Lições Do Coração. Dawn Brower

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Lições Do Coração - Dawn Brower

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que tem meu casamento?” Claire suspirou profundamente. “Eu não quero uma grande cerimônia, de qualquer jeito. Nós podemos tirar umas férias – talvez ir para Las Vegas. E enquanto estamos lá, podemos nos casar e ter a nossa lua de mel. Com sorte, Nolan estará na cadeia quando decidirmos retornar”.

      “Odeio dizer isso...” Carter expirou com força. “Mas essa não é uma má ideia. Por que você não liga para a nossa mãe e pede para ela arranjar um jantar em família? Precisamos discutir tudo primeiro, e então, sim, sair da cidade por alguns dias”.

      Olivia não sabia se fugiria se fosse ela, nem poderia saber, sem ter se deparado com um problema como esse. Ela não culpava Claire por querer subir no primeiro avião que saísse da cidade. Pelo menos ela tinha Matt para acompanhá-la; isso significaria muito e ajudaria a aliviar um pouco do medo.

      “Não tenho certeza se gosto da ideia de fugir para casar”, Matt respondeu. “Mas certamente gosto da ideia de ter você como minha esposa tão logo quanto possível. Só queria estar fazendo isso em circunstâncias melhores”.

      “É verdade”, Claire concordou. “Podemos decidir depois se queremos essa coisa de casamento em Vegas. Mas de qualquer forma, podemos tirar umas férias”. Ela se virou e encontrou o olhar de Olivia. “Vou deixar com você a tarefa de informar Dani sobre a situação e pedir para Amy cancelar todos os nossos compromissos. Você está encarregada de qualquer decisão que precise ser tomada – todo o resto pode ser administrado pela Dani”.

      Daniella Souza era a sócia de Matt no escritório. Ela não fazia muita coisa lá desde que começara a sua fundação, mas ainda pegava um ou outro caso de vez em quando. Olivia não sabia muito a respeito dela, a não ser que era a filha perdida da família Brady. Uma coisa que eles não tinham descoberto até que seus caminhos se cruzaram meses atrás. Ela tinha se casado com o amor da sua vida recentemente – Rendall Souza – e parecia feliz.

      “Vou cuidar de tudo”, garantiu Olivia. “Vá preparar tudo para viajar. Eu levo Carter até a porta”.

      Ele revirou os olhos e se virou para Claire. Olivia queria bater nele, mas se segurou. Contar à irmã que Nolan Pratt tinha escapado da prisão deve ter sido uma montanha russa de emoções para ele. “Me ligue depois que falar com a nossa mãe. Estou indo ver a Reese e contar a ela sobre os seus planos”.

      “Ah meu Deus, eu nem pensei nela...” Claire engoliu em seco. “E se ele for atrás dela, ao invés de mim?” Ela não deve ter ouvido Matt falar sobre estar preocupado com Reese. Não que isso surpreendesse Olivia... ela tinha quase certeza de que Claire se desligara da conversa deles por um período.

      “Ela vai ficar bem”, Carter garantiu. “Dane está com ela e nós a protegeremos. Ela é teimosa e não vai querer abandonar seus pacientes. Você sabe como ela é”.

      “Sei”, Claire afirmou. “Tudo bem. Prometa que vai me ligar todos os dias, enquanto nós estivermos fora, ou eu voltarei. Preciso saber que todos estão a salvo”.

      Ele concordou com a cabeça. “Tem a minha palavra. Agora você precisa ir”. Carter puxou a irmã para um abraço e se virou para sair. Olivia foi atrás dele para garantir que ele fosse embora. Ele parou na porta e recolheu todos os papeis que tinham caído, organizando-os em uma pilha. E então entregou a pilha a ela. “Aí está. Nunca diga que não fiz algo por você”.

      Bobão... mas ela não estava, na verdade, esperando que ele juntasse os papeis. E ficou de boca aberta, sem saber o que dizer. O desgraçado parecia um pouco satisfeito demais consigo mesmo. Ela faria de tudo para assegurar que ele pagasse por isso da próxima vez. E daí que ele estava caçando um maníaco homicida? Ele poderia tratá-la com decência apesar disso, Caso contrário, não criticaria ele mesmo a coisa toda. Ela mal podia esperar pelo próximo encontro deles.

