Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.
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Читать онлайн книгу Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial - Susan Fox P. страница 13
– Grace – murmurou Mike, acariciando-lhe a cara para depois descer a mão para o seu peito.
Ela observou, sustendo a respiração, como ele olhava para a parte do corpo que estava a acariciar. Sabia que ele tocaria em todos os lugares e que ela desejava que o fizesse… E também soube que não seria justo para nenhum dos dois.
– Pára! – ordenou, duramente.
– Não falas a sério.
Ela desejava que ele continuasse, mas estava desesperada para parar antes de as coisas chegarem demasiado longe e de já não poderem voltar atrás.
– Por favor, Mike, tens de parar.
– Mas não quero fazê-lo.
– Não podemos fazer isto. Não queremos as mesmas coisas na vida.
Ao sentir como ela se afastava, Mike cerrou os dentes. Não queriam as mesmas coisas? Ele sabia que se desejavam um ao outro. Isso estava claro. Mas não queria forçar as coisas e deitar tudo a perder.
– Lamento muito.
– Não lamentes. Simplesmente, não podes ir mais à frente, é só isso.
Grace estava a evitar olhar para ele na cara e ele perguntou-se se se teria enganado. Ela seduzira-o naquela noite na festa dos Riley, mas bebera demasiado e as suas amigas tinham-na incitado. Isso não significava que ela estivesse louca por ele. Na verdade, depois disso, tinham estado a discutir a maior parte do tempo. Por um instante, sentiu-se dispensável. Sabia o que acontecia quando se rendia ao amor. Era sempre magoado. Quando tinham estado a sair juntos, ele é que se fora embora… para que não fosse ela a fazê-lo primeiro.
– Não quero pressionar-te. Mas não lamento o que aconteceu – não conseguiu evitar dizer.
O olhar que Grace lhe dirigiu era tão complicado que ele nem sequer se incomodou em interpretá-lo e a sua cara reflectia excitação, medo, esperança e resignação.
Nada fazia sentido.
– Não queremos as mesmas coisas – repetiu ela.
– O que queres dizer com isso? – perguntou ele, olhando para ela nos olhos.
– Tenho de regressar – afirmou, evitando a sua pergunta. – Obrigada por me mostrares a tua casa.
– Espera – pediu ele, segurando-a pelo braço.
Grace olhou para ele, suplicando-lhe silenciosamente que a soltasse.
– Deixei-te sem te dizer nada. E, Grace, lamento imenso.
– Esquece-o!
– Grace, não posso esquecê-lo depois do que se passou. Porque se estivermos a pensar em começar algo entre nós novamente, precisamos de esclarecer as coisas. Deves saber que estava assustado e que fui injusto contigo. Não voltaria a fazer-te algo do género.
Mike pensou que as suas palavras tranquilizariam Grace, mas em vez disso, ela esboçou uma careta quase dolorosa.
– Obrigada por te desculpares – respondeu ela. – Mas agora já não importa, porque não estamos a começar nada. Tenho de regressar.
Aquilo fez com que ele, inexplicavelmente, se zangasse, mas deixou que ela se fosse embora. Disse para si que resolveria as coisas para que começassem algo entre ambos…
Mike pôs as chaves da camioneta no bolso e passou uma mão pelo cabelo. Conseguia ouvir a música proveniente da taberna do hotel.
Ela estava ali.
A trabalhar.
Trabalhava para pagar a reparação do carro e aborrecia-o que ela preferisse trabalhar como empregada de mesa em vez de aceitar a sua ajuda.
Tapou ainda mais a cara com o chapéu e entrou na taberna, onde havia uma luz ténue. Percebeu que ela não o vira entrar. Grace estava no balcão, servindo uma bebida e rindo-se por algo que um cliente dissera.
Quando acabou de servir o cliente, virou-se e viu-o. Fez cara de poucos amigos, mas aproximou-se para anotar o pedido.
– Cerveja, Mike? – perguntou.
Mike reparou na frieza do tom de voz dela. Recordava demasiado bem como se sentira ao tê-la nos seus braços e o sabor da sua boca. E o aspecto tão sexy que ela tinha naquela noite não ajudava…
– Sim, em garrafa.
Grace olhou para ele, arqueando uma sobrancelha. Nem sequer pedira por favor. Como ele não dizia nada, ela aproximou-se de um frigorífico para ir buscar a cerveja. Ao fazê-lo, teve de se baixar e ele conseguiu ver parte das suas costas, já que a t-shirt subiu levemente.
Mike humedeceu os lábios, mas então ela virou-se para lhe levar a cerveja.
– Vais abrir uma conta?
– Pago quando me for embora – respondeu ele. Mas pensou melhor e levantou-se para tirar a carteira do bolso. Tirou uma nota de cinco dólares e deu-lhe. – Fica com o troco.
Grace pôs o dinheiro no avental.
– Tens fome? – perguntou. – Jack está a tratar da cozinha esta noite, portanto as coisas estão comestíveis.
– Agora não.
Ela virou-se para se ir embora.
– De qualquer forma, o que estás a fazer aqui?
Ela sorriu, mas ele percebeu que não era um sorriso sincero.
– Estou a trabalhar, será que parece que estou a fazer outra coisa?
– Mas porquê aqui?
Grace aproximou-se para não ter de gritar para se fazer ouvir devido à música alta e para que assim os outros não os ouvissem.
– Porque as gorjetas são boas e o horário é compatível com os meus outros empregos.
– De certeza que podias ter encontrado algo melhor do que isto.
Pela maneira como ela franziu levemente o sobrolho, Mike apercebeu-se de que a ofendera novamente.
– É algo temporário. Uma das empregadas está de férias durante algumas semanas. Dava-me jeito e era demasiado bom para o deixar passar.
– Mas não terias de o fazer se me deixasses ajudar-te.
– Ouve, Grace! Estou a morrer de sede!
Era alguém da vila e Mike franziu o sobrolho ao ver como ela se ria de boa vontade.
– Aguenta