tomar boas decisões. Esta parte permite ao leitor aprender mais sobre a história pessoal do autor.
Na segunda parte do livro, o autor revela seus princípios com maior profundidade, demonstrando como os aplica em sua vida pessoal e profissional. Nesta parte, Dalio nos fornece as ferramentas, através de cinco etapas que fornecem um roteiro, para obter com êxito o que você deseja. O autor se aprofunda e descreve como ele conheceu os princípios nos quais sua vida pessoal se baseia.
Na terceira parte, ele descreve em detalhes como, em sua empresa Bridgewater, Dalio conseguiu unir esses princípios descritos na parte 2, construindo magistralmente uma organização com objetivos e uma missão delineada a partir de princípios pessoais. Ele descreve como conseguiu mesclar esses princípios pessoais com o objetivo de formar uma organização baseada na ideia de meritocracia que visa alcançar um trabalho e relacionamentos significativos por meio do que ele define como “a verdade radical e a transparência radical”. Nesta última parte, ele nos ensina a aplicar os princípios pessoais na vida dos negócios.
PARTE I: DE ONDE VENHO
NESTA PRIMEIRA PARTE, dividida em 8 capítulos, o autor faz uma breve descrição histórica de sua vida pessoal e profissional. Por meio dessa descrição, ele tenta mostrar como as pessoas não nascem com a capacidade de tomar decisões, mas as adquire a partir de suas próprias experiências. Ele deixa claro que, embora alguém persiga seus objetivos, inevitavelmente enfrentará diferentes situações complicadas e cometerá erros. É somente através dessas experiências que você aprenderá sobre suas próprias fraquezas e pontos fortes. Nesta parte, o autor mostra como se tornou ciente do sistema de princípios e como os usou para obter sucesso em sua vida pessoal e profissional.
CAPITULO 01: MINHA CHAMADA PARA A AVENTURA (1949-1967)
NESTE PRIMEIRO CAPÍTULO, Dalio, o único filho de uma família de classe média, descreve em detalhes, sem ocultar nenhum detalhe, sua infância e adolescência entre Queens e Long Island (cidades vizinhas da cidade de Nova Iorque). Seu pai era um músico profissional do gênero jazz, enquanto sua mãe, que morreu aos 19 anos, era dona de casa.
Ele explica como era um aluno modesto, talvez até abaixo da média, devido à sua “falta de memória”, como ele mesmo descreve. Juntamente com as notas ruins obtidas na escola, ele começou a mostrar que, entre seus objetivos, estava o objetivo de ganhar dinheiro; assim, começou a fazer bicos no bairro. Desde os 8 anos de idade, ele tinha uma rota como entregador de jornais, tirava a neve das entradas das casas dos vizinhos, trabalhava como Caddie em um clube de golfe próximo, lavava pratos em um restaurante e trabalhava em uma loja de departamentos. Aos 12 anos, começou a investir no mercado de ações. Quando se formou na high School o mercado de ações foi crescendo e Dalio já estava ganhando dinheiro no mercado de ações.
Ele sempre foi um garoto e jovem muito independente e individualista e não tinha medo de correr riscos. Seus colegas de escola escolheram, para o anuário da escola, uma citação que demonstrasse seu espírito individualista: “Se um homem não segue no ritmo de seus colegas, pode ser porque ele ouve a um baterista diferente. Deixe ele dançar ao som da música que ele ouve, por mais estranho que pareça.”
Ele afirma que sempre gostou de estudar no seu próprio ritmo e enfrentar seus próprios desafios, razão pela qual o contraste entre o ensino médio resulta com notas medíocres e a faculdade com notas excelentes. Na universidade, ele podia escolher suas próprias aulas e as matérias que mais o interessavam.
Através das linhas escritas neste capítulo, o autor quer demonstrar como, olhando para seu próprio passado, a pessoa pode entender de onde vêm seus valores atuais e o quanto isso pode ajudá-la a identificar seus princípios pessoais.
CAPITULO 02: CRUZANDO O UMBRAL (1967-1979)
NESTE CAPÍTULO, o autor descreve seus anos de faculdade. