Beco Sem Saída. Блейк Пирс

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Beco Sem Saída - Блейк Пирс

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os beijos, mas isso fora o máximo. Fora estranho dormir no sofá de calças, mas Chloe estava estranhamente orgulhosa por não ter passado dos limites. Ela olhou para o relógio e viu que eram 5:10 da manhã.

      - Tudo bem com você? – ela perguntou.

      - Sim – Moulton respondeu. – Eu só... me senti estranho dormindo aqui. Não queria que fosse estranho de manhã. Acho que é melhor eu ir. Mas pelo menos não tem aquela sensação estranha de depois do sexo.

      - Talvez esse fosse meu plano o tempo todo – ela brincou.

      - Devo sair correndo e fingir que nada aconteceu? – Moulton perguntou.

      - Eu gostaria que você ficasse. Vou fazer café.

      - É?

      - Sim. Eu gostaria bastante, na verdade.

      Chloe vestiu sua camisa e seguiu para a cozinha. Ela começou a preparar o café enquanto Moulton vestia sua camisa.

      - Então, é quinta – ele disse. – Não sei porque, mas parece sábado.

      - Talvez porque o que nós fizemos ontem geralmente acontece na sexta? Um jeito de começar o fim de semana?

      - Não sei – ele disse. – Não tenho feito essas coisas ultimamente.

      - Uhun, sei – ela disse, ao ligar a cafeteira.

      - É verdade. Desde o primeiro ano do ensino médio, acho. Foi um bom ano para mim em termos de pegação sem sexo.

      - Bom, pelo jeito você não desaprendeu. Ontem à noite foi... bom, muito mais do que eu estava esperando quando você me buscou.

      - Para mim também.

      - Mas estou feliz por ter acontecido – Chloe acrescentou. – Tudo.

      - Que bom. Talvez possamos repetir. Fim de semana, quem sabe?

      - Quem sabe – ela disse. – Mas meus limites já estão se enfraquecendo.

      - Talvez esse fosse o meu plano o tempo todo – Moulton disse, sorrindo.

      Chloe ficou vermelha e desviou o olhar. Ela estava um pouco surpresa pelo quanto estava gostando da companhia dele.

      - Olha – ela disse, - preciso tomar um banho. Você pode pegar qualquer coisa na geladeira se quiser tomar um café da manhã. Mas não tenho muita coisa.

      - Obrigado – Moulton disse, sem conseguir tirar os olhos dela.

      Chloe o deixou na cozinha e seguiu para o quarto, que conectava-se com o grande banheiro. Ela tirou a roupa, ligou a água e entrou no chuveiro. Riu ao lembrar-se de como tinha sido a noite. Havia se sentido como uma adolescente, gostando de ter Moulton ali e sentindo-se confortável o suficiente, sabendo que ele não se apressaria querendo sexo. Fora uma noite romântica de um jeito estranho, com dois momentos em que ela quase desistira da ideia de não dormir com ele. Sorrindo de um jeito que não estava acostumada, Chloe secretamente desejou que Moulton entrasse no banheiro e se juntasse a ela no banho.

      Se ele fizer isso, vou jogar minhas restrições pela janela, pensou.

      Ela estava quase saindo do banho quando de fato escutou Moulton entrando no banheiro.

      Antes tarde do que nunca, pensou. Seu corpo inteiro ficou tenso de excitação, e ela mal podia esperar para que ele entrasse no banho.

      - Ei, Chloe?

      - Sim? – ela respondeu, querendo provocar.

      - Seu telefone acabou de tocar. Talvez eu tenha sido intrometido, mas... eu olhei. Era do FBI.

      - Sério? Será que aconteceu algo?

      Então, ela ouviu o toque de outro celular. Esse estava mais perto, provavelmente nas mãos de Moulton. Chloe colocou a cabeça para fora do box, puxando levemente a cortina. Eles se olharam antes que Moulton atendesse.

      - Moulton falando – ele disse, ao dar um passo atrás para sair do banheiro e entrar no quarto.

      Então, Chloe desligou a água. Ela pegou uma toalha e saiu, sorrindo ironicamente ao perceber que ele a viu rapidamente jogando a toalha em volta do corpo. O fato deles terem se beijado muito pela última hora e meia não significava que ela gostaria que ele a visse totalmente nua.

      Não houve muita conversa para ouvir. Chloe só conseguiu escutar Moulton dizendo “tudo bem, sim senhor” algumas vezes.

      Enrolada na toalha que cobria todas suas partes secretas, Chloe perguntou:

      - Quem era?

      - Era o Diretor Assistente Garcia. Ele disse que tentou te ligar, mas você deveria estar dormindo. – Moulton sorriu e então continuou. – Ele disse que eu deveria te ligar ou passar na sua casa para te acordar. Tem um caso nos esperando.

      Chloe riu ao sair do banheiro e entrar no quarto.

      - Você acha que a noite passada vai mudar a forma como trabalhamos juntos?

      - Pode fazer com que eu invada seu quarto de hotel depois do trabalho. Mas além disso... não sei. Vamos ver.

      - Você faria um café para mim? Preciso me vestir.

      - Eu queria saber se posso usar seu banheiro.

      - Claro. Acho que seria melhor se você tivesse pedido dez minutos atrás, quando eu ainda estava lá.

      - Vou fazer melhor da próxima vez – ele disse.

      Quando Moulton foi para o banho, Chloe começou a se vestir e deu-se conta de que estava feliz. Muito feliz, na verdade. Um novo caso tinha aparecido depois de tudo o que acontecera na noite anterior... pelo jeito a aparição surpreendente de seu pai não havia lhe atrapalhado em nada.

      Mas se a vida em uma família com uma história tão estranha tinha lhe ensinado algo, era que você nunca consegue se livrar completamente. Em algum momento, os fantasmas vão voltar a lhe atormentar.

      CAPÍTULO QUATRO

      Praticamente no mesmo momento em que Chloe estava se lembrando como era se perder nos braços de um homem, sua irmã estava em meio a um pesadelo.

      Danielle Fine estava sonhando com sua mãe novamente. Era um sonho recorrente, que ela tinha desde os doze anos—e que parecia ter diferentes significados em cada fase de sua vida. O sonho era sempre o mesmo, sem mudanças nos detalhes ou na história.

      Nesse sonho, sua mãe a perseguia por um longo corredor. Mas era a versão de sua mãe que Danielle e Chloe haviam visto naquele dia trágico, quando crianças. Sangrando, com os olhos arregalados, sem vida. Por algum motivo, no sonho ela sempre tinha quebrado uma perna na queda (ainda que nenhum relatório oficial mostrasse nada disso). Então, a versão de sua mãe no sonho arrastava-se no chão atrás de sua filha.

      Mesmo com a perna quebrada, sua mãe morta estava sempre de salto alto, a apenas alguns metros de segurar o tornozelo de Danielle e puxá-la para o chão.

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