A bela cativa. Michelle Conder
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– Olá? Está livre? – perguntou ao motorista.
– Sim, menina.
– Ainda bem. – Sentou-se no banco traseiro e disse o nome do hotel ao motorista. Quando o carro arrancou, ela percebeu que o homem vestido de preto não lhe devolvera a fotografia de Chad.
Regan olhou pela janela traseira, esperando que ele estivesse na calçada a observá-la a afastar-se, mas, é claro, não estava. Era uma tolice. A fotografia não importava. No dia seguinte, voltaria a imprimi-la.
Capítulo 2
Jag ficou à porta do quarto do hotel onde Regan James se alojava e questionou a validez dos seus atos, tal como estivera a fazer durante todo o caminho.
Depois da conversa no bar, era evidente que ela não sabia nada do seu paradeiro, nem de que a irmã dele estava com ele. No entanto, mostrara-se cautelosa quando lhe perguntara quando fora a última vez que o irmão contactara com ela e ele não sabia se era porque tinha alguma coisa para esconder ou se era devido ao seu instinto de autoproteção.
Em qualquer caso, ela era a sua única ligação com Chad James e teria muita informação relevante sobre o irmão que poderia ajudá-lo a encontrar a irmã dele.
Quando ia bater à porta, um instinto predador apoderou-se dele. Regan James fora uma revelação no bar. Não se enganara quando vira a sua fotografia pela primeira vez. Os seus olhos não eram castanhos, mas cor de canela, e o seu cabelo era de uma cor avermelhada e dourada que o fazia pensar na areia do deserto durante o pôr do sol. A sua voz também fora uma revelação: Uma mistura de ternura e sexo puro.
Era evidente que os outros homens do bar tinham pensado o mesmo, porque Jag reparara nos olhares sensuais que pousavam nela quando se mexia pelo local. Os seus movimentos elegantes chamavam a atenção e o seu sorriso era deslumbrante. Até ele ofegara assim que a vira e, quando parara junto da sua mesa e o observara, ele sentira vontade de a agarrar e de a sentar no seu colo.
Há muito tempo que não reagia com tanto desejo com uma mulher e o único motivo por que estava ali era porque não conseguira interrogá-la no bar.
De facto, algumas pessoas tinham começado a reconhecê-lo, apesar de ter cortado a barba e o bigode. Jag acariciou o queixo e reconheceu que gostava da sensação da pele sem pelos. A ideia de acariciar o decote de Regan James com a face apareceu na sua mente e fez com que ofegasse.
Jag franziu o sobrolho. Há muito tempo que as emoções não o afetavam tanto. Milena sempre o acusara de ter gelo nas veias, de ser desumano. Não era. Era tão humano como qualquer homem e a reação física que tivera ao ver Regan James demonstrava-o.
A verdade era que Jag aprendera a controlar as emoções ainda jovem e não via nada de mal nisso. Como líder, era fundamental que mantivesse a cabeça fria quando todos os outros a perdiam. Nunca permitira que um rosto bonito ou um corpo sensual interferisse nas suas decisões e nunca o permitiria.
Zangado por estar a pensar a respeito das emoções e do sexo, levantou o punho para bater à porta.
Ouviu que, de repente, o barulho da água cessava e que uma voz feminina dizia:
– Um momento.
Jag respirou fundo. Ótimo. Ela acabara de sair do duche.
Abriu-se a porta e deu por si a olhar diretamente para os olhos de Regan James. Ao fim de uns segundos, deslizou o olhar pelo seu corpo.
– O senhor!
– Eu – troçou Jaeger, tentando disfarçar o facto de o seu corpo ter reagido ao vê-la com o robe e uma toalha a cobrir-lhe a cabeça. Entrou no quarto antes de ela ter a oportunidade de reagir e de fechar a porta com força.
– Espere. Não pode entrar aqui.
Jag não se incomodou em responder. Olhou à volta e procurou pistas a respeito de onde podia estar o seu irmão.
– Ouviu-me? – Agarrou-o pelo braço para o virar e ele fê-lo, franzindo o sobrolho e muito surpreendido.
Ninguém tocava nele sem permissão. Nunca.
Olhou fixamente para ela enquanto fechava o robe com força. Esse gesto confirmou-lhe que estava nua por baixo do tecido. Desejou agarrar na roupa e retirar-lha do corpo antes de a penetrar várias vezes, até esquecer o peso do dever. Até não conseguir recordar o que era sentir-se sozinho. No entanto, ninguém podia fugir do destino e passar uma noite entre os braços daquela mulher não mudaria nada. O dever e a solidão vinham juntos. Aprendera-o ao observar o seu pai.
– Ouvi-a.
– Então, o que está a fazer aqui?
Antes de a pousar na mesa, Jag olhou para a fotografia do irmão de Regan.
– Deixou isto no bar.
Regan olhou para a fotografia.
– Bom… Obrigada por ma devolver, mas podia tê-la deixado na receção.
Ignorando-a, Jag levantou a tampa da mala de Regan e olhou para o seu conteúdo.
– Esta é toda a bagagem que tem?
Olhou para ele, atravessou o quarto e fechou a mala de repente.
– Isso não lhe diz respeito.
Jag decidiu que já passara bastante tempo a aguentar aquela mulher, portanto, lançou-lhe um olhar fulminante.
– Fiz-lhe uma pergunta.
– E eu pedi-lhe para se ir embora – indicou ela.
Jag olhou para ela por um instante.
– Não me vou embora – avisou. – Não antes de me dizer tudo o que sabe sobre o seu irmão.
– Conhece o meu irmão, não é? – Recuou. – Também sabe onde está? Mentiu-me?
– Sou eu que faço as perguntas. A menina responde – comentou, com frieza.
Ela abanou a cabeça.
– Quem é o senhor?
– Isso não tem importância.
– Tem o meu irmão? – perguntou, num tom de preocupação. – Tem, não tem?
– Se eu tivesse o seu irmão, porque haveria de estar aqui?
– Não sei. Não sei o que quer, nem porque está aqui.
Ela engoliu em seco e Jag sentiu uma certa tensão no peito ao ver que ela estava temerosa. A necessidade de a tranquilizar apanhou-o de surpresa.
Consciente de que tudo aquilo seria mais fácil se ela estivesse relaxada, tentou usar um tom conciliador.
– Não tenha medo, menina James. Só quero fazer algumas perguntas.
Ao ouvi-lo