Pacto de paixão - Inocente no paraíso. Maureen Child

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Pacto de paixão - Inocente no paraíso - Maureen Child OMNIBUS DESEJO

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não pode ser.

      – Então não se passa nada. Mas o facto de termos acordado não mantermos relações sexuais não significa que não possamos desfrutar um pouco.

      Ela mordeu os lábios, indecisa.

      – Não sei…

      – Talvez não tenha sido um beijo tão incrível como nos pareceu – continuou Sean. – Quiçá tenha sido a surpresa… deveríamos comprovar isso.

      – Não me parece…

      – A mim parece-me muito boa ideia – interrompeu ele, inclinando-se para se apoderar da sua boca.

      Desta vez, o beijo foi mais ávido porque sabia o que ia encontrar. Conhecia o seu sabor, o calor da sua pele… e desta vez, quando Melinda entreabriu os lábios, estava quase preparado para a corrente de calor que o fez perder o equilíbrio.

      Beijá-la antes tinha sido uma revelação e o segundo beijo era a confirmação de tudo o que tinha experimentado. E o desejo crescia por segundos. Não se conseguia afastar, ainda que soubesse que o deveria fazer.

      Aquilo não fazia parte do acordo. Aquela instantânea explosão de desejo era algo que não tinha experimentado antes. Se tivesse sentido algo assim com outra mulher tê-la-ia levado para a cama de imediato. Mas aquela não era uma opção com Melinda e Sean não sabia o que fazer a esse respeito.

      Enquanto o seu corpo lhe pedia que continuasse, o seu cérebro gritava-lhe para ter cuidado. Tinha dado a sua palavra e mantê-la-ia, disse a si mesmo enquanto a continuava a beijar, agarrando tudo o que ela oferecia, dando-lhe tudo o que tinha. Estavam tão apertados, um contra o outro, que conseguia sentir os batimentos frenéticos do seu coração e soube então que Melinda estava tão excitada quanto ele.

      Saber isso deu-lhe permissão para continuar e passou um dedo pelo fecho do vestido, descendo-o um pouco; um centímetro, dois centímetros, o suficiente para deixar à vista o corpete do vestido e…

      Sean inclinou a cabeça para envolver um seio rosado com os lábios e sentiu-a a tremer.

      – Sean…

      Sabia que deveria parar, mas não o fez. Não o conseguiu fazer. Desfrutando dos seus gemidos e do sabor daquele seio suave como veludo, passou os dentes sobre a ponta e sentiu-a a tremer.

      Melinda agarrou-se aos seus ombros, arqueando-se para ele. Com uma mão, Sean acariciava-lhe os seios, apertando suavemente um seio entre o polegar e o indicador, enquanto atormentava o outro com a língua. Não se cansava dela, o desejo fazia com que perdesse a cabeça.

      A música e o murmúrio de vozes no salão de banquetes não eram mais que uma distração vaga do que era realmente importante.

      Sean sentia-a a tremer e sabia que era por causa das suas carícias, não por causa da brisa noturna que movia as folhas das árvores. Ela enredou os dedos no seu cabelo, segurando a cabeça contra os seus seios, cada toque das suas unhas contra o couro cabeludo de Sean enviava uma descarga elétrica por todo o seu corpo.

      Nunca tinha desejado uma mulher como desejava Melinda Stanford… King.

      Pensar nisso quebrou a neblina de desejo. Era sua mulher, a mulher em quem tinha prometido não tocar. E estava praticamente a fazer amor com ela no terraço, a uns metros dos convidados do casamento.

      Sean fez um esforço sobre-humano para se afastar e subir o fecho do vestido. Quando terminou, envolveu-a nos seus braços, tentando convencer o seu corpo de que não estava a ponto de explodir de frustração.

      – Sean?

      Melinda tinha um aspeto tão sexy que gostaria de esquecer-se da honra e fazer o que os dois queriam fazer. Mas não o faria.

      Ainda não. Não até que ela o libertasse da sua promessa.

      – Não acredito que estamos a ponto de…

      Sean tentou sorrir.

      – Não aconteceu nada.

      – Não deveria… não sei por que te deixei…

      Ele agarrou a sua cara entre as mãos.

      – Não é para tanto – disse-lhe, ainda que soubesse que não era verdade. – Somos casados e beijámo-nos… não te aborreças contigo mesma por causa disso.

      – Mas há algo que deverias saber – Melinda mordeu os lábios. – Estive noiva uma vez. O meu noivo, o Steven Hardesty, morreu num acidente de carro há mais de um ano…

      Uns segundos antes estava a gemer de prazer mas, de repente, o desejo que havia nos seus olhos tinha desaparecido e fora substituído por um brilho de dor e de culpabilidade.

      – O Steven? – repetiu Sean, atónito.

      – Ele morreu e…

      – Precisavas de alguém que ocupasse o lugar dele?

      – O quê?

      – Foi por isso que te casaste comigo?

      – O que estás a dizer? – exclamou Melinda. – Tu sabes perfeitamente por que nos casámos. Fizemos um acordo que também te beneficia a ti.

      – Acordo ou não, não parecias estar a pensar no Steven há um minuto atrás.

      – O que tem isso a ver?

      – Disseste que não estavas interessada em romances. Porquê? – insistiu Sean. – Depois da morte de Steven escondeste-te? Fechaste o teu coração à chave?

      – Não entendes – respondeu Melinda.

      – Entendo melhor do que pensas – disse Sean, incrédulo. Melinda tinha-o investigado e talvez ele tivesse feito o mesmo. – De maneira que não é só um acordo benéfico para os dois; eu sou o substituto do Steven.

      – Não, não és. Não poderias ser.

      – Porque não?

      – Já te disse que estava apaixonada por ele!

      A sua veemência atingiu-o com mais força do que deveria, mas sentia-se como um idiota por se ter metido naquela armadilha. Só tinha pensado no acordo, no terreno, em ajudar os King a ganhar mais uma vez.

      Se soubesse que Melinda estava de luto por causa de outro homem não o teria feito.

      – Não entendo por que estás tão aborrecido – disse ela, passando as mãos pelos braços como se tivesse frio.

      – Não gosto que me mintam ou me manipulem.

      – E quem te manipulou? Fizemos um acordo no qual não entrava sexo e, no entanto, há uns minutos estavas a beijar-me e acariciar-me… quem é o culpado?

      Melinda olhava-o como se fosse um anjo de castidade e ele devia-se sentir culpado?

      – Não foi só culpa minha – respondeu Sean. – Podes convencer-te a ti mesma do que

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