O beijo da inocência - Calor intenso. Brenda Jackson

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O beijo da inocência - Calor intenso - Brenda Jackson OMNIBUS DESEJO

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e fugia. Chegariam ao aeroporto antes que alguém desse conta da vossa partida.

      – Esse é o melhor plano que ouvi em toda a noite – disse Devon sorrindo. – Cobrirá a minha fuga?

      William esboçou um sorriso cúmplice.

      – Claro, filho. Vamos, vai buscar a tua esposa. Todos ficarão encantados por comerem o bolo por ti.

      Devon riu-se e cruzou a multidão para resgatar Ashley de Cameron.

      O sol estava a esconder-se no horizonte quando Devon atravessou a ombreira da suite com Ashley ao colo. Assim que a deixou no chão, correu as portas do alpendre para abri-las.

      – Oh, Devon, isto é lindo! – exclamou ao ver a variedade de cores que enchiam o céu.

      Ele aproximou-se por detrás e abraçou-a, puxando-a para o seu peito. Beijou-lhe a orelha e ela suspirou de prazer.

      – Não posso acreditar que esta será a nossa vista durante toda a semana. Sabes há quanto tempo não vou à praia? Desde que era criança.

      – Como? – perguntou surpreendido. – Não costumas ir à praia?

      – Eu sei, é terrível, não é? Não sei porquê. A minha família não ia de férias para a praia e os meus amigos também não gostam muito. Nunca me tinha preocupado em vir e aqui estamos. É tão bonito que não encontro palavras para descrever – disse, sem fôlego.

      – A mim, parece-me que te sobram palavras. Fico contente por gostares.

      Ela voltou-se nos seus braços, deixando que as suas mãos seguissem para a cintura.

      – Como descobriste este lugar? Nunca tinha ouvido falar de Saint Angelo.

      – Estamos a construir um hotel aqui. Vamos ser os primeiros. Ryan e Kelly vivem aqui, lembras-te?

      Ela enrugou o nariz.

      – Ah, sim, falaste-me deles, mas não os conheço. Só conheço Cameron.

      – Depois tratamos disso. Bryony e Kelly estão quase a dar à luz, por isso não podem viajar. Jantaremos com Ryan e com Kelly enquanto estivermos aqui e estou certo de que em breve poderemos encontrar-nos com Rafe e Bryony.

      – Estou desejosa.

      – Neste momento, não me importo com isso – murmurou Devon. – Estou mais interessado na nossa noite de núpcias.

      Ashley sentiu as faces a arder ao mesmo tempo que um delicioso calafrio lhe percorria as costas.

      – Tenho que mudar-me. Tenho algo especial. É uma surpresa.

      – Hum, que tipo de surpresa?

      – Bom, é um presente das minhas amigas. Garantiram-me que nenhum homem é capaz de resistir.

      – Então, lembra-me de agradecer-lhes.

      – Ainda não me viste com ele.

      – Aposto que vou gostar. Gostaria de ti até se vestisses um hábito. Seja o que for que te compraram, estou certo de que gostarei antes de arrancar-to desse corpo tão desejável.

      Ashley estremeceu, excitada. Mal conseguia conter-se.

      – Está bem, espera aqui. Dá-me pelo menos quinze minutos. Quero estar perfeita. E nada de espiar-me!

      – Está bem, mas apressa-te. Vou descer para ir buscar uma boa garrafa de vinho e também para pedir que nos tragam o pequeno-almoço amanhã de manhã. Tens tempo até eu voltar.

      Ashley pôs-se em pontas de pés, beijou-o e passou junto a ele para entrar na suite. Depois, esperou que saísse do quarto para tirar aquela peça rosa da sua mala.

      Mudou-se a toda a pressa e foi olhar-se no espelho do canto. A camisa de noite era muito bonita. Sentia-se uma princesa e gostava muito disso.

      Tirou o gancho que lhe prendia o cabelo, deixando-o cair sobre os ombros. Abanou-o um pouco, alisou-o com os dedos e voltou a olhar-se no espelho.

      O corpete era decotado e deixava adivinhar os seus encantos. Ao mover-se, os mamilos estavam quase a saltar-lhe. O saiote da camisa de noite era suave e caía acariciando-lhe as pernas. Dava-lhe um ar sedutor e fazia-a parecer menos inocente e mais descarada.

      Sorriu para o seu reflexo e afastou-se do espelho. Depois, deu umas voltas como se estivesse a dançar com um par invisível.

      Fechou os olhos e deu mais uma volta. Com a mão, bateu em algo duro e sentiu dor nos nós dos dedos, o que a arrancou da sua fantasia.

      O computador portátil de Devon, que estava por cima da lareira, caíra ao chão juntamente com a carteira, as chaves e o conteúdo dos bolsos dele.

      Agachou-se, amaldiçoando a sua falta de jeito. Parecia que só tinha saído a bateria, mas como ter a certeza? E se o tinha estragado? Talvez tivesse documentos importantes no computador. Se fosse como o pai e o irmão, passava toda a vida metido naquela maldita coisa. Estava decidida a averiguar se tinha estragado o computador.

      Pôs a bateria no seu lugar, verificou se havia mais danos e premiu o botão de início, rezando para que funcionasse. Após uns segundos, o ecrã permaneceu escuro e soltou outro queixume.

      Frustrada, premiu várias teclas, desejando que algo voltasse à vida. O problema foi que, assim que começou a carregar nas teclas, o monitor piscou e uma sucessão de janelas começaram a abrir. Pelo menos, o maldito aparelho funcionava.

      Mordeu o lábio e começou a fechar programas. Havia muitas folhas de cálculo e gráficos. De repente, receou que nada daquilo estivesse a ser guardado e que estivessem a perder-se valiosas informações.

      Ao minimizar um documento, viu o seu nome escrito e isso chamou-lhe a atenção. Os seus dedos ficaram quietos sobre o teclado e começou a ler. Era um e-mail do seu pai e sorriu ao ver que se referia a ela como a sua menina. Mas o que leu a seguir fez com que ficasse gelada.

      Tive tempo de considerar as tuas reservas sobre Ashley e talvez tenhas razão em estares preocupado. Não quero que penses que não tenho em conta a tua intuição, mas quero que compreendas que, acima de tudo, quero protegê-la. Não é necessário que tome conhecimento do nosso acordo, embora compreenda que não te sintas confortável com essa decisão. É a minha única filha e amo-a muito. A verdade é que prefiro que não fique a saber que o vosso casamento é uma condição para a fusão. És bem-vindo a esta família e confio em que sempre agirás em benefício dos seus interesses, motivo pelo qual te suplico que mantenhas em segredo o nosso acordo.

      Aturdida, Ashley ficou a olhar para o ecrã, certa de que não tinha compreendido bem. Estava a tirar conclusões precipitadas, algo de que a mãe sempre a acusava. Repreendeu-se e procurou manter a calma, apesar de a pulsação lhe bater acelerada e conseguir senti-la no pescoço e nas têmporas.

      Voltou a olhar para o correio eletrónico, procurando que a sua visão turvada focasse as palavras.

      – Ashley?

      Levantou a cabeça e surpreendeu-se ao ver Devon.

      –

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