Pacto de paixão - Inocente no paraíso. Maureen Child

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Pacto de paixão - Inocente no paraíso - Maureen Child OMNIBUS DESEJO

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o teu nome.

      – Sim, bom… – Melinda ficou séria. – A questão é que quando vires o meu avô, ele vai sugerir a venda do lote em troca deste casamento.

      – Como sabes?

      – Porque já tentou quatro vezes.

      – Não tentou com o Lucas ou o Rafe.

      – Porque eles já são casados.

      – Ah, é verdade. Porque estaria a tentar dar sentido àquela loucura?

      – O meu avô oferecer-te-á a venda do lote; em troca casas comigo e eu peço-te que aceites. Será um casamento temporário.

      – Durante quanto tempo? – Sean não podia crer que estivesse a fazer essa pergunta. Ele não queria uma esposa, temporária ou não. O único que queria era comprar o lote.

      Melinda franziu a testa, pensativa.

      – Eu acho que dois meses seriam suficientes. O meu avô acha que inclusive um casamento arranjado poderia converter-se em algo real caso se lhe dê tempo, mas eu não.

      – Também acho – assentiu Sean.

      – Mas se fôssemos casados, ainda que só durante dois meses, o meu avô pensaria que tentámos e, simplesmente, não correu bem.

      – E elegeste-me a mim como marido temporário… porquê?

      Ela recostou-se na cadeira, tamborilando sobre a mesa com os dedos. Tentava parecer composta e calma, mas não podia dissimular o nervosismo.

      – Tenho andado a pesquisar-te um pouco.

      – O quê?

      – Ouve, não vou casar com qualquer um.

      – Ah, pois claro – disse ele, irónico.

      – És formado em Ciências Informáticas e, ao terminares a carreira, meteste-te no negócio com os teus meios-irmãos. És um técnico, mas também és aquele a quem todos acodem quando há problemas – Melinda fez uma pausa e Sean olhou-a, perplexo. – Vives numa antiga torre de água remodelada em Sunset Beach, Califórnia, e adoras as bolachas que a tua cunhada faz.

      Franzindo a testa, Sean tomou outro gole de cerveja. Não gostava nada que o tivesse pesquisado.

      – Não te interessam os compromissos – prosseguiu ela. – És um monógamo compulsivo…

      – Quê?

      – Que andas com uma mulher atrás de outra. As tuas ex-namoradas falam bem de ti e isso diz-me que és boa pessoa, ainda que não sejas capaz de manter uma relação.

      – Desculpa? – Sean não saía do seu assombro.

      – A tua relação mais longa foi na universidade e durou nove meses, mas não consegui descobrir o que se passou…

      E não o faria, pensou ele, que já tinha tido mais do que suficiente. Bonita ou não, estava a começar a exasperá-lo.

      – Bom, acabou-se – disse-lhe. – Conseguirei o lote e fá-lo-ei à minha maneira. Não estou interessado nos teus enredos, de modo que tenta com outro, bonita.

      – Espera aí… – Melinda olhava-o com uns olhões azuis e Sean vacilou. – Sei que tudo isto soa muito esquisito e desculpa se te ofendi.

      – Não me ofendeste – assegurou ele. – Mas não estou interessado.

      Melinda sentiu uma onda de pânico. Tinha metido a pata na poça, mas não podia arriscar a que Sean King a recusasse.

      – Deixa que comece de novo, por favor.

      Sean olhou-a, receoso, mas não se levantou da cadeira e isso pareceu-lhe um bom sinal. Mas por onde começar? Desde que soube da visita de Sean King tinha andado a planear emboscá-lo, daí que tivesse pesquisado a sua vida. Mas não tinha pensado como ia explicar tudo aquilo sem parecer uma demente.

      – Bom, deixa-me começar outra vez – Melinda respirou profundamente. – A questão é que quando me case terei acesso a uma verba com a qual poderei viver toda a vida. Adoro o meu avô, mas ele é um homem muito antiquado que acha que as mulheres têm de se casar e ter filhos. Não para de me procurar marido e pensei que se pudesse escolher eu…

      – Muito bem, isso eu entendo – interrompeu Sean. – Mas porquê eu?

      – Porque isto nos beneficiaria aos dois – respondeu ela. – Tu consegues o lote e eu consigo a verba.

      Ele fez uma careta, nada convencido.

      – Poderia pagar pelo teu tempo – sugeriu Melinda.

      – Não penso aceitar que me pagues para me casar contigo – replicou Sean, indignado. – Não preciso do teu dinheiro.

      Essa reação disse-lhe que tinha escolhido bem. Milhares de homens teriam aceitado tal proposta, mas o seu fideicomisso, por importante que fosse para ela, certamente não era mais que uns trocos para Sean King. E ao sentir-se ofendido com a proposta deixava claro que era um homem com personalidade.

      – Muito bem. Mas o teu primo e tu querem construir um hotel em Tesouro, não querem?

      – Sim.

      – E para isso, precisam de um terreno.

      – Claro.

      – E para conseguir o lote precisam de mim. Sei que não acreditas, mas deverias – disse Melinda ao ver que não parecia convencido. – Combinaste com o meu avô de manhã, não foi?

      – Vejo que sabes tudo.

      – Por que não jantamos juntos esta noite? Talvez assim te possa convencer.

      Sean esboçou um meio sorriso que a fez engolir em seco. Era um homem muito bonito que transpirava encanto e…

      E aquilo poderia ser perigoso, pensou com os seus botões.

      – Jantar, eh? – repetiu ele, deixando a cerveja sobre a mesa. – Muito bem, eu nunca recuso a oportunidade de jantar com uma mulher bonita. Mas advirto-to: não estou interessado em casar.

      – Eu sei. Por isso é que és perfeito.

      Sean abanou a cabeça, rindo.

      – Ainda não percebi se estás louca ou não.

      – Não, não estou louca. Simplesmente, sou decidida.

      – Bonita e decidida – murmurou ele. – Uma combinação perigosa.

      – Há um restaurante muito bom na ilha: Diego’s. Vemo-nos lá às oito.

      – Às oito no Diego’s – recordou-lhe ele, levantando-se.

      Melinda observou-o enquanto se afastava. Era alto e fibroso e movia-se com a graça

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