Lido Nevoeiro. T. M. Bilderback

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Lido Nevoeiro - T. M. Bilderback

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garcon! Você e eu, vamos conseguir mais crocodilos!

      Pierre ainda estava bêbado da celebração da noite anterior e, aparentemente, não tinha ido para a cama.

      Essa percepção gelou Lido. Era quando seu pai era mais perigoso.

      Lido se vestiu rapidamente e pegou duas maçãs da cozinha. Ele desceu a escada para o barco de fundo plano o mais rápido que pôde.

      -Pegue o mastro! Vamos rápido! - disse Pierre.

      O homem e o menino empurraram o barco de fundo chato para o fundo do bayou. Finalmente, eles pararam. A água tinha menos de um metro de profundidade, e vários pequenos outeiros cobertos de musgo os rodeavam.

      Pierre pegou um pedaço de corda e cambaleou ao se virar para encarar Lido.

      -Você vem aqui.

      Lido se moveu até ficar na frente de seu pai.

      Pierre amarrou a corda com firmeza na cintura de Lido. O nó era forte.

      Balançando em seu assento, Pierre disse:

      -Vai prrá água.

      Os olhos de Lido se arregalaram.

      -Mas, papa...!

      Pierre deu um tapa na boca do menino.

      -Vai prrá água!

      Com os lábios sangrando, o aterrorizado Lido escalou a lateral do barco. A água atingiu seus ombros. Suas mãos agarraram o lado com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.

      Pierre disse:

      -Agora, vá um tchiquinho pra lá. Eu puxo você de volta antes que o jacarré te morda.

      O terror do menino quase o fez congelar no lugar. Ele finalmente largou a lateral do barco e começou a se afastar do barco. Quando ele estava a cerca de sete metros de distância, seu pai o chamou.

      -Stá bom, garcon ...pare aí.

      Lido parou. Seus olhos, arregalados de terror, tentavam estar em toda parte. Ele não confiava em seu pai para puxá-lo para um lugar seguro a tempo, mas sentia como se não tivesse escolha. Ele tinha medo de acabar como sua mãe, cortado em pedaços e dado como alimento a crocodilos famintos.

      Depois de alguns momentos, Lido não tinha visto nenhum crocodilo. Ele relaxou ... um pouco.

      Lido olhou para seu pai, sentado no barco e balançando de um lado para o outro. Ele não ouviu nem viu o jacaré de vinte pés que estava descansando em um montículo coberto de grama deslizar na água. O crocodilo estava nadando vagarosamente na direção de Lido.

      ***

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      NÓS QUATRO ENTRAMOS na viatura. Sentei-me na frente com o uniformizado. Sam estava sentado no banco de trás com Manny.

      Manny ainda estava reclamando.

      -Olha, Mickey, sei que tivemos nossas desavenças, mas me oponho fortemente a ser conduzido sem roupas!

      -Você tem um cobertor da moda aí... Tenho certeza de que as mulheres vão ficar devidamente impressionadas.

      -Oh, claro, faça piadas, Mickey! Você não daria uma resposta tão rápida se fosse você no cobertor! - Ele parou enquanto um sorriso malicioso se espalhava por seu rosto. - Você já esteve entre os cobertores, Michelle? - ele perguntou, usando meu nome de batismo.

      -Mais uma piadinha, Manny, e vou jogar você para fora do carro!

      -Sim, e também não foi você que levou um tiro! - Manny respondeu, logo que o para-brisa traseiro explodiu.

      -DIRIJA! - Eu gritei para o patrulheiro surpreso. - AGORA!

      Em favor dele, o patrulheiro - Eric Limbird - saiu disparado como uma bala, as luzes e a sirene no máximo. Quando me certifiquei de que ninguém estava ferido, estávamos na metade do caminho para o aeroporto.

      ***

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      LIDO NÃO SABIA QUE sexto sentido o fazia olhar para trás. Ele não tinha ouvido nada que o fizesse virar.

      O menino de oito anos urinou involuntariamente.

      Ele tentou chamar seu pai, mas Lido não conseguia fazer sua voz funcionar. Cada vez que ele tentava gritar, sua voz ficava presa na garganta. Seu pânico agora crescia exponencialmente.

      Quando o jacaré estava a seis metros de distância, Lido respirou fundo e finalmente conseguiu gritar:

      -PAPA! PAPA!

      Pierre se mexeu, viu o crocodilo se aproximando do filho e começou a puxar a corda em direção ao barco. Mão após mão, parecia que o homem mal conseguia manter o menino à frente do crocodilo.

      Agora que Lido havia encontrado sua voz novamente, ele não conseguia parar de gritar de terror.

      Destemido, o réptil nadador continuou nadando constantemente em direção ao menino.

      Finalmente, Pierre deu um grande puxão na corda e puxou o menino mais um metro e meio. Ele deu mais um puxão enorme e Lido estava pulando pela lateral do barco.

      Pierre agarrou seu rifle e atirou no jacaré perseguidor entre os olhos.

      Lido estava deitado, em pânico, com a respiração ofegante.

      Pierre sorriu para o menino.

      -Viu só, garcon? Nadjinha com que se preocupar!

      Lido olhou para o pai com ódio nascente e sabia que, um dia, mataria aquele homem.

      ***

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      ENQUANTO O PATRULHEIRO Limbird dirigia a viatura com rapidez e facilidade pelo trânsito, falei pelo rádio com a polícia do aeroporto, informando-os do que eu precisava que eles fizessem. Eles me disseram qual portão o jato particular estaria usando e que o avião pousaria nos próximos vinte minutos.

      Isso nos deu tempo de sobra para encontrar o portão.

      Sam estava sentado ereto novamente no banco de trás.

      Manny ainda estava agachado no chão.

      -Oh, Deus, quem está tentando me matar? Por que eles estão tentando me matar? Que diabos está acontecendo?

      Sam começou:

      -Manny, cale a boca. Tenho a sensação de que quem está atirando em nós está tentando matar nós três.

      Manny

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