Quem Dera, Para Sempre . Sophie Love
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Читать онлайн книгу Quem Dera, Para Sempre - Sophie Love страница 13
Emily assentiu, absorvendo as palavras dele. Pensou em Chantelle pedindo a ela para prometer que Sheila nunca mais voltaria.
“Chantelle não quer um relacionamento com a mãe”, Emily explicou.
“Mas uma guarda legal seria mais fácil de obter”, Richard contestou, cruzando as mãos sobre a mesa. “Se Sheila não está pronta a abrir mão de seus direitos sobre Chantelle, algo que, pelo que me contaram até agora, ela não quer fazer, teremos que provar que a criança não apenas estaria melhor com vocês, mas que Sheila é incapaz de cuidar dela, e que permitir qualquer contato com a mãe prejudicaria a menina”.
“Ela me disse várias vezes que quer que eu seja sua mãe de verdade”, Emily disse. “Que ela nunca mais quer ver Sheila”.
Daniel parecia desconfortável. “Não acho que seria correto cortar Sheila completamente”.
Richard os ouvia em silêncio. “Não se trata de direitos de visitação ou coisa do tipo. Se você se tornar a mãe legal de Chantelle, decidiria se ela veria ou não Sheila novamente. A menos que estejam planejando uma ordem de restrição contra ela. Isto é apenas sobre a legalidade, sobre quem toma as decisões sobre os cuidados com a criança”.
Tudo parecia clínico demais. Como a vida de uma criança e seu bem-estar poderia ser considerado só uma questão legal?” Eles estavam falando sobre seu coração. Não havia como separar suas emoções. Era impossível.
Emily tocou levemente a mãe de Daniel.
“Precisa ser a adoção completa”, ela explicou. “De outro modo, Sheila pode levá-la de nós um dia. Chantelle acorda gritando à noite com essa perspectiva. Ela me pediu várias vezes para protegê-la de Sheila. Me perguntou se eu poderia ser sua mãe. Eu sei que ela só tem sete anos, mas aquela menina sabe o que quer.”
Daniel finalmente cedeu, assentindo uma única vez, triste. Emily se sentiu mal por ele, mas ao mesmo tempo estava certa de que era a coisa certa a fazer para o bem de Chantelle.
“Queremos a adoção”, Daniel confirmou.
Richard assentiu. “Cada Estado tem um processo diferente”, ele explicou. “Mas aqui no Maine, precisamos abrir um processo de destituição em relação à mãe biológica. O fórum enviaria a intimação para ela e, então, ela teria direito a aconselhamento, haveria um encontro de mediação na presença de um magistrado em direito de família, com o objetivo de chegar a uma resolução pacífica. É claro, se Sheila consentir, as coisas serão mais tranquilas. Se ela lutar contra a petição, as coisas levarão mais tempo, já que será necessária uma audiência preliminar, uma audiência formal, uma revisão judicial, e, por fim, uma audiência para tomar a decisão definitiva”.
“Quais seriam os custos?” Daniel perguntou.
“Há alguns”, Richard explicou. “Mas não tão altos como poderiam imaginar. Estamos falando de cerca de duzentos dólares por audiência, então, tudo custaria menos de mil dólares”.
Mil dólares. Seria todo o necessário para tornar Chantelle filha deles. Mil dólares, mais semanas e meses de angústia.
“Daniel”, Richard disse então, um tanto solene. “Preciso deixar claro que sua condenação anterior não vai favorecê-lo”.
“Condenação anterior?” Emily balbuciou.
“Eu te contei”, Daniel falou numa voz apressada e constrangida. “Quando defendi Sheila. Do ex-marido dela. Você lembra”.
“Você foi condenado por aquilo?” Emily perguntou. Não sabia que tinha sido tão sério. Havia imaginado que Daniel tinha sido apenas algemado pelos policiais locais e mandado embora.
Ela mudou de posição desconfortavelmente em sua cadeira.
Richard pigarreou. Ele não parecia perturbado. Provavelmente, havia visto de tudo em seu escritório.
“O que realmente ajudaria, Daniel, seria você conseguir um emprego com salário fixo”.
“Ele tem”, Emily disse. “Ele trabalha para mim”.
“Mas ele não está na sua folha de pagamento”, Richard explicou. “Trabalho informal não fica bem. Precisa ser consistente. Um emprego das 8 às 18h, de preferência”.
“Certo”, Daniel disse, parecendo decidido. “Farei isso, se vai ajudar”.
Subitamente, Emily se sentiu apreensiva. Daniel sempre esteve disponível para ela. A parceria deles era 50% para cada. Como seria viver com ele fora de casa o dia todo? Ela teria que cuidar de Chantelle sozinha. Mas a pressão por uma adoção total estava vindo dela. Por Daniel, eles tomariam o caminho menos dramático da guarda legal. Mas ela queria a adoção.
Richard fechou seu arquivo e colocou os óculos novamente sobre o nariz. “Bem, os próximos passos são preparar a documentação e enviar a petição legal para o advogado de Sheila. Depois, entrarei em contato com mais informações. Mas preciso avisá-los, isso vai gerar alguma turbulência a curto prazo. Estejam preparados para um pouco de drama”.
Daniel apertou o braço de Emily para se tranquilizar.
“Podemos lidar com isso”, ela contou a Richard. “Por Chantelle, podemos lidar com qualquer coisa”.
CAPÍTULO SETE
Com as palavras de Richard Goldsmith ainda ecoando em seus ouvidos, Emily e Daniel voltaram para a pousada, desejando algum tempo a sós para refletir sobre sua situação. Ao invés disso, encontraram uma grande agitação.
Vários hóspedes que haviam chegado durante o final de semana estavam sendo servidos na sala de jantar por Matthew, o jovem chef que Emily contratara em tempo integral para ajudar Parker, agora que eles haviam começado a servir almoço e jantar também. Colin, que ainda estava hospedado no chalé e que agora fazia a maioria de suas refeições na pousada, estava entre eles, seu rosto bonito atraindo olhares das mulheres, apesar dele nem notá-las.
Colin havia se mantido muito calado desde o dia de Ação de Graças. Ele sempre desaparecia para o chalé assim que terminava a refeição, mergulhando novamente em seu trabalho. Sua beleza impressionante virou o assunto da cidade (pelo menos entre as moradoras), e seu ar misterioso só fazia aumentar o mistério. Emily sabia que ele havia se separado recentemente da esposa e se perguntava se havia se jogado no trabalho (fosse qual fosse) numa tentativa de esquecer seus problemas. Ele estava sempre ocupado no laptop ou escrevendo furiosamente numa caderneta, assim como fazia agora, na mesa do canto da sala de jantar. Emily estava intrigada sobre qual poderia ser seu trabalho, mas, é claro, não queria ser intrometida e perguntar realmente.
Enquanto Daniel e Emily caminhavam pelo corredor, ela notou uma mulher jovem usando legging com uma estampa vibrante de pé na mesa da recepção vazia, esperando ser atendida. O turno de Serena havia terminado e era Lois, a nova garota, que só estava trabalhando há mais ou menos uma semana, que deveria estar atendendo na recepção. Mas ela não estava à vista. Emily olhou para a caixa registradora vintage que havia comprado de Rico sobre o pesado tampo de mármore. Um roubo não estava exatamente no topo de sua lista de preocupações num lugar como Sunset Harbor, mas nunca se sabe.
“Sinto