Novos Começos Encantados. Brenda Trim
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— Você mencionou isso antes. Seria um livro, certo? Como ele se parece? Eu não encontrei nada que tivesse o histórico da minha família.
Violet ligou o fogão e colocou a chaleira para ferver. — Eu nunca o vi, mas é muito mais do que sua história familiar. É um compilado de feitiços e magia que seus ancestrais criaram. Aposto que também há informações sobre o portal e seus deveres nele.
— Então parece que eu preciso encontrar esse maldito livro. — De repente me senti derrotada. Eu procurei pela maior parte da casa, mas não encontrei nada. — Você pode me dizer por que minha família tem esse papel? Por que não posso passar o trabalho para alguém como Sebastian? Ele seria capaz de lutar contra qualquer um que não deveria atravessar para a Terra.
Violet balançou a cabeça e pegou o leite da geladeira. — Tê-lo no comando seria um desastre. Ele nunca permitiria que ninguém passasse. Não sei a história toda, mas sei que sua família se estabeleceu em Pymm's Pondside há muito tempo, quando havia muitas pontes do Reino Feérico para este mundo. À medida que a magia secava no mundo, o portal em sua terra permaneceu. Suspeito que alguém da sua linhagem o criou como uma maneira de visitar a família aqui e vinculou sua existência à sua linhagem quando o Reino Feérico começou a perder seu poder.
Eu virei para encará-la e quase derrubei as canecas que eu tinha acabado de pegar com o choque. — Como um reino inteiro pode perder energia? Isso parece impossível.
Violet suspirou e colocou saquinhos de chá nas canecas que eu coloquei na ilha da cozinha. — Tem a ver com o Rei e quando ele assumiu o trono. Ele consumiu uma parte significativa da magia do reino e até roubou a magia de algumas das criaturas que vivem nele. Foi a única maneira dele vencer o rei anterior.
Aquilo era fascinante. — Então, há tipo uma família real escondida que pode tomar o trono de volta e restaurar o Reino Feérico à sua antiga glória? — Era um plot comum em romances de fantasia, meu gênero favorito.
Violet riu disso e pegou a chaleira quando ela começou a assobiar. Ela derramou a água quente nas canecas. — As histórias não mencionam isso. Não sou Feérica, mas pelo que sei, o trono é tomado à força. Não é algo que é passado de herdeiro para herdeiro. O mais forte reina Eidothea e o seu povo. Mas há um alto escalão e apenas essas famílias do topo têm a capacidade de lutar pelo trono. Suspeito que sua família pertence a esse nível mais alto.
Eu recuei como se ela tivesse me dado um tapa. Eu não queria ter nada a ver com seres que explorassem outros para ganho pessoal. — Aff. Graças aos Deuses eu não sou uma pessoa vil que passaria por cima de outros para poder tomar o trono.
— O Reino Feérico precisa de um governante que pense no bem maior. Talvez então o equilíbrio entre nossos mundos possa ser restabelecido. — Violet colocou açúcar em seu chá, em seguida, ergueu a caneca fumegante para seus lábios.
Eu também ergui a minha e deixei o vapor aromático me acalmar. — E o que poderia acontecer? Não vejo humanos aceitando que Feéricos existem. Eles lançariam bombas nucleares para destruir todos nós se soubessem que criaturas míticas eram reais. — Não havia como negar a forma como reagimos ao medo. Pensei em comprar uma arma depois que Tim morreu. No final, percebi que seria mais um risco do que ajuda.
— É verdade. De qualquer forma isso não importa agora. Não há ninguém vivo capaz de desafiar o Rei Voron.
Eu ofeguei e derrubei meu chá quando minhas mãos voaram para minha cabeça. Aquele ping terrível tinha começado novamente e estava muito mais forte do que nunca.
— Fiona, você está bem? O que houve? — A voz da Violet parecia que vinha de muito longe. Eu não conseguia me concentrar em nada, exceto no barulho e no puxão em meu peito.
— Minha cabeça — grunhi com os dentes cerrados. — Tem esse ping incessante.
Uma mão correu para cima e para baixo nas minhas costas, esfregando círculos. Descubra de onde vem essa merda! Respirei fundo, várias vezes, e me concentrei na fonte por vários segundos. Violet estava perguntando se ela deveria me levar a alguém ou algo na cidade chamado Zreegy. Eu não tinha ideia de quem ou o que Zreegy era.
Tudo o que eu conseguia pensar era em acabar de uma vez por todas esse ping e puxão. Estava piorando e agora era insuportavelmente doloroso. Depois de vários segundos, deixei minhas mãos caírem e olhei para os olhos azuis de Violet. A preocupação dela era o lembrete que eu precisava de que havia alguns na cidade que se importavam comigo.
— Você está bem? — perguntou ela, depois de alguns segundos.
Eu assenti e passei a língua em meus lábios secos. — Estou bem agora. É que sinto esse ping na minha cabeça desde que cheguei e está piorando. Eu pensei que estava vindo da casa, mas agora eu suspeito que está vindo de fora.
Violet se virou e foi para a despensa. — Pode ser apenas as linhas ley e você está sensível ao poder que corre através delas, mas vamos sair e descobrir o que está causando isso. Não agora, fique onde está. Você está descalça e há pedaços de cerâmica por todo o chão.
Eu nem tinha ouvido a caneca quebrar. Eu continuei focada no ping que agora estava ficando cada vez mais suave. — Você sabe que eu estaria perdida sem você e Aislinn. Saber que posso contar com vocês duas acaba com qualquer dúvida sobre minha decisão de ficar. Mas o que você quer dizer com as linhas ley e por que eu seria sensível a elas?
— Linhas ley são caminhos de magia concentrada. Aqui em Cottlehill Wilds várias diferentes convergem. Isso atrai sobrenaturais à nossa localização e é uma das razões pelas quais temos uma população significativa vivendo aqui. A outra razão é o portal. Suspeito que foi essa convergência que possibilitou que o portal fosse criado aqui.
— Reitero que estaria perdida sem você. Eu entendo o conceito que você está descrevendo, mas minha mente se recusa a acreditar nisso completamente.
Violet jogou os detritos afiados no lixo e eu limpei o líquido com algumas toalhas de papel. — Eu senti uma ligação com você desde que eu consigo me lembrar. Eu só queria que você soubesse sobre sua magia quando Trent decidiu que ele me deixaria pela sua secretária. Poderíamos ter lançado uma maldição de intestinos soltos como brincamos daquela vez. Isso teria espantando a vadia de vinte e poucos anos.
Eu gargalhei e enfiei meus pés nas sandálias que mantinha perto da porta dos fundos. — Agora, esse é um tipo de magia que eu apoio. Por que os homens fazem isso quando chegam aos 40? Como se isso os fizessem ficar mais jovens? Ele terá que trabalhar duas vezes mais para manter a ninfeta. Aquele idiota. Você merece muito melhor.
Violet bufou e me seguiu para fora de casa. — De seus lábios aos ouvidos dos Deuses. Agora, vamos ver o que podemos aprender aqui fora. Você tem alguma ideia de onde o ping vem?
Pensei nisso enquanto o ar da noite nos cercava. O cheiro de beladona e jasmim dominava o jardim. Eu realmente precisava fazer alguma pesquisa para descobrir o que eu tinha lá fora, e como fazer poções. Talvez eu pudesse encontrar o ex da Violet e dar-lhe algo para lhe dar dor de barriga.
— Eu não tenho ideia. Acontece de forma intermitente e nos momentos mais estranhos. Como eu disse, primeiro pensei que tinha a ver com a casa porque começou