Meus Versos Sobre Gatos. Juan Moisés De La Serna

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Meus Versos Sobre Gatos - Juan Moisés De La Serna

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um gato

      que ao longe os escutava.

      ―Deixe-me ver, esclareçam-me

      por que os vejo discutir.

      O que importa se lhe agrada?

      Isso é bom para ti.

      A girafa o olhava

      e não muito bem o entendia.

      ― Por que o gato diz isso?

      Ela, então, perguntaria.

      ― Vamos, diga-me uma coisa,

      por que você fala desse jeito?

      Mas olha para o mosquito

      e volta a lhe dizer:

      ― A grama está muito boa,

      isso posso lhe assegurar.

      Garanto que ainda não provou

      o que há neste lugar.

      O gato, ao respondê-la,

      lhe deu esta explicação:

      ― Girafa, o que é melhor?

      Que ele coma um montão.

      ― Se ele gostar tanto quanto você

      da grama deste lugar,

      ele vai deixar-lhe sem

      e terás de mais procurar.

      Ela estava pensativa,

      pois ainda não havia pensado nisso.

      E, então, disse ao mosquito:

      ― É certo que você a tem comido.

      ― E acredito que esteja amarga,

      por isso não lhe agradou.

      Melhor que busque comida,

      penso eu, uma comida com mais sabor.

      O mosquito a escutou

      e assim lhe respondia:

      ― Vou buscar comida

      e virei aqui outro dia.

      E voando se afastou.

      A grama não o agradava.

      E o gato disse então

      à girafa impressionada.

      ― Viu como foi fácil?

      Por isso ele voou.

      A grama ele não comeu

      e você foi quem mais se incomodou.

      A girafa compreendeu

      que ele tinha razão.

      Agradeceu ao gato

      e comendo permaneceu.

      E o mosquito, voando,

      dali se afastou

      seguro de que voltará,

      quando na grama estiver pensando.

      AMOR

      2. O ELEFANTE SALTADOR

      Saltando, um elefante

      por um parque se encontrava.

      Viu ali uma tartaruga

      e rápido se aproximava.

      ― Oi, tartaruga bonita.

      O elefante dizia.

      Ela estava adormecida

      e nada lhe respondia.

      De novo, ele a cumprimenta

      e muito estranhou

      ao vê-la tão quietinha

      e que nada lhe falou.

      ― Tartaruga, está me ouvindo?

      O elefante dizia.

      Tão forte era o barulho

      que dormir já não poderia.

      ― Sim, eu te escutei…

      A tartaruga está dizendo.

      ― Por que não respondeu?

      ― Porque eu estava dormindo.

      E conversando por um bom tempo

      os dois ali tinham ficado,

      quando chegou um gato

      que logo havia perguntado:

      ― Elefante, gostaria

      de um pouquinho me ajudar?

      ― E eu? ― pergunta a outra.

      ―Não ― respondeu sem hesitar.

      ― Por que ele sim e eu não?

      A tartaruga dizia.

      ― Porque você é muito tranquila

      e tarde eu chegaria.

      E a tartaruga aborrecida

      rapidamente adormeceu.

      E o gato e o elefante

      marcharam em saída.

      Um pássaro que estava

      no alto de um raminho

      se colocou a cantar

      metidinho em seu ninho.

      A tartaruga o escutou

      e, em seguida, perguntou:

      ― Por que canta, passarinho?

      Ele, assim, para ela falou:

      ― Como

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