Escada E Cristal. Alessandra Grosso

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Escada E Cristal - Alessandra Grosso

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mais tristes e dolorosas que os humanos pudessem ter conhecido; éramos pequenos, fracos e assustados.

      Apesar do nosso medo e os gritos enlouquecidos dos dois monstros, na luz fraca o homem admirável conseguiu encontrar uma espada.

      Percebi que o meu companheiro da aventura sabia empunhá-la e devia também estar treinado para usá-la; o que justificava os grandes e atraentes braços robustos.

      Prosseguindo com a espada, encontrou também um homem morto dentro de uma couraça e fez-me perceber que devia ajudá-lo a remover o cadáver de forma que pudesse usá-la; felizmente não lhe ficava nem muito larga nem muito apertada. Era rápido e ágil mesmo com ela vestida.

      Avançamos através dos estreitos túneis subterrâneos que eram quentes e pouco iluminados mas que davam um sentimento de tranquilidade. Avançamos durante algum tempo. Não havia perigos. Já tinha percebido que ele sabia usar as armas, que era inteligente e esforçava para comunicar-se; devia ter sido um soldado. Parecia gentil nos gestos e nos movimentos, talvez porque o tinha salvado. Estava sempre disposto para ajudar-me e parecia estar a procura de comida como a procurava eu também.

      Naquele caso fomos sortudos: as ruínas tinham os seus canais de escoamento e nós estávamos num deles.

      A água demonstrou-se de boa qualidade, e eu acrescentei a erva medicinal que a transformava em limpa. Tínhamos também encontrado umas carcaças de animais. Ele era excelentíssimo para seccionar a carne, salpicava-a com sal para conservá-la por muito tempo.

      Éramos um bom team: eu emotiva e sensível, orgulhosa lutadora armada, ele mais técnico e reflectido mas sempre, como eu, disposto ao auxílio recíproco. Éramos muito leais entre nós e durante o tempo passado nas ruínas tornamo-nos bons amigos, por aquilo que a barreira linguística nos permitia.

      Tinha encontrado uns animais mortos, e graças à sua habilidade com qualquer coisa que assemelhasse a uma faca ou uma espada, obtemos capas confortáveis que de noite nos serviam como cobertores: podíamos desta forma nos escaldarmos.

      Depois de vários dias de exploração e tentativas, nos encontramos numa descida que levava a uma abertura. Descemos, mas o caminho era rápido e escorregadio, e no princípio, ainda que não perdíamos o equilíbrio, continuávamos a acelerar. Era assustador mas enfim não podíamos recuar. Continuávamos a descer sem poder paralisar as nossas pernas que se moviam cada vez mais velozmente. Temíamos que não conseguiríamos mais parar. Não podíamos pegar nenhum corrimão nem assentar estavelmente as nossas botas, podíamos apenas orar que antes ou depois aquela maldição acabasse. Mas podia realmente acabar. Podíamos encontrar realmente um ponto de apoio?

      Infelizmente, muito em breve descobrimos de termos caído numa armadilha e que, talvez, a mesma descida nos tinha atraído a si porque a tínhamos percorrido sem tão-pouco pensar em possíveis caminhos alternativos. Tínhamos sido iludidos pelo declive, atraídos como abelhas em flores lindas e perigosas, e agora não tínhamos uma outra possibilidade: podíamos apenas esperar para sobreviver.

      Esperava com paciência preparando os seus esquemas… esperava como se espera a própria presa, esperava sempre tecendo o fio, e como esperava ele esperavam todos os seus amigos ali em volta. Tinham um instinto primordial para com as presas e mesmo eles tinham uma especial predilecção pelas carnes humanas. Os humanos, tão tenros e rosados, criaturas muitas vezes implumes mas tenros e macios; com apenas quatro membros, estranhamente bípedes, estranhamente lentos, com reflexos muito retardados.

      Eram uma colónia de aranhas, Aracnídeos primordiais, peludos e orgulhosos das próprias capacidades de tecer e preparar as armadilhas. Não se davam o cuidado de esconder-se tanto assim, visto que as trincheiras onde viviam garantiam um bom esconderijo. Estes eram construídos com arreia escura, um simples buraco onde as aranhas teciam e se escondiam debaixo da terra. De noite a situação tornava-se inquietante.

      Apareciam azulados e eram unidos, agressivos, enormes como metade do punho, rapidíssimos e orgulhosos pela sua velocidade.

      AS ARANHAS DO FIM DO MUNDO

      Eram chamados as aranhas do fim do mundo porque quem sobrevivia à sua mordidela muitas vezes sentia fortes dores e alucinações intensas que o levavam a crer de ter sobrevivido a uma catástrofe nuclear.

      As teias de aranhas eram espessos e palpáveis e espaçadamente pareciam tão compactas para dar a ideia, ao toque, de ser plástico branco.

      Esperavam os humanos e se divertiam torturando e assustando-os, mas nem sempre matavam.

      No fundo do longo declive encontramos uma passagem: uma abertura. A saída apareceu-nos luminosa porque tínhamos ficado durante longo, longo tempo na escuridão.

      Saídos daquele canal de escoamento, daquele emaranhado labirinto, estávamos exaustos mas não conseguimos cessar a nossa corrida a tempo, porque o inicio das trincheiras estava também ele em declive. Vimo-nos tão cobertos de teias de aranha, e para mim foi realmente perigoso e repugnante.

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