Dormindo com o inimigo. Lynne Graham
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Lizzie deu-lhe a sua.
– És sempre assim tão mandão?
– Porque dizes isso? – sussurrou Sebasten em tom de troça. A verdade era que Lizzie tinha obedecido sem pensar. Como todas as outras, claro. Em toda a sua vida, nenhuma mulher o rejeitara.
Conduziu-a pelas escadas abaixo, onde umas quantas pessoas os observaram com curiosidade, até à saída. Lizzie sentia as emoções à flor da pele. Ao recordar a força das suas mãos sobre os seus seios, corou. Normalmente, não permitia a um homem essas intimidades. O que estava a fazer? Para onde a levaria? Sebasten achava-a bonita e queria estar com ela. Era a única pessoa no mundo, de facto, porque o seu pai e os seus amigos a tinham abandonado.
Uma vez no passeio, o motorista de uniforme abriu um guarda-chuva para os proteger da chuva e abriu-lhes a porta da limusina prateada. Lizzie decidiu não pensar demasiado no que estava a fazer e olhou para Sebasten. O sentimento de estar a fazer o mais correcto voltou a invadi-la.
– Onde nasceste? – perguntou.
– Numa ilha grande que fica no mar Egeu. E tu? – perguntou Sebasten sorrindo, enquanto a abraçava.
– Em Devon – respondeu Lizzie, enfeitiçada pelo seu sorriso. – Os meus pais vieram viver para Londres quando eu ainda era muito pequena.
– Fascinante – brincou ele, acariciando-lhe o cabelo e beijando-a. Lizzie deixou-se levar pelo seu cheiro e sabor. Deitou a cabeça para trás e deixou que Sebasten lhe lambesse o pescoço.
Em algum momento, saíram do veículo, subiram umas escadas e atravessaram um vestíbulo. De repente, Lizzie tropeçou num degrau.
– Estás bem? – perguntou Sebasten segurando-a.
– São estes sapatos… – respondeu ela, mortificada, tirando as sandálias de salto alto ali mesmo.
– Bebeste muito? – perguntou-lhe ele com os olhos semicerrados.
– Quase nada – disse Lizzie, fazendo um esforço para que a sua língua não enrolasse. De repente, sentiu um pânico terrível. Não queria que a rejeitasse como tinham feito os outros.
Sebasten conduziu-a até um quarto enorme com uma magnífica cama no centro. Lizzie perguntou-se o que ia fazer. Não conhecia aquele homem e era virgem. Nunca se tinha sentido sexualmente atraída por nenhum homem até conhecer Connor. Desejara que ele fosse o primeiro. Ao recordar o momento no qual o encontrou na cama com a sua madrasta, todos os seus pré-julgamentos e temores se evaporaram. Por culpa desses mesmos julgamentos prévios não se apercebera de que a falta de apetite sexual de Connor era estranho. Claro, não tinha nenhuma experiência no tema.
Voltou-se e ficou a observar Sebasten com os seus enormes olhos verdes a brilhar no meio da escuridão como duas esmeraldas. Aquele homem era realmente bonito e naquela noite era seu, e apenas seu. Nunca tinha conhecido ninguém como ele. Era um homem muito seguro de si que a atraía como se não houvesse outra alternativa, como se tivesse um imã. Lizzie deitou a cabeça para trás e sacudiu a sua cabeleira de cor de marmelada de laranja.
– Podes beijar-me outra vez – disse.
Sebasten riu-se e obedeceu com tanta veemência que a deixou sem alento. Tomou-a nos seus braços e depositou-a na cama. O que tinha aquela mulher que fazia com que fosse diferente de todas as outras? De repente, mostrava-se calada e misteriosa e, no minuto seguinte, era apaixonada e incitante.
– És tão bom noutras coisas tal como és bom a beijar?
Sebasten deixou o casaco em cima de uma cadeira, encantado com a pergunta.
– O que é que achas?
Lizzie não conseguia pensar. Quando ele desabotoou a camisa, sentiu que ficava com pele de galinha e que a sua boca secava. Aquele homem era puro músculo, desde os ombros, perfeitos, até aos abdominais, bem marcados.
– Que és muito sexy – confessou.
– Como tu… – disse ele ,dirigindo-se para a cama.
– Ah, sim? – o seu coração palpitava furiosamente no peito. Sentia-se como uma adolescente que vê pela primeira vez o seu ídolo: cócegas no estômago, cabeça em branco e dentes quase a tiritar com os nervos. Pensou que ia cometer um grande erro e que devia sair dali a correr.
– Ne…
– Não? – disse Lizzie, confusa.
– Ne quer dizer «sim» em grego – respondeu, deitando-se ao seu lado com um grande sorriso.
– És grego?
– Cem porcento – disse ele, acariciando-lhe o cabelo. – Adoro o teu cabelo… Qual é o teu apelido?
– Bewford – mentiu Lizzie dando o apelido de solteira da sua mãe com medo que reconhecesse o seu.
– Assim, não te perderás de mim.
– Importar-te-ias? – disse ela, pousando a mão que tremia em cima do braço.
– Claro que sim, pethi mou – respondeu Sebasten, pensando que talvez conseguisse bater o seu recorde. Nunca tinha saído mais do que três meses com uma mulher. Incomodado com aquela ideia, beijou-a.
Lizzie respondeu ao seu beijo e deslizou os seus dedos entre aquele cabelo preto tão tentador. Sebasten deitou-a sobre a almofada e continuou a beijar-lhe o pescoço.
Lizzie estava nas nuvens. Sebasten encontrou a sua pulsação debaixo da orelha e, então, ela sentiu que todo o corpo estava vivo, que não podia parar. Nem sequer ouviu o ruído do fecho do top, apenas sentiu o ar fresco sobre o peito, como um alívio. Sebasten tirou-lhe a saia e deixou-a apenas com as cuecas brancas de renda.
– És perfeita – arquejou, avançando com a boca para aqueles pequenos montículos rosados que desejava saborear.
Lizzie gemeu de prazer e sentiu espasmos por todo o corpo. Nunca tinha sentido algo assim, era como uma dor agradável que a surpreendeu até limites inexplicáveis. Custava-lhe respirar e controlar o seu corpo. A excitação não a deixava pensar, sentia o coração desbocado e um calor abrasador entre as pernas.
– Fala comigo… – disse Sebasten.
– Não… consigo – disse Lizzie num fio de voz.
Sebasten parou para a observar.
– Estás bêbada…
Lizzie ficou petrificada perante aquela acusação e endireitou-se.
– Estou…
– Como um cacho… Não é o meu estilo! – frisou ele, levantando-se da cama.
– Como?
Sebasten olhou para ela com desagrado, enquanto se perguntava como tinha sido tão tonto para não se dar conta do estado em que se encontrava aquela mulher.
– Já sabes que tens de consentir – troçou. – Nunca