Pacto de paixão - Inocente no paraíso. Maureen Child

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Pacto de paixão - Inocente no paraíso - Maureen Child OMNIBUS DESEJO

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Stanford.

      A mulher que se queria casar com ele, mas não ir para a cama com ele.

      Que se estava a passar? Não podia ter imaginado a atração que havia entre eles. E por sinal, não estava a imaginar a dimensão do seu próprio desejo por aquela mulher. Se se tivessem conhecido noutro lugar, noutras circunstâncias, teria tentado seduzi-la para que passassem juntos o fim de semana. E não tinha a menor dúvida de que tê-lo-ia conseguido.

      Então qual era o problema?

      – Nada de sexo – repetiu Sean.

      – Para quê complicar as coisas? Este é um acordo benéfico para os dois, mas não um casamento a sério, de modo que não vejo motivo para…

      – …irmos para a cama.

      – Isso mesmo – assentiu Melinda.

      – Ah, ena, isto está a melhorar – murmurou Sean.

      – São só dois meses – recordou-lhe ela. – Não acho que isso te vá matar.

      – Acho que conseguirei controlar-me – disse ele, trocista. Ainda que devesse admitir que não seria uma festa. Desejava-a e ser casado com ela… a atração aumentaria com o contacto?

      Talvez devesse ligar a Rico para lhe perguntar se estava disposto a construir o resort noutro lugar. Mas ele sabia que era Tesouro ou nada. Aquele lugar era perfeito para o que queriam.

      Qualquer um que quisesse fazer negócios ali tinha que lidar com Walter Stanford e Stanford era um homem que conhecia o valor da privacidade, o qual era perfeito para o resort que tinham em mente. Os multimilionários iriam ali para desfrutar longe dos grupos massificados de turistas e, sobretudo, dos paparazzi.

      Tudo era perfeito.

      Salvo pelo assunto do casamento.

      – Além do mais… – começou ela a dizer.

      – Há mais? Tens uma masmorra na qual me pensas encerrar? Ou talvez queiras que viva a pão e água durante os próximos dois meses.

      – Não digas parvoíces.

      Sean abanou a cabeça.

      – Queres que nos casemos e vivamos juntos, mas vais-me privar do mais divertido do casamento.

      Melinda pigarreou, nervosa, e Sean soube que sentia o mesmo que ele. Quanto tempo aguentaria a regra do celibato?, perguntou-se, sem poder dissimular um sorriso. Aquilo começava a ficar interessante.

      – Não vamos fazer isto por diversão…

      – Claramente.

      – E há outra coisa… esta é uma ilha muito pequena, de modo que não te poderias deitar com mais ninguém. O meu avô descobri-lo-ia em seguida.

      Sean ficou tenso.

      – Quando dou a minha palavra, cumpro-a.

      Melinda assentiu com a cabeça.

      – Só queria que ficasse claro.

      – Está claro, não te preocupes.

      – Então vamos em frente?

      Sean olhou-lhe para os olhos azuis e disse a si mesmo que era um erro, mas não encontrava outra maneira de conseguir o que queria.

      – Sim, vamos em frente.

      Não podia acreditar que fosse fazê-lo. Não podia crer que ia casar outra vez. E o casamento não seria mais real do que o anterior.

      Mas ao menos tinha a certeza de que o casamento não significaria nada.

      Capítulo Três

      Walter Stanford, um homem alto de cabelo branco, rondava os setenta anos, mas os seus sábios olhos azuis pareciam os de um homem bem mais jovem. Sentado à secretária da sua biblioteca, olhava para Sean com olhos sérios e ele sustentou-lhe o olhar sem pestanejar. Sabia muito bem que o primeiro que falasse perderia poder, de maneira que guardou silêncio, esperando que Stanford desse o primeiro passo.

      A suite de Walter Stanford ocupava metade do piso superior do hotel; a suite de Melinda ocupava a outra metade. Era um estabelecimento elegante de estilo europeu, mas ligeiramente descuidado, como se tivesse visto tempos melhores.

      E Sean teve de se perguntar se Stanford seria tão rico como diziam.

      Tinha notado duas manchas de humidade no teto e outros detalhes. Nada que chamasse demasiado a atenção, só pequenas advertências: molduras gretadas, marcas no chão de madeira…

      Naturalmente, isso não demonstrava nada.

      Talvez Walter estivesse demasiado ocupado ou não tinha tanto interesse pelo hotel para arranjar essas minúcias. Ou talvez o velho precisasse daquela venda mais do que queria dar a entender.

      Sean sorriu para si mesmo.

      – Já conheceu a minha neta – disse Walter por fim.

      – Sim, claro. Parece muito… afável – respondeu ele, usando a mesma expressão que Melinda tinha usado, uma espécie de piada privada.

      Os três tinham estado à conversa uns minutos antes, mas assim que Melinda saiu, Walter não parecia disposto a perder tempo.

      – Permita-me ser franco – disse-lhe, apoiando os cotovelos sobre a mesa. – Você quer construir um hotel na minha ilha; eu quero que a minha neta seja feliz.

      Sean cruzou as pernas, fazendo-se de parvo.

      – Que tem uma coisa que ver com a outra?

      – Você é solteiro, rico, razoavelmente charmoso…

      – Obrigado.

      – Eu gosto de pôr as cartas na mesa.

      – É sempre melhor saber o que tem o adversário – assentiu Sean.

      – Estupendo – disse Walter. – Então irei direito ao assunto: quero que se case com a minha neta. Quando o tiver feito, o lote será seu.

      Se Melinda não o tivesse preparado no dia anterior, teria caído da cadeira. Mas inclusive preparado teve de dissimular a surpresa. Era espantoso que no século XXI as mulheres continuassem a servir como moeda de troca.

      Naturalmente, aquela mulher tinha feito o acordo por si própria e tinha negociado muito bem.

      Walter estava à espera de uma resposta, mas Sean pensou no que estava a ponto de aceitar. Casar-se, ainda que fosse temporariamente, era uma decisão enorme. Não o queria fazer, mas tinha passado acordado grande parte da noite tentando encontrar outra forma de conseguir o que queria… e não lhe tinha ocorrido nenhuma.

      Como, sem dúvida, Melinda teria imaginado.

      Os

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