuou a procurar pela ameaça freneticamente. Ele não tinha muito tempo para salvar a vida de Armando. O que poderia ser?

      "Volte aqui!" Lucas gritou.

      Armando recuou de um salto quando Oliver passou correndo por ele, deslizando por baixo da mesa e indo direto para o outro lado. Lucas correu, mas a ampla mesa fornecia uma barreira. Ele avançou na direção de Oliver, batendo na mesa várias vezes em suas tentativas desesperadas de segurá-lo.

      Foi então que Oliver viu. Uma xícara de café num dos lados da mesa estava sendo sacudida pelos movimentos de Lucas. E Armando pegou-a, tentando impedir que o café derramasse. Mas havia um brilho estranho na superfície da bebida.

      Veneno!

      Oliver pulou sobre a mesa e deu um chute. A xícara de café voou das mãos de Armando e se espatifou no chão, fazendo surgir uma poça de líquido marrom.

      "O que está acontecendo?!" exclamou Armando.

      Lucas pegou as pernas de Oliver e puxou. Oliver caiu, batendo as costas pesadamente contra a mesa.

      "É VENENO!" ele tentou gritar, mas Lucas estava cobrindo a sua boca com as mãos.

      Oliver se debatia contra o velho, chutando em todas as direções, tentando se libertar.

      Só então os guardas entraram na sala.

      "Levem este menino embora", disse Lucas.

      Oliver mordeu a mão dele.

      Lucas recuou, gritando de dor. Oliver pulou da mesa e correu para a esquerda e para a direita em suas tentativas de escapar dos guardas. Mas não adiantou. Eles o agarraram, torcendo seus braços rudemente atrás das costas. Então, começaram a arrastá-lo para a porta.

      "Armando, por favor, ouça!" Oliver gritou, pressionando os calcanhares contra o chão. "Lucas está tentando te matar!"

      Lucas estava cuidando de sua mão dolorida. Ele estreitou os olhos enquanto Oliver era arrastado para a saída.

      "Ridículo", ele zombou.

      Só então, Oliver notou que um pequeno rato saiu das sombras no canto da sala. Cheirou o café derramado no chão.

      "Veja!" Oliver gritou.

      Armando voltou seu olhar para o rato. Ele lambeu o café. Então, num instante, todo o seu pequeno corpo ficou rígido.

      Caiu para o lado, morto.

      Todos congelaram. Os guardas pararam de arrastar Oliver.

      Todos se voltaram para Armando.

      Armando olhou para Lucas e, lentamente, sua expressão mudou. Parecia sentir dor. A expressão de alguém que foi traído.

      "Lucas?" ele perguntou, com uma voz desolada, incrédula.

      O rosto de Lucas ficou vermelho de vergonha.

      O rosto de Armando endureceu e, lentamente, ele apontou um dedo para Lucas.

      "Levem-no daqui", instruiu os guardas.

      Imediatamente, os guardas soltaram Oliver e cercaram Lucas.

      "Isso é loucura!" Lucas gritou quando eles prenderam os braços do velho às suas costas. "Armando! Você vai acreditar nesse garotinho esquelético e não em mim?"

      Armando não disse nada enquanto os guardas arrastavam Lucas para longe.

      O rosto do velho se contorceu de raiva. Ele gritou, parecendo tão perturbado quanto Hitler quando Oliver desativou sua bomba.

      "Isto ainda não acabou, Oliver Blue!" ele gritou. "Eu vou te pegar um dia!"

      Então, ele foi arrastado pela porta e desapareceu de vista.

      Oliver soltou um suspiro profundo de alívio. Ele conseguiu. Realmente conseguiu. Salvou a vida de Armando.

      Olhou para o velho inventor, parado ali no caos de seu escritório, parecendo chocado, atordoado. Por um longo momento, encararam um ao outro.

      Então, finalmente, Armando sorriu.

      "Eu esperei muito tempo para vê-lo novamente".

      CAPÍTULO DOIS

      Malcolm Malice mirou com sua balestra. Firmou o corpo. Então, acionou a arma.

      A flecha cortou o ar na velocidade da luz antes de atingir o alvo. Um tiro perfeito. Malcolm sorriu.

      "Ótimo trabalho, Malcolm", disse o treinador Royce. "Eu não esperaria menos do meu melhor pupilo".

      Cheio de orgulho, Malcolm entregou-lhe a besta e foi se juntar ao resto de seus colegas. Eles estreitaram seus olhos ciumentos para ele.

      "Melhor

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