As Probabilidades Do Amor. Dawn Brower

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As Probabilidades Do Amor - Dawn Brower

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cada rodada. Ele tinha condições de dar lances tão altos quanto quisesse. Mesmo ela sendo filha de um duque, ele duvidava de que ela ganhasse uma atribuição mensal polpuda o suficiente para superá-lo. Ele teve o prazer da vitória. Quando o leilão acabou, virou-se para ela com um sorriso satisfeito.

      – A senhorita não deveria ter se dado ao trabalho.

      Ela bateu o pé com raiva.

      – O senhor não tem escrúpulos.

      – Querida – disse ele, em um tom de desdenhosa condescendência. – Eu a salvei de si mesma.

      – Oh… – Ela voltou a bater o pé. – Eu o odeio. O senhor não sabe o que fez, mas posso lhe garantir que não me salvou de nada no dia de hoje. O senhor destruiu os planos que eu vinha fazendo com bastante cuidado há meses.

      – Não há necessidade de tal alarde. É só um cavalo. Como eu comprando-o pode ter destruído qualquer coisa? – Ele ergueu uma sobrancelha zombeteira. – Há outros cavalos. – Ele apontou para outro garanhão que estava sendo leiloado enquanto eles discutiam. – Aquele ali deve servir para qualquer coisa que a senhorita possa desejar.

      Ela ergueu o queixo em desafio.

      – Não, ele não servirá, seu maldito idiota. – Lady Katherine balançou a cabeça e olhou para ele como se ela tivesse engolido algo desagradável. – Havia apenas um cavalo que serviria para o que eu tinha planejado e o senhor o tomou de mim. Eu sabia que o senhor não gostava muito de mim desde aquela noite no teatro, mas nunca pensei que me odiasse.

      – Eu não a odeio. – Aquilo sugeriria mais sentimentos e pensamentos do que os que tinha dado a ela. Ela era uma moça linda com os cabelos escuros e impressionantes olhos azuis, mas ele não tinha se importado com ela de nenhuma forma. – Comprei o cavalo porque o quis. O desejo de obtê-lo nada tem a ver com a senhorita. Sir Goliath será um corredor.

      – Eu sei disso, seu palerma – disse ela entredentes, com raiva. – Ele é a razão de eu ter vindo ao leilão, para início de conversa. – Lady Katherine franziu os lábios com força. – Não preciso de explicações de sua parte sobre o cavalo de qualidade que Sir Goliath é.

      Ela saiu de perto dele feito um furacão, não lhe dando a oportunidade de falar. Não pôde deixar de olhar para a dama enquanto ela o deixava sozinho no pátio. Ainda tinha que efetuar o pagamento por Sir Goliath antes de ir embora. Bennett reavaliou a impressão que tinha sobre lady Katherine. Ainda acreditava que ela fosse uma diaba, mas descobriu que gostava do fogo dela. Se lhe fosse dada a oportunidade, separaria um tempo para poder conhecê-la melhor. Talvez ele lhe fizesse uma visita e averiguaria as razões que ela tinha para comprar Sir Goliath. Talvez ele pudesse lhe oferecer um ramo de oliveira ou algo do tipo…

      CAPÍTULO DOIS

      Katherine saiu do Tattersalls e foi direto para o Salão da Fortuna. Precisava estar entre as pessoas que a apoiavam e não achavam que sabiam o que era melhor para ela. Não desgostava, publicamente, do marquês de Holton antes do leilão. Agora, no entanto… quase rosnou de raiva por causa da destreza dele. A última coisa de que precisava era um homem arrogante se intrometendo e tentando controlá-la. Lorde Holton podia ser um dos cavalheiros mais belos da ton, mas nunca esqueceria o que ele lhe fizera. Nunca mais poderia olhá-lo da mesma forma.

      Houve uma vez em que pensara que ele talvez fosse um homem com quem valeria a pena se casar. Até mesmo tinha ido, ávida, ao teatro com a amiga Diana para que pudesse conhecê-lo. Na ocasião, ele tinha sido educado, mas distante. Tinha quase beirado à grosseria, mas tinha entendido aquela postura, já que eles não se conheciam, e ele, provavelmente, não tinha querido encorajá-la. Alguns cavalheiros casadouros não querem dar a ideia errada a uma dama. Lorde Holton não devia ter o desejo de se casar em breve. Ele teria que se render ao matrimônio, em algum momento, mas muitos cavalheiros adiavam o inevitável tanto quanto eram capazes.

