A bela cativa. Michelle Conder
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Читать онлайн книгу A bela cativa - Michelle Conder страница 6
Se ele quisesse chamar a equipa de segurança, tê-lo-ia feito. Não tinha outro remédio senão pará-la, portanto, rodeou-a pelas costas e levantou-a do chão.
Ela resistiu, cravando-lhe as unhas no braço.
– Fique quieta – queixou-se Jag, quando lhe deu um pontapé na tíbia. – Bolas, não sou… – Jag deixou escapar um palavrão quando sentiu que lhe dava uma cotovelada muito perto do sexo.
Decidido a pôr fim àquela situação, virou-a e segurou-lhe as mãos atrás das costas, fazendo com que os seus corpos entrassem em contacto por completo. Durante a resistência, o robe de Regan abrira-se e a nova posição fez com que os seus seios ficassem apertados contra o peito de Jag. Ao senti-lo, Jag reagiu como um menino de quinze anos em vez de como um homem de trinta que, além disso, era rei.
Ela respirava de forma ofegante e o seu cabelo húmido rodeava o seu rosto corado. Jag ficou com falta de ar. Assim, com as faces coradas, os lábios entreabertos e a respiração entrecortada, Regan estava magnífica.
– Vou deixá-la no chão – indicou ele. – Se fugir outra vez ou for buscar a arma que tem na mala, terei de a deter. Se ficar quieta, será tudo muito mais fácil.
Para ele, pelo menos.
O seu olhar fulminante indicou-lhe que não acreditava, mas, pelo menos, parou de resistir.
Ele abanou a cabeça e soltou-a. Se voltasse a fugir, pará-la-ia novamente. Embora preferisse não ter de o fazer.
– Onde está o seu telemóvel?
Queria verificar se recebera chamadas durante o dia e continuar a investigar a partir daí. Ao ver que não respondia, olhou para ela. E, pela sua expressão, soube que não ia responder-lhe.
– Menina James, não me faça zangar fazendo com que isto seja ainda mais difícil.
– Zangá-lo! Que graça! Segue-me até ao hotel, irrompe no meu quarto e ataca-me. E é o senhor que está zangado?
– Não a ataquei – defendeu-se Jag. – Retive-a e voltarei a fazê-lo se fugir outra vez. Aviso-a.
Ela cruzou os braços e tremeu.
– O que quer?
– Não a quero – respondeu ele –, portanto, pode ficar tranquila.
Olhou para ele como se não acreditasse. Depois de como a tratara, compreendia que fosse assim. Ainda assim, era verdade. Ele preferia as mulheres sofisticadas, complacentes e dispostas. Ela não era nada dessas coisas. Então, porque o afetava dessa forma?
– Sente-se para que possamos falar do que quero. Preciso de informação sobre o seu irmão.
Ao ver que ela ficava de pé, Jag suspirou e sentou-se.
– Há uma semana, o seu irmão mandou-lhe uma mensagem. Falou com ele depois disso?
– Como sabe que me mandou uma mensagem?
– Eu faço as perguntas, menina James – recordou-lhe, com muita paciência. – A menina responde.
– Não vou dizer-lhe nada.
– Tenho de a avisar de que será melhor pensar nisso – comentou ele, com frieza. Talvez ela não soubesse, mas ele estava disposto a fazer tudo para encontrar a irmã e o facto de o irmão daquela mulher estar com ela irritava-o. Observou-o como se desejasse dar-lhe uma dentada e ele sentiu que o desejo o invadia por dentro.
– Não, não voltei a saber dele.
– O que a fez vir a Santara?
– Ele vive aqui. E, ao ver que não atendia o telefone, preocupei-me.
– Ele vivia aqui. – Não viveria lá durante muito mais tempo.
– Se se tivesse mudado, ter-me-ia avisado.
Ela abanou a cabeça.
– Vejo que estão bastante unidos.
– Muito unidos.
A convicção com que falava fez com que ele sentisse uma pressão no peito. Houvera uma época em que ele também estivera muito unido aos seus irmãos. Depois, o pai falecera num acidente de avioneta e isso tornara-o rei. A partir daí, tinham deixado de estar unidos. Não havia espaço para isso.
– O que sabe a respeito do que o seu irmão esteve a fazer ultimamente?
– Nada.
– A sério?
– Não sei nada – insistiu ela, mudando o peso de um lado para o outro e tentando conter-se para não o enfrentar.
Jag ter-se-ia surpreendido se não achasse a sua ousadia muito atraente. E excitante.
– Quero dizer, sei que desfrutava do seu trabalho, que gostava de ir ao campo aos fins de semana, que tinha acabado de comprar um forno que adorava e que tinha uma secretária nova.
– Uma secretária nova?
– Sim. Olhe, não vou responder a mais perguntas até responder às minhas. – Ao pôr as mãos nas ancas, o decote do robe abriu-se. – Porque está tão interessado no meu irmão?
Tentando não olhar para o decote, Jag tentou também controlar a sua libido.
– Ele tem uma coisa minha. – Cerrou os dentes e questionou-se como Milena estaria. Se estava bem ou se precisava dele.
– Roubou-o?
A surpresa que o seu tom de voz transmitia fez com que ele fizesse uma careta.
– Poderia dizer-se que sim.
Regan percebeu que ele ficava tenso ao responder. Mais uma vez, fê-la pensar num leão disposto a atacar. Era evidente que o que o irmão levara era importante para ele. E isso explicava o seu interesse por Chad. No entanto, embora Chad tivesse passado uma má época depois da morte dos pais, não era uma má pessoa. Era inteligente, muito mais do que ela, e fora por isso que sempre tentara certificar-se de que ele acabava os estudos em Inteligência Artificial, na universidade, com boas notas. Um sucesso que o levara até àquele país belo e indómito.
Um lugar muito parecido com o estranho que ela tinha à sua frente e que a deixava com falta de ar cada vez que pousava o olhar dos seus olhos azuis nela. Era possível que fosse o que mais odiava, a forma como o seu corpo reagia a apenas um dos seus olhares.
Estava a observá-la e ela teve de se esforçar para ignorar as sensações que experimentava. Se ele não lhe tivesse tocado, se não a tivesse agarrado e apertado contra o seu corpo, teria sido mais simples.
Regan sentiu que os mamilos endureciam ao recordar como lhe tocara com o braço. Era como uma rocha e ela estava sozinha com ele num quarto de hotel.
– Não foi o Chad – comentou ela, com fúria.
– Foi ele, sim.