      CAPÍTULO DOIS

      Olivia acessou o painel de controle do carro. Queria verificar como Reese estava e ver como ela estava lidando com a notícia da fuga de Nolan. Mas até que os ingressos para o evento beneficente chegaram em sua mesa, mais cedo, ela não tinha razão para fazer isso; Reese e Olivia não eram próximas. Era inclusive meio estranho que Olivia quisesse ver como ela estava, mas para ser sincera, não era Reese que ela queria ver. Carter estava na sua cabeça desde que ele saíra do escritório. Ele foi um pouco rude e ela também não tinha sido exatamente gentil. As duas irmãs dele estavam na mira de um psicopata... ele tinha que estar a ponto de perder a cabeça.

      Então ela decidiu aliviar um pouco essa tensão sendo, bem, sendo ela mesma. Ela podia irritá-lo como ninguém, e depois que ela tivesse acabado ele teria muito mais na cabeça do que Nolan Pratt e a segurança da irmã. Ele provavelmente estaria amaldiçoando Olivia em silêncio, e seu trabalho estaria concluído.

      Estava torcendo para que ele estivesse com Reese. Se não, Dane estaria com ela e ele poderia transmitir a mensagem. Seria muito melhor se ele ouvisse diretamente de Olivia, porém. Esse era o caminho mais seguro para garantir que ele estourasse. Olivia não conseguiria fazer com que ele perdesse a cabeça se não pudesse falar pessoalmente com ele. E a desculpa para sua ida até o hospital era a entrega dos ingressos para Reese.

      Olivia saiu do carro e entrou no hospital. Entrou no elevador e apertou o botão para subir até o andar onde ficava o consultório de Reese, e quando o elevador abriu as portas foi direto até lá. Aparentemente a sorte estava ao seu lado... vozes ecoaram no corredor e uma delas era definitivamente do Carter. Olivia queria dar pulinhos de alegria. Isso seria divertido.

      Carter estava falando, mas ela abstraiu a conversa e parou na porta, bloqueando a saída dele. “Indo a algum lugar, bonitão?”

      Dane sorriu para Olivia e ela retribuiu com um sorriso acolhedor. Pelo menos um deles parecia feliz em vê-la. Carter certamente não estava... o olhar furioso que ele lhe lançou faria alguém mais fraco murchar. Ela pestanejou para ele e disse, sem falar uma palavra, pode vir quente que eu estou fervendo.

      “Não tenho mais nada para fazer aqui. Estava indo para casa. Quer dizer, se você me deixar passar”, Carter respondeu.

      “Não saia ainda. Preciso falar com vocês três, e parece que é o meu dia de sorte, afinal, encontrei os três juntos”. Olivia piscou para Carter e ele estreitou os olhos. Ainda não confiava nela. Bem, ela iria testá-lo um pouco e ver até onde conseguia ir para irritá-lo.

      Carter beliscou o osso do nariz. “Por favor, Srta. West. Tem a nossa atenção”. Ele não parecia satisfeito ao permitir a sua entrada no consultório. Olivia curvou os lábios em um sorriso sexy. Pobrezinho... estava tendo um dia horrível. Ela segurou o risinho sarcástico que queria escapar. Seria ir longe demais.

      “Bom saber”. Ela passou como uma brisa por Dane e Carter e foi direto até Reese, entregando a ela o envelope. “Eu trouxe os ingressos para o evento beneficente”. Ela estava na comissão de planejamento e, embora não entregasse pessoalmente todos os ingressos, tinha requisitado os de Reese com esse objetivo.

      “Droga”. Reese pegou o envelope e abriu. “Esqueci completamente disso”. Ela parecia cansada. Devia estar sendo difícil manter seus compromissos no hospital e ter que se preocupar com a obsessão de um assassino em série. Olivia sentiu pena dela, mas não expressou isso em voz alta. Não queria lembrar nenhum deles do que estavam enfrentando, se pudesse evitar. Todos sabiam o que podiam perder e não precisavam da opinião dela.

      “Achei que você pudesse ter esquecido”. Olivia sorriu discretamente e

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