      A loja de Madame Debroux ficava na frente de onde o Salão da Fortuna estava localizado, e ela não queria perturbar a ela ou aos clientes. Quando chegou à loja, olhou ao redor antes de ir para os fundos e entrar no Fortuna. A essa hora do dia, não havia muita atividade na casa de apostas exclusiva para mulheres administrada por lady Narissa, a duquesa de Blackmore. Lady Lulia, a duquesa de Clare, normalmente podia ser encontrada nas salas dos fundos, dando aulas de esgrima. Havia uma boa chance de lady Diana, a condessa de Northesk, estar lá também. Elas eram amigas queridas e ela precisava muito estar com pelo menos uma delas. Até mesmo a duquesa de Blackmore serviria, mesmo Katherine não sendo tão próxima dela quanto era das outras.

      Praticamente correu pelas escadas até chegar à porta que levava ao clube. Empurrou a porta e entrou. Havia mais pessoas do que tinha esperado. A porta do escritório de Narissa estava aberta. Espiou lá dentro e notou a duquesa ocupada em sua mesa. Algum tipo de livro-razão estava aberto, e o foco dela estava nele. O cabelo escuro estava preso em um coque elegante e ela mordiscava o lábio inferior. Um homem surpreendentemente belo estava de pé ao lado dela, o duque de Blackmore, o marido de Narissa, tinha vindo ao clube com ela. Não que ele nunca viesse ao Fortuna, mas era raro. Ela devia estar precisando do conselho dele sobre alguma coisa…

      Deixou-os repassando os livros e foi até a sala dos fundos. Lulia estava mesmo lá, mas não estava dando aulas a uma nova aluna. Diana esgrimia com ela, embora provavelmente não devesse. Se o marido dela soubesse, ele a teria trancafiado. Diana esperava o primeiro filho deles. Ela devia estar com uns três meses de gravidez. Katherine entrou na sala e olhou fixamente para as duas, mas ambas a ignoraram. Elas continuaram a esquivar-se para lá e para cá até que Diana avançou e investiu a ponta rombuda do florete no ombro de Lulia.

      – Ganhei – declarou com a voz triunfante.

      – Ganhou – concordou Lulia. O sotaque mostrava suas raízes ciganas. – Embora eu duvide de que tivesse ganhado caso eu não estivesse pegando leve com você. – Ela riu baixinho.

      Ambas se viraram para Katherine e lhe deram sorrisos igualmente felizes. Diana tirou o equipamento de esgrima e os colocou de lado. Ela foi até Katherine e lhe deu um abraço de boas-vindas.

      – A que devemos a honra de sua presença? Pensei que você estivesse em seu novo haras.

      Katherine suspirou.

      – Vim à cidade para ir ao leilão do Tattersalls ’s. – Ela franziu o cenho revivendo a memória daquela experiência horrorosa. – Eu não deveria ter tentado dar lances em um cavalo por conta própria.

      – Ah, querida – disse Diana, compreensiva. – O que aconteceu?

      Lulia, que também tinha tirado o equipamento, pegou o de Diana e guardou tudo em um armário de cedro onde costumava mantê-los, então veio se juntar a elas. Katherine esperou até que ela chegasse e então voltou a falar.

      – Lorde Holton é um puritano arrogante.

      Lulia riu.

      – Conheci o homem e não poderia concordar mais. Ele sufoca a pobre Lenora. Tentei fazer amizade com ela, e até mesmo a convidei para me visitar em Tenby, quando não estamos aqui na cidade. Ela ainda precisa aceitar o convite. Fin e eu voltaremos em breve para a propriedade familiar. – Ela fez sinal para Diana. – Essa é a única razão pela qual eu cedi à necessidade dela por esgrimir. Quando eu voltar, ela estará grande como uma casa e incapaz de se mover apropriadamente.

      Diana olhou feio para a prima. O pai de Lulia era irmão do pai de Diana. Elas só souberam que eram aparentadas há pouco tempo, mas tinham sido amigas por muito tempo antes disso.

      – Não

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