A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security. T. M. Bilderback

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A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security - T. M. Bilderback

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      “Porque é que te demoraste tanto, Mickey? Paraste para comer gelo?”

      “Não deixes que os meus dentes a bater te enganem. Estou tão quente agora como uma pizza numa loja de conveniência.”

      “Obviamente não tens ido ultimamente à Pizzaria do Tony. Acho que as pizzas deles nunca estão quentes, mesmo quando saem do forno.”

      Apontei para a vítima. “Sabemos quem ele é?”

      O Sam abanou a cabeça, parecendo-se um pouco com gelatina, enquanto a cabeça se movia. Pequenos pingentes de gelo formavam-se no bigode de sal e pimenta, com a humidade da sua respiração. “Não procurei a identificação porque o M.L. ainda não chegou. Mas, de acordo com as duas testemunhas, a vítima é Skanky Sanders.”

      “E eu deveria saber quem esse é?” Perguntei-lhe.

      “Já investiguei. Se é o Sanders, é um traficante de rua. Foi preso duas vezes, mas nunca processado. As provas tinham desaparecido de ambas as vezes.”

      Eu sabia o que isso significava. Significava que este tipo vendia a alguns polícias. E mantinham-no fora de sarilhos em troca de preços baixos. Abanei a cabeça.

      "Testemunhas?" Perguntei-lhe.

      "Tivemos sorte desta vez. Temos três. Aqueles dois," apontou para o casal abraçado, "viram tudo, e ouviram um dos dois homens dizer o nome 'Esteban'. 'Esteban' chamou o outro homem de "Félix". Apontou para o táxi. "O taxista passou por aqui quando o tiroteio aconteceu. O criminoso disparou contra o táxi várias vezes, mas falhou o motorista. A descrição do atirador corresponde à do casal.”

      "Por é que aqueles dois andavam cá fora?" Perguntei quando apontei para o casal.

      "Sanders era o fornecedor deles. Andavam à procura de metanfetamina."

      Reparei nas roupas deles. Em tempos, tinham sido caras e elegantes. Estavam agora desbotadas e desgastadas. É o que a metanfetamina faz a uma pessoa. Atrai-te, mastiga-te e cospe-te como uma nódoa apodrecida.

      Tentei não parecer muito intimidante enquanto me dirigia ao casal. Decidi não ser demasiado "autoritária" enquanto falava com eles. Sempre a polícia útil. Sim, sou eu mesma.

      "Olá, pessoal. Sou a Tenente Rooney. Mas chamem-me Mickey."

      O homem riu-se entre dentes. "Está a brincar, não é?"

      Já o esperava. Isto já estava a ficar velho. Peguei no meu distintivo ao pescoço e mostrei-lhes o meu cartão oficial de identificação. Tenente Mickey Rooney, CPD. Abreviatura de Michelle, mas isso não lhes ia dizer.

      "Tem alguma ligação com o actor?", Perguntou o homem.

      Suspirei de novo. "Nenhuma ligação."

      "Uau", disse a mulher. "Aposto em como ouve montes de piadas por se chamar Mickey."

      "Deixe-me colocar-lhe desta forma", respondi. "Não vai conseguir inventar uma piada que eu já não tenha ouvido."

      O homem riu-se entre dentes novamente.

      "Posso ter os vossos nomes?"

      "Eu sou William, e esta é a minha mulher, Deborah", disse o homem.

      "Apelidos?"

      "Glick."

      "O Sanders era o vosso fornecedor?"

      Os dois trocaram olhares preocupados.

      "Não estou aqui para vos fazer uma rusga, nem vos dificultar a vida. Só preciso que me respondam a algumas perguntas." Olhei de William para Deborah. "Têm a minha palavra."

      William fitou-me nos olhos por um momento. Podia ver que acreditava em mim. "Sim, era o nosso traficante."

      "Porque é que estavam aqui ao mesmo tempo que ele?"

      "Tínhamos falado com ele mais cedo. Disse-nos que estava liso, mas que podia ajudar-nos um pouco mais tarde. Disse que estava à espera do fornecedor dele", disse William.

      "Sim, então nós seguimo-lo", disse Deborah. "Queríamos obter produto fresco."

      Olhei para ela. "Está assim tão mau?"

      Ambos assentiram. "Está a tornar-se muito difícil neste momento."

      "Quando terminarmos, se vocês quiserem, levo-vos a um lugar que vos pode ajudar. A Cidade presta assistência a pessoas que querem parar de usar." Deixei-os absorverem aquilo por uns segundos. "Agora, que aconteceu depois de seguirem o Sanders?"

      "Disse que o fornecedor devia estar a chegar a qualquer momento. Disse-nos para irmos para o beco e escondermo-nos atrás do contentor do lixo. Que o seu fornecedor nos mataria se nos visse", disse William.

      "Vimos tudo", disse Deborah. "Uma limusine preta parou em frente ao Skanky, e o motorista abriu a porta para este tipo. O homem falou um pouco com Skanky.”

      "O tipo era hispânico", acrescentou William. "Não posso explicar melhor do que isso."

      "De que é que eles falavam?" Perguntei-lhes.

      William franziu a testa. "O Skanky disse ao tipo que tinha um compromisso, e disse ao hispânico para se ir embora. O hispânico disse que o encontro do Skanky era com ele. O Skanky disse algo sobre ele não ser o Tinker, quem quer que o Tinker seja. Depois o hispânico perguntou se o Skanky sabia quem ele era, e o Skanky disse que não. Então o tipo disse algo em espanhol. Acho que ele disse o seu nome, porque a frase terminou com Esteban Fernandez."

      "Sim, então esse Esteban puxou de uma arma e deu três tiros no Skanky ", disse Deborah.

      "Vimos o táxi passar, e o tal Esteban virou-se e disparou várias vezes contra o táxi. Deve ter falhado. O motorista da limusina disse ao Esteban que eles tinham de desaparecer, porque o taxista chamaria, com certeza, a polícia. EsteBan concordou com o motorista da limusina, e chamou-lhe 'Félix'", disse William. Eles foram-se embora depois disso."

      "Conseguiram ver o número da matrícula?" Perguntei-lhes.

      Ambos abanaram a cabeça.

      "Obrigada pela vossa ajuda. Por favor, aguardem aqui mais um bocado e eu levo-os à tal clínica.”

      Ambos os Glicks agradeceram.

      O Sam e eu afastámo-nos.

      "Reconheces alguns destes nomes?" Perguntei ao meu parceiro.

      O Sam estava a pensar. "Já ouvi o nome Tinker... Talvez seja um fornecedor de escalão mais baixo. Os outros dois... Algo sobre Esteban Fernández soa familiar, mas não sei porquê.”

      "Comigo também. Mas não consigo pensar de onde...” Estremeci. "Onde está o taxista?"

      "Sentado no táxi."

      Calor! Pensei que era a altura ideal para interrogar o taxista, o que podia demorar algum tempo. Um tempo

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