Jeremy (Anjos Caídos #4). L. G. Castillo
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Ao passar pelo chalé de montanha de Lash e Naomi, ele olhou para a janela aberta na parede, e se deteve quando uma sombra se lançou pelo chão. Algo ou alguém estava lá. Esperando, ele observou as cortinas brancas flutuando ao vento. Houve uma série de fracos cliques e ele viu de novo a sombra. Ele voou para dentro, aterrissando com um baque suave no brilhante chão de cerejeira do quarto.
— Quem está aí? — Ele olhou ao redor da sala, imaginando quem seria louco o suficiente para invadir a residência particular de outro anjo.
Saleos.
O soldado de infantaria de Lúcifer ousaria aparecer no céu? Jeremy sacrificou sua própria vida para matar Lúcifer, os afundando no Lago de Fogo - a única maneira de um anjo ser morto. Depois que o Arcanjo Michael o ressuscitou, ele foi informado de que Sal e seus irmãos haviam escapado.
Jeremy prendeu a respiração, ouvindo atentamente qualquer movimento. Saleos não era idiota. Ele sabia que todos os anjos tinham audição e visão superiores, tornando difícil mover-se pelo Céu sem ser detectado, mas Saleos estava sedento de poder o suficiente para fazer algo insano como recomeçar de onde seu chefe havia parado.
Uma brisa forte atravessou a sala. A saia da cama tremulou, fazendo as sombras dançarem pelo chão reluzente. Ele soltou um suspiro, rindo para si mesmo.
— Ótimo. Eu estou perdendo a cabeça. Estou vendo coisas que não existem. Estou sonhando com a esposa do meu irmão e agora estou falando sozinho.
Ele passou a mão pelo cabelo, sentindo falta do comprimento. Em algum momento, a vida voltaria a ser o que era antes? Até mesmo Rachel notou que ele estava fora de si. Ela estava tão preocupada que ela e Uri o pegaram no pátio e o arrastaram para a suíte deles, nos aposentos dos anjos. Ela tinha sido inflexível em dar-lhe um corte de cabelo. Ele não podia acreditar que havia cedido.
— Vai fazer você se sentir melhor — ela disse.
— Uri me deixa fazer nele o tempo todo — assegurou a ele.
— Que cheiro é esse?
— Que cheiro? Não há cheiro de amônia — ela disse inocentemente, piscando seus cílios.
Horas depois, seu cabelo estava mais curto e mais escuro, e ele ainda se sentia como merda.
Suspirando, ele guardou as asas e entrou no quarto. Ele olhou para a cama macia coberta de dezenas de almofadas decorativas em branco e azul pálido, então pegou um travesseiro azul-claro. Era da mesma cor dos olhos de Naomi. Ele deixou sua mente vagar, e pensou sobre seu sonho e o jeito que ela estava em seus braços, seus beijos ternos e suas palavras de amor.
Sem pensar, ele levou o travesseiro ao nariz, fechou os olhos e inalou. Seu cheiro, o amadeirado inebriante que parecia se prender em tudo o que tocava, encheu seus sentidos. Ele estava perdido novamente em memórias antigas do único beijo que compartilhou com ela, o único, o último. Memórias mudaram para sonhos. Ele sabia que não era real. Ele sabia que era errado desejá-la. Mas em seu sonho, ela era dele. Ela o amava.
— Naomi — ele respirou. — Como eu posso tirar você do meu coração?
Seus olhos se abriram com um som de clique na sala.
Alguém está aqui.
4
Houve um rosnado baixo. E então, do nada, uma bala marrom-avermelhada entrou no quarto e parou a seus pés.
— Bear! Sua louca bolinha de pelo. Sou eu — disse ele, rindo do chihuahua. Depois que Bear faleceu, Jeremy fez uma viagem especial para recuperá-la para Naomi e Lash. Depois de todo esse tempo, a cadelinha ainda não parecia gostar dele.
Bear arqueou as costas. Seu pequeno rosto estava baixo no chão enquanto ela continuava a rosnar.
— Por que você não gosta de mim? Eu sou um cara legal, você verá se me der uma chance. — Ele se abaixou para acariciá-la.
Ela rosnou, mordiscando seus dedos.
— Ei! — Ele puxou a mão para trás.
Ela correu em círculos, suas pequenas patas estalando contra o chão enquanto latia.
— Bear, pare com isso.
Jeremy ficou de pé ao ouvir o som da voz de Naomi.
— Naomi! Eu… hum…
Sua voz sumiu no momento em que ele a viu, e ele esqueceu o que ia dizer. Ela ficou parada na entrada da sala, as cortinas brancas tremulando atrás dela. Olhos azuis pálidos seguravam os dele, e tudo o que ele pensava era afogar-se neles para sempre. Então, seus olhos desceram para o travesseiro em sua mão.
Horrorizado, ele o jogou na cama e rapidamente se afastou. Como ele ia explicar isso?
Bear correu entre seus pés, latindo, e seu pé acidentalmente pousou na ponta de sua cauda. Ela chorou, correndo para o lado de Naomi.
— Desculpe, Bear.
Bear olhou para Naomi, depois se curvou no chão, fazendo-a parecer ainda menor, e rosnou. Era como se Bear soubesse o que ele estava pensando e estivesse protegendo Naomi por Lash.
— Pare com isso, Bear. O que aconteceu com você? — Naomi estendeu a mão, esfregando a cabecinha da cadela.
— É minha culpa. Eu pensei que vi… depois o travesseiro.... Eu cometi um erro. Eu não deveria estar aqui. — Ele deu um passo em direção à janela, imaginando como iria tirá-la do caminho sem tocá-la.
— Por favor, não vá.
Ele fez uma pausa, contemplando os olhos brilhantes olhando para ele com amor fraternal e nada mais.
— Lash e eu estamos preocupados com você — disse ela.
Não. Ele gemeu, Lash estava com ela. Com todo esse absurdo de sonhar acordado, ele não viu seu irmão entrar. Ele examinou o quarto em pânico. Levou tanto tempo para reconquistar a confiança de seu irmão, não queria perder de novo. Por que ele veio até aqui? E por que não conseguia ir embora?
— Lash, eu não…
— Ele não está aqui, está com Uri e Rachel. Eu disse a ele que queria falar com você sozinha, — disse ela.
Ele suspirou, agradecido que Lash não o pegou agindo como um tolo apaixonado por sua esposa.
— Você não vai dizer a ele que eu estava aqui, não vai? — O pensamento de seus braços e pernas entrelaçadas ao redor dele passou por sua mente e ele rapidamente olhou para baixo, afastando as imagens. Ele não podia nem olhar para ela agora sem pensar nesses sonhos. A atração por ela era muito intensa.
— Eu não vou.