A Bíblia Sagrada - Vol. III. Johannes Biermanski
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу A Bíblia Sagrada - Vol. III - Johannes Biermanski страница 29
Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-se aquisição do Messias, por Ele tidos na conta de vencedores. Haviam pelejado o bom combate, e deveriam receber a coroa de glória quando o Messias viesse. Os sofrimentos que suportavam, levavam os cristãos mais perto uns dos outros e de seu Redentor. Seu vívido exemplo e testemunho ao morrerem, eram constante atestado à verdade; e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás estavam deixando o seu serviço e alistando-se sob a bandeira do Messias.
Satanás, portanto, formulou seus planos para guerrear com mais êxito contra o governo de Deus, hasteando sua bandeira na assembleia cristã. Se os seguidores do Messias pudessem ser enganados e levados a desagradar a Deus, falhariam então sua força, poder e firmeza, e eles cairiam como presa fácil.
O grande adversário se esforçou então por obter pelo artifício aquilo que não lograra alcançar pela força. Cessou a perseguição, e em seu lugar foi posta a perigosa sedução da prosperidade temporal e honra mundana. Levavam-se idólatras a receber parte da fé cristã, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. Professavam aceitar a Yahshua como o Filho de YAHWEH e crer em Sua morte e ressurreição; mas não tinham a convicção do pecado e não sentiam necessidade de arrependimento ou de uma mudança de coração. Com algumas concessôes de sua parte, propuseram que os cristãos fizessem outras também, para que todos pudessem unir-se sob a plataforma da crença no Messias.
A assembleia naquele tempo encontrava-se em terrível perigo. Prisão, tortura, fogo e espada eram bênçãos em comparação com isto. Alguns dos cristãos permaneceram firmes, declarando que não transigiriam. Outros eram favoráveis a que cedessem, ou modificassem alguns característicos de sua fé, e se unissem com os que haviam aceito parte do cristianismo, insistindo em que este poderia ser o meio para a completa conversão. Foi’ um tempo de profunda angústia para os fiéis seguidores do Messias. Sob a capa de pretenso cristianismo, Satanás se estava insinuando na assembleia a fim de corromper-lhe a fé e desviar-lhe a mente da Palavra da verdade.
A maioria dos cristãos finalmente consentiu em baixar a norma, formando-se uma união entre o cristianismo e o paganismo. Posto que os adoradores de ídolos professassem estar convertidos e unidos à assembleia, apegavam-se ainda à idolatria, mudando apenas os objetos de culto pelas imagens de Jesus/Yahshua, e mesmo de Maria e dos santos. O fermento vil da idolatria, assim trazido para a igreja, continuou a obra funesta. Doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e cerimônias idolátricas foram incorporados em sua fé e culto. Unindo-se os seguidores do Messias aos idólatras, a religião cristã se tornou corrupta e a assembleia perdeu sua pureza e poder. Alguns houve, entretanto, que não foram transviados por esses enganos. Mantinham-se ainda fiéis ao Autor da verdade, e adoravam a Deus somente.
Sempre tem havido duas classes entre os que professam ser seguidores do Messias. Enquanto uma dessas classes estuda a vida do Salvador e fervorosamente procura corrigir seus defeitos e conformar-se com o Modelo, a outra evita as claras e práticas verdades que lhes expôem os erros. Mesmo em sua melhor condição a assembleia não se compôs unicamente dos verdadeiros, puros e sinceros. Nosso Salvador ensinou que os que voluntariamente condescendem com o pecado não devem ser recebidos na assembleia; todavia ligou a Si homens que eram falhos de caráter e concedeu-lhes os benefícios de Seus ensinos e exemplo, para que tivessem oportunidade de ver seus erros e corrigi-los. Entre os doze apóstolos havia um traidor. Judas foi aceito, não por causa de seus defeitos de caráter mas apesar deles. Foi ligado aos discípulos para que, pela instrução e exemplo do Messias, pudesse aprender o qua constitui o caráter cristão e assim ser levado a ver seus erros, para arrepender-se e, pelo auxílio da graça divina, purificar a alma “na obediência à verdade.” Mas Judas não andou na luz que tão misericordiosamente foi permitido brilhasse sobre ele. Pela condescendência com o pecado, atraiu as tentações de Satanás. Seus maus traços de caráter se tornaram predominantes. Rendeu a mente à direção dos poderes das trevas, irava-se quando suas faltas eram reprovadas, sendo destarte levado a cometer o terrível crime de trair o Mestre. Assim todos os que acariciam o mal sob profissão de piedade, odeiam os que lhes perturbam a paz condenando seu caminho de pecado. Quando se apresenta oportunidade favorável, eles, semelhantes a Judas, traem aos que para seu bem procuram reprová-los.
Os apóstolos encontraram na assembleia os que professavam piedade, ao mesmo tempo em que secretamente acariciavam a iniqüidade. Ananias e Safira desempenharam o papel de enganadores, pretendendo fazer sacrifício total a Deus, quando cobiçosamente estavam retendo uma parte para si. O Espírito da verdade revelou aos apóstolos o caráter real desses impostores, e os juízos de Deus livraram a assembleia dessa detestável mancha em sua pureza. Esta assinalada evidência do discernidor Espírito do Messias na assembleia foi um terror para os hipócritas e malfeitores. Não mais poderiam permanecer em ligação com aqueles que eram, em hábitos e disposição, invariáveis representantes do Messias; e, quando as provações e perseguiçôes sobrevieram a Seus seguidores, apenas os que estavam dispostos a abandonar tudo por amor à verdade desejaram tornar-se Seus discípulos. Assim, enquanto durou a perseguição, a assembleia permaneceu comparativamente pura. Mas, cessando aquela, acrescentaram-se conversos que eram menos sinceros e devotados, e abriu-se o caminho para Satanás tomar pé.
Não há, porém, união entre o Principe da luz e o príncipe das trevas, e nenhuma conivência poderá haver entre os seus seguidores. Quando os cristãos consentiram em unir-se àqueles que não eram senão semi-conversos do paganismo, enveredaram por caminho que levaria mais a mais longe da verdade. Satanás exultou em haver conseguido enganar tão grande número dos seguidores do Messias. Levou então seu poder a agir de modo mais completo sobre eles, e os inspirou a perseguir aqueles que permaneceram fiéis a Deus. Ninguém compreendeu tão bem como se opor à verdadeira fé cristã como os que haviam sido seus defensores; e estes cristãos apóstatas, unindo-se aos companheiros semi-pagãos, dirigiram seus ataques contra os característicos mais importantes das doutrinas do Messias.
Foi necessária uma luta desesperada por parte daqueles que desejavam ser fiéis, permanecendo firmes contra os enganos e abominações que se disfarçavam sob as vestes sacerdotais e se introduziram na assembleia. A Escritura Sagrada não era aceita como a norma de fé. A doutrina da liberdade religiosa era chamada heresia, sendo odiados e proscritos seus mantenedores.
Depois de longo e tenaz conflito, os poucos fiéis decidiram-se a dissolver toda a união com a igreja apóstata, caso ela ainda recusasse libertar-se da falsidade e idolatria. Viram que a separação era uma necessidade absoluta se desejavam obedecer à Palavra de YAHWEH. Não ousavam tolerar erros fatais a sua própria alma, e dar exemplo que pusesse em perigo a fé de seus filhos e netos. Para assegurar a paz e a unidade, estavam prontos a fazer qualquer concessão coerente com a fidelidade para com Deus: mas acharam que mesmo a paz seria comprada demasiado caro com sacrifício dos princípios. Se a unidade só se pudesse conseguir comprometendo a verdade e a justiça, seria preferível que prevalecessem as diferenças e as conseqüentes lutas.
Bom seria à assembleia e ao mundo se os princípios que atuavam naquelas almas inabaláveis revivessem no coração do professo