O beijo da inocência - Calor intenso. Brenda Jackson

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O beijo da inocência - Calor intenso - Brenda Jackson OMNIBUS DESEJO

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por poder cumprir as tuas fantasias antes mesmo de te despir.

      Ela corou face à ideia de ele a despir.

      Após ouvir muitas raparigas na escola e na universidade falarem sobre como tinham sido medíocres as suas primeiras vezes, Ashley prometera a si própria que a sua experiência seria diferente. Talvez tivesse acabado por ser muito exigente, mas empenhara-se em escolher o momento e o homem certo. Portanto, estava contente porque não podia ser alguém mais perfeito que Devon Carter.

      Deixou-a junto à porta e ela olhou, nervosa, em redor. O quarto era grande. A cama também era enorme. Parecia feita à medida. Quem precisava de uma cama tão grande?

      – Vou despir-te, querida – disse ele com voz sensual. – Vou fazê-lo lentamente. Se te sentires desconfortável em algum momento, interrompe-me. Temos toda a noite. Não há nenhuma pressa.

      O seu coração derreteu perante a doçura da sua voz. Parecia paciente e, embora lhe agradecesse, estava desejosa que se apressasse.

      «Só há uma primeira vez», disse-se, repreendendo-se.

      – Volta-te para que possa despir-te o vestido.

      Lentamente, voltou-se e fechou os olhos, enquanto ele lhe afastava o cabelo para o lado para abrir-lhe o fecho. Uns segundos depois, o som do zipper a descer foi a única coisa que se ouviu no quarto.

      Ashley agarrou no vestido sem alças mesmo antes de este cair ao chão. Devon segurou-a pelos ombros nus e beijou-lhe o pescoço.

      – Relaxa.

      Era fácil para ele dizê-lo. Decerto, já o tinha feito centenas de vezes. Aquela ideia não lhe agradava e prometeu não pensar em quantas amantes teria tido.

      Devon fê-la voltar-se e esboçou um sorriso que a derreteu por dentro. Lentamente, fê-la largar o vestido até este cair ao chão, deixando-a em cuecas.

      Corou. Por que não tinha posto um sutiã sem alças? Sentia-se uma oferecida por não levar nada, mas também não tinha assim tanto peito e o vestido assentava-lhe como uma luva.

      Também não sabia que ia seduzi-la naquela noite. Desejara-o em todas as vezes que Devon a convidara para sair, mas tinha deixado de profetizar sobre quando chegaria o momento.

      – Muito sexy – disse, percorrendo-a com o olhar de alto a baixo.

      Por sorte tinha vestido umas cuecas sensuais de renda e não as brancas de algodão branco que costumava usar.

      – Estás muito bonita.

      O seu tremor atenuou-se, absorvida pela expressão do seu olhar. Os olhos não mentiam e conseguia ver a excitação e o desejo nos dele.

      Devon segurou-a pelos ombros e, suavemente, puxou-a para si para voltar a beijá-la. Em segundos, o beijo passou de feroz a terno, como se lhe estivesse a dizer que não ia magoá-la.

      Embora fosse virgem, o desejo e a excitação não lhe eram desconhecidos. Devon, com uma intensidade que raiava a obsessão, tornara-se uma fantasia que a fazia passar as noites sem dormir.

      Já se tinha sentido tentada no passado. Já fora namoriscada por outros homens. Por alguns não tinha sentido nenhum desejo, mas interessara-se por outros e perguntara-se se aquilo conduziria a uma relação sexual. No final, nunca se sentira segura e recusara-se a dar esse passo.

      Com Devon, isso não lhe acontecera. Desde o primeiro momento em que se tinha apresentado com a sua voz sensual e profunda, ela soubera que estava perdida. Passara as últimas semanas desejosa que chegasse aquela noite. Agora que chegara, todo o seu corpo desejava que a fizesse sua.

      Ele afastou-se um momento e ela ficou a olhar para ela com os olhos vidrados. Devon acariciou-lhe uma face com um dedo. Depois, voltou a beijá-la uma e outra vez. Os seus beijos eram ardentes. Deslizou a língua entre os seus lábios e brincou com a dela. O seu sabor era quente e extraordinário, fazendo-a desejar mais. Devon soltou um gemido e suspirou junto ao seu rosto.

      – Enlouqueces-me.

      Ela sorriu e o seu nervosismo acalmou. O facto de provocar aquele efeito num homem tão belo e atraente, aumentava a sua autoestima.

      Continuou a beijá-la pelo pescoço. Um arrepio de prazer percorreu-lhe os ombros. Os seus lábios continuaram a descer pela curva dos seus ombros para o peito.

      Pôs-se de joelhos em frente dela e a sua boca ficou à altura de um mamilo. Ashley conteve a respiração, desejando que a acariciasse. Era-lhe indiferente se era com a boca, os lábios ou a língua.

      Ele baixou a cabeça e beijou-a no umbigo. Depois subiu uns centímetros e continuou o percurso entre os seus seios até finalmente a beijar sobre o coração.

      Um sorriso desenhou-se nos lábios de Devon.

      – O teu coração bate depressa – murmurou.

      Ela continuou em silêncio. Não era preciso dizer nada. O coração estava prestes a saltar-lhe do peito. Mas as suas mãos não conseguiam estar quietas. Tinha os dedos afundados nas madeixas do seu cabelo castanho. Conforme a luz, os seus olhos eram âmbar, dourados, castanhos…

      Acariciou-lhe o cabelo, que estava algo desarranjado. Prestava tão pouca atenção ao cabelo como fazia a outras coisas que considerava sem importância.

      Devon levantou os olhos.

      – Estás assustada?

      – Aterrorizada – admitiu.

      O seu olhar tornou-se mais doce e rodeou-a com os braços, puxando-a para ele. A sensação do seu corpo nu contra o vestido, fê-la estremecer.

      – Estaria menos assustada se estivesses nu.

      Ele pestanejou, surpreendido, e depois riu-se, deixando a cabeça cair para trás.

      – Está bem – disse, pondo-se de pé à frente dela. – Fico feliz por dar-te prazer.

      Ela passou a língua pelos lábios húmidos, enquanto ele se afastava e começava a abrir a camisa.

      Ela permaneceu quieta, desfrutando. Ele estava em boa forma física, mas sem ostentar uma musculatura excessiva. Um cacho de caracóis salpicava-lhe o peito e uma suave linha de pelo descia pelo abdómen e desaparecia sob a cintura das calças.

      Desejava acariciá-lo, tinha que acariciá-lo. Fechou os punhos e franziu o sobrolho. Não havia regras na sedução, certo? Podia tocar-lhe. Não tinha nenhuma razão para permanecer quieta como uma estátua enquanto ele fazia todo o trabalho.

      Estava a começar a abrir as calças quando ela deslizou as mãos pelo seu peito e ombros. Ele ficou quieto e, por uns instantes, fechou os olhos.

      A sua reação fascinou-a. Causar-lhe-iam as suas carícias tanto prazer como a ela as dele? Uma sensação de poder invadiu-a. Aproximou-se ainda mais, desejando sentir a sua pele nua junto à dela. Soltou um gemido quando seus seios roçaram o peito dele. Foi uma sensação elétrica que a fez desejar mais, muito mais.

      – Que estás a fazer? – perguntou com voz alquebrada.

      –

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