Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.

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Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial - Susan Fox P. Omnibus Bianca

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conter-se.

      – Há muito tempo que renunciaste ao teu direito de fazer isso – murmurou. – E estou cansada de lutar. Já não consigo continuar a fazê-lo, Mike. Deixa-me em paz.

      Mike aproximou-se, pondo a sua mão sobre o ombro de Grace.

      – Lamento – murmurou. – Não queria fazer-te chorar.

      – Não o fizeste. Não estou a chorar. As coisas começaram a acumular-se… Estou bem, a sério.

      – Não estás bem.

      Grace não tinha uma resposta para aquilo. Ele tinha razão.

      – Preciso de um descanso. É só isso.

      Mas o que realmente queria fazer era descansar sobre a força sólida dele. Sempre soubera que podia contar com ele. Mesmo quando ele se fora embora, soubera que se tivesse tido problemas e lhe tivesse dito, ele teria estado lá para ela. E não havia muita gente que fizesse o mesmo.

      Suspirou e apoiou-se na sua mão. Sentia-se reconfortada só de o sentir ali. Sentir que durante alguns momentos não estava sozinha. Fechou os olhos quando ele apertou o seu ombro.

      – Isto tem a ver com mais coisas do que estares simplesmente cansada, não é?

      Grace engoliu em seco, tentando desfazer o nó da sua garganta. Mike abraçou-a contra o seu peito. Não disse nada, só a abraçou.

      Contrariada, afastou-se do abraço dele para olhar para ele na cara.

      – Obrigada – murmurou. – Precisava de um abraço. Eu também lamento. Estive a atacar-te, quando tudo o que querias fazer era ajudar-me.

      – Vamos sair daqui – sugeriu ele. – Vamos esquecer-nos das discussões. Vem comigo e mostrar-te-ei como está a correr a construção da minha casa.

      Grace tinha trabalho à espera dela em casa e um turno para cumprir na taberna naquela noite, mas não haveria problema se fizesse um descanso de meia hora. Teve de admitir a si própria que queria passar tempo com ele. E, além disso, tinha curiosidade por ver como estava a sua casa. Avistara-a ao longe e vira que já tinha tecto.

      – Parece uma boa ideia. Eu adorarei vê-la.

      A casa ficava a nordeste da de Connor, no alto de um pequeno montículo, e devia ter uma vista magnífica das montanhas.

      Estava um pouco fresco e Grace, embora vestisse uma camisola grossa, abraçou-se para se aquecer. Mike vestira um casaco castanho sobre a sua t-shirt que realçava os tons acobreados do seu cabelo. Ao aproximar-se da casa, deu-lhe a mão para a ajudar a andar pelo chão desnivelado.

      Gostou da casa. Mesmo no estado em que ainda estava, podia ver-se como ia ser bonita. Percorreu todas as divisões e, a certa altura, viu Mike à frente de uma grande janela, a olhar para as montanhas.

      – Vais adorar – afirmou ela.

      – É a minha primeira casa. Consegues acreditar? Tenho mais de trinta anos e nunca tive a minha própria casa – replicou ele, sem se virar para olhar para ela.

      – Vai ser linda. Escolheste um espaço maravilhoso.

      – Nunca pensei que quereria assentar. Mas de alguma forma… suponho que cresci.

      Grace riu-se levemente, perguntando-se se Mike estaria a ficar sentimental.

      – Acontece a todos. Suponho que algumas pessoas demoram mais a fazê-lo.

      Mike afastou-se da janela e dirigiu-se para a divisão seguinte, que ela supôs que iria ser a cozinha.

      – Sabes cozinhar? – brincou.

      – Na verdade, não. A não ser que fritar bacon e ovos conte.

      Ela sabia o que o esperava, já que ela própria vivera sozinha durante anos. Esperava-o não ter ninguém com quem discutir pelo telecomando da televisão, nem que deixasse as toalhas no chão da casa de banho, ninguém com quem falar, com quem partilhar uma refeição ou com quem ver um filme…

      Era uma existência horrivelmente solitária.

      – Onde tens a cabeça? – perguntou ele, afastando-a dos seus pensamentos.

      Estava muito perto dela. Grace sentiu que o calor se apoderava do seu corpo.

      – Estava simplesmente a pensar.

      Começou a virar-se, mas ele parou-a, agarrando-a pelo braço.

      – Não vás.

      – Não estou a ir.

      – Grace, estiveste a afastar-te durante anos.

      – Não sei o que queres dizer.

      – Com certeza que sabes. O que não entendo é porquê. Porque te esforças tanto para manter as pessoas afastadas de ti quando é óbvio que te preocupas com elas? Todos os que te conhecem gostam de ti. Fazes muitas coisas pelos outros, mas acho que nenhum deles sabe o que te faz vibrar.

      Grace pensou que ele também não sabia nada do segredo que ela guardava. Se soubesse, seria uma desilusão para ele. Mesmo que desejasse que ele a amasse novamente, sabia que voltaria a abandoná-la e não podia voltar a sofrer daquela maneira.

      Mas o seu segredo era um fardo que ela carregava consigo dia após dia e, quanto mais discutiam, quanto mais protector se mostrava com ela, mais desejava contar-lhe e sentir-se livre.

      – Já estás novamente a pensar nas tuas coisas.

      Grace abanou a cabeça e olhou para ele nos olhos, onde viu reflectida preocupação e algo mais. Algo parecido com desejo. Mas não podia ser. Devia ser a sua imaginação. Recordou-se que ele não a via dessa maneira.

      – Mike…

      Ele estava muito perto dela e levantou-lhe o queixo com um dedo, fazendo com que ela olhasse para ele nos olhos. Automaticamente, o olhar de Grace dirigiu-se para os seus lábios.

      – Chiu… – disse ele, beijando-a.

      Finalmente. Parecia que cada poro do seu corpo repetia aquela palavra. Mike soltou o seu queixo e agarrou-a pelos braços, aproximando-a dele. Incitou-a com os seus lábios e ela percebeu que estava a ser muito delicado. Aquilo chegou-lhe ao coração. Mas não precisava que ele tivesse cuidado. Simplesmente, precisava dele.

      Abriu os lábios um pouco mais, convidando-o. Cuidadosamente, ele beijou-a mais profundamente, como que testando a resposta dela, que finalmente fez o que quisera fazer desde a noite em que tinham dançado juntos. Levantou os braços e passou os seus dedos pelo cabelo dele, beijando-o apaixonadamente. Queria-o, queria saber que conseguia fazer com que ele perdesse o controlo e com que a desejasse da mesma maneira com que ela o desejava a ele.

      Depois de mostrar o que queria, tudo mudou.

      Mike parou de a beijar e tomou o controlo. Olhou para ela nos olhos com tal intensidade que fez com que a excitação a percorresse

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