O beijo da inocência - Calor intenso. Brenda Jackson
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу O beijo da inocência - Calor intenso - Brenda Jackson страница 6
Quando voltou a recuperar a sensatez, estava rodeada pelos braços de Devon, que a beijava suavemente no pescoço. Estava em cima dele. Tinha o cabelo para um lado enquanto ele lhe acariciava a curva do ombro.
Ashley levantou a cabeça para olhá-lo, sentindo-se algo aturdida.
– Como acabei aqui?
Ele sorriu e deslizou as mãos pelo corpo nu de Ashley, até deter-se no seu traseiro.
– Eu pus-te aí. Gosto de ter-te em cima. Acho que poderia habituar-me.
– Oh!
– Ficaste sem palavras? Tu?
Olhou-o contrariada, mas não conseguiu ripostar nada. Era por demais evidente que tinha ficado muda.
Devon sorriu e puxou-a. Ashley colocou-se sobre ele e desfrutou das suas carícias nas costas.
– Magoei-te?
Ela sorriu ao notar preocupação no seu tom de voz.
– Não, foi perfeito, Devon, tão perfeito que não encontro palavras para descrevê-lo. Obrigada.
Afastou-lhe uma madeixa de cabelo e brincou com ela entre os dedos.
– Obrigada? Acho que nunca uma mulher me agradeceu após o sexo.
– Fizeste com que a minha primeira vez fosse especial.
– Fico contente – disse, beijando-a na cabeça.
Ela bocejou e aninhou-se ao seu lado.
– Dorme – sussurrou ele. – Quero que durmas aqui esta noite.
Pesavam-lhe os olhos e estava a adormecer quando pensou no que ele lhe acabava de dizer.
– Eu também quero dormir aqui.
Os seus dedos ficaram quietos entre o seu cabelo e depois começou a acariciar-lhe o corpo de um modo possessivo.
– Ótimo, Ashley, porque daqui em diante dormirás todas as noites na minha cama.
Capítulo Dois
Devon acordou com a estranha sensação de ter o corpo de uma mulher junto ao seu. Não só ao seu lado, mas a rodeá-lo por completo.
Ashley estava agarrada a ele, com as pernas entrelaçadas nas suas. Os seios descansavam sobre o seu peito, tinha um braço sobre o seu corpo e o rosto afundado no seu pescoço.
Gostava.
Permaneceu deitado enquanto observava o subir e descer do seu corpo, ao compasso da respiração. A sua beleza baseava-se na simplicidade. Poderia distingui-la entre uma multidão. Era extremamente natural. Talvez demasiado exuberante e atrevida, mas com tempo e a orientação adequada, podia tornar-se numa excelente esposa e mãe.
Acariciou-lhe um braço com a ponta dos dedos. Estava pálida, mas não tanto que parecesse doente. Era evidente que não se expunha ao sol e que usava maquilhagem quando saíam, embora não tanto que se transformasse em alguém diferente. Um pouco de batom e um toque de rímel para alongar as pestanas parecia ser tudo o que usava mas, claro, ele não era perito em assuntos femininos.
Gostava que não fosse cúmplice do ridículo plano do seu pai, embora ele achasse que o melhor para todas as partes envolvidas era conhecer a história completa desde o princípio.
A sua parte canalha gostava que sentisse afeto por ele, que os seus sentimentos estivessem livres de maquinações. Se a palavra que Ashley tinha dito na noite anterior não resultava do facto de sentir-se levada pela situação, «afeto» era um termo errado. Ela dissera que o amava. Isso complicava o assunto e dava-lhe uma certa dose de satisfação.
Enquanto para ele o casamento era um caso de necessidade e conveniência, além de uma oportunidade de conseguir uma excelente fusão empresarial, a ideia de que ela concordasse casar-se por essas mesmas razões incomodava-o muito. Embora isso o tornasse um hipócrita, gostava que quisesse casar com ele porque o desejava e até porque o amava.
Antes, tinha que terminar os preliminares. Um deles era tornar oficial o compromisso. Ela ainda não sabia, mas em breve tornar-se-ia mulher de Devon Carter.
Com cuidado, soltou-se dos seus braços e pernas. Estava profundamente adormecida, por isso não precisava de preocupar-se.
Levantou-se, vestiu o roupão e olhou para a cama. Por uns segundos, ficou paralisado perante a sua imagem. O sol entrava pela janela e banhava-a com os seus raios. Tinha o cabelo loiro desalinhado e estendido sobre a almofada. Um dos seus braços impedia a visão completa dos seus seios, mas sob o cotovelo assomava-se um mamilo. O lençol chegava até às nádegas, deixando ver a covinha no final das suas costas. Não havia dúvidas de que era muito bela. E agora era dele.
Meteu a mão no bolso do casaco que vestira na noite anterior e, antes de sair do quarto, tirou o estojo com o anel. Quando ela acordasse, passaria à fase seguinte do plano que orquestrara cuidadosamente.
Ashley espreguiçou-se e a luz do sol cegou-a durante uns instantes. Manteve os olhos fechados uns segundos, desfrutando do calor e bem-estar que lhe proporcionava aquela sumptuosa cama, a de Devon.
Suspirou, feliz. Tinha perdido a virgindade da mais maravilhosa das maneiras. Era impossível que tivesse corrido melhor. Fora uma noite incrível: jantar romântico para dois, Devon a comê-la com aquele olhar mágico e murmurando que ia torná-la sua. Sim, uma noite perfeita.
Então, deu-se conta que ele já não estava na cama com ela e franziu o sobrolho. Viu-o de pé do outro lado do quarto, observando-a. Vestia um roupão que deixava ver o seu peito nu. Estava apoiado na maçaneta da porta da casa de banho e olhava para ela. Por alguma razão, isso fê-la estremecer.
Algo colorido lhe chamou a atenção e ao baixar os olhos viu uma rosa vermelha sobre o lençol, ao seu lado. Mas foi o pequeno cartão junto a um espetacular anel de diamantes que a deixou sem fôlego.
Sentiu o sangue subir-lhe à cabeça e ficou a olhar para ele, boquiaberta. Apoiou-se num cotovelo para levantar-se e agarrou no anel. Tremiam-lhe tanto as mãos que quase deixou cair o estojo de veludo.
Voltou a olhar para a mensagem e depois para ele, como se temesse que se tivesse ido embora e tudo não passasse de um produto da sua imaginação. Mas continuava ali, com o sorriso a iluminar-lhe os traços.
– A sério? – perguntou Ashley sussurrando.
Ele assentiu e o seu sorriso ampliou-se ainda mais.
– A sério.
Deixou a rosa, o anel e a mensagem e saltou da cama para lançar-se nos seus braços. Devon deu um passo atrás e riu enquanto ela o beijava pelo rosto até aos lábios.
– Sim, oh meu Deus, claro que sim!
Agarrou-a por trás antes que se atirasse e caísse no chão. Depois levantou-a e os olhos de ambos ficaram à mesma altura.