O beijo da inocência - Calor intenso. Brenda Jackson
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Читать онлайн книгу O beijo da inocência - Calor intenso - Brenda Jackson страница 12
Saiu antes de Ashley e ali estava o seu pai olhando para o relógio. Ao ouvi-las, levantou a cabeça e a sua expressão ficou mais doce. Os olhos encheram-se-lhe de uma intensa emoção e estendeu-lhe a mão.
– Não posso acreditar que vás casar-te. Parece que foi ontem que estavas a aprender a andar. Estás muito bonita, Ashley. Devon é um homem cheio de sorte.
– Obrigada, papá – disse, beijando o pai no rosto. – Tu também estás muito bonito.
A organizadora do casamento aproximou-se deles, agitando as mãos no ar. Acompanhou-os à entrada para o altar e esteve uns segundos a arranjar a cauda do vestido.
A mãe de Ashley entrou na igreja e sentou-se, deixando Ashley sozinha com o pai para que a acompanhasse até ao altar. A música começou a ouvir-se, as portas abriram-se e todos os olhos se fixaram em Ashley. Tremia-lhe o ramo nas mãos e rezou para que não lhe falhassem os joelhos. De repente, o vestido parecia pesar uma tonelada e, apesar do frio que estava lá fora, a igreja parecia uma sauna. Então viu Tabitha, Carly, Sylvia e Pippa no primeiro banco, sorridentes.
Por fim, o seu olhar parou em Devon e esqueceu os outros. Esqueceu-se do seu nervosismo e das suas dúvidas. Só conseguia pensar no facto de estar à espera no altar e que, daquele momento em adiante, ia ser dele. Uma sensação quente e delicada apoderou-se dela.
Então, o seu pai entregou-a a Devon. Ele sorriu-lhe e juntos voltaram-se para o sacerdote para que desse início à cerimónia.
Ao fim de um momento, deu-se conta de que não tinha prestado atenção à cerimónia. Só recordava os olhos de Devon e o calor que sentira enquanto ele lhe prometia amor, lealdade e devoção. E, claro, o beijo que Devon lhe dera ao serem declarados marido e mulher.
Ao fim de um momento, estavam a deixar o altar para trás, juntos, como num casamento. Foram para uma sala contígua esperar os outros e Devon puxou-a para si.
– Estás espetacular.
Beijou-a novamente, desta vez mais devagar e intensamente. Ele tomou o seu tempo para explorar a boca dela e, quando se afastou, Ashley agarrou-se ao seu braço para não perder o equilíbrio.
Em seu redor, começaram a ouvir-se vozes e viu que os convidados estavam a sair da igreja.
– Querida, precisam de ti na igreja para as fotos – disse a sua mãe aproximando-se de Ashley e Devon. – Os convidados vão agora para a receção. Há um carro à vossa espera para vos levarem quando acabarem de fotografar-vos.
Devon não gostava da ideia de posar para tantas fotografias, mas suspirou resignado e pegou na mão de Ashley para conduzi-la de volta à igreja.
– Acabamos já de seguida – sussurrou Ashley, – e depois iremos desfrutar da nossa lua de mel.
Ele sorriu-lhe e apertou-lhe a mão.
– A ideia de passar vários dias encerrados na suite de um hotel é a única coisa que faz com que as próximas horas sejam suportáveis.
Ela corou e estremeceu perante as imagens que as suas palavras evocavam. Estava desejosa de ficar a sós com ele.
Mas, ao mesmo tempo, aquele era o seu dia e ia gozar de cada segundo. Sorriu e as suas amigas apinharam-se em seu redor, antes dos seus primos, tios, pais, irmão e outros parentes e amigos. Era realmente o dia mais feliz da sua vida.
Devon foi buscar um copo de vinho, enquanto era a vez do irmão de Ashley dançar com ela. Deveria estar a dançar com alguém da família de Ashley, mas havia tantas mulheres que não sabia reconhecer quais tinham algo a ver com ela.
Em seguida, Cameron aproximou-se dele e Devon começou a assobiar, em jeito de gozo para com o smoking que o seu amigo tinha vestido.
– Tu és a única pessoa por quem vestiria uma coisa destas – disse. – Não o vesti para o casamento de Rafe e Ryan casou tão depressa que só nos avisou depois do enlace. Mas não queria falhar a Ashley. Acha que sou alguém especial.
Devon abanou a cabeça.
– Não posso acreditar que tenhas ficado tanto tempo. Não costumas sair da tua gruta durante tanto tempo.
– É suposto eu retransmitir felicitações ou condolências, o que preferires, da parte de Rafe e Ryan. Ambos lamentam não poderem vir, mas as suas esposas estão quase a dar à luz e é compreensível que tenham que permanecer ao seu lado.
– Esquece – disse Devon. – O facto de eu me casar não é o fim do mundo. Não foste tão chato com Rafe e Ryan.
– Sim, fui – disse Cam com um sorriso. – Mas mereciam. Eram ambos desprezíveis.
– Como se tu fosses um exemplo de amabilidade. Odeias toda a gente, em especial as mulheres.
– Não as odeio. Aliás, gosto demasiado delas. Além disso, é divertido gozar contigo. Acho que Ashley é perfeita para alguém tão arrogante e rotineiro quanto tu.
– Não é isso que pretendo – disse Devon. – Estou no limite. Serei feliz quando tudo isto tiver acabado. Estou muito preocupado com Ashley poder descobrir a verdade e mandar-me para o inferno. Vamo-nos daqui e apanhamos o avião para Saint Angelo, depois já me sentirei bem.
– Tendo em conta o que te aguarda, desejo-te o melhor – disse Cameron. – Acho que cometeste um grave erro casando-te com alguém como parte de um acordo empresarial, mas é uma mulher muito doce e podia ter sido pior. De qualquer forma, não estou preocupado contigo, mas sim com ela.
– Ena, obrigado – disse Devon. – Fico contente por te preocupares comigo.
Cameron viu Ashley na pista de dança enquanto o seu irmão a fazia rodar. Riu-se e o seu sorriso iluminou toda a sala. Era óbvio que estava a divertir-se mais do que nunca.
– Ao menos, tu não acabarás com o coração partido – disse Cameron, baixando a voz. – Mas podes dizer o mesmo dela?
– Não lhe vou partir o coração, caramba! Podemos esquecer o assunto? A última coisa de que preciso é que alguém nos ouça.
– Sim, claro. Acho que vou apresentar os meus respeitos à noiva antes de voltar para a gruta.
Devon viu o amigo dirigir-se à pista de dança. Uns segundos mais tarde, Eric deixou Ashley nos braços de Cameron.
– Fizeste a minha filha muito feliz – disse William Copeland.
Devon voltou-se e viu o sogro mesmo atrás dele. William sorria, contente.
– Bem-vindo à família, filho – disse, dando uma palmada a Devon nas costas.
– Obrigado, senhor. É uma honra.
– Leva a Ashley e divirtam-se. Não te preocupes com os negócios, depois teremos tempo quando voltares para pensarmos no que há a fazer.
– Claro – disse Devon, assentindo.
– A mãe de Ashley quer que te diga que o carro que vos vai levar ao aeroporto está à espera lá fora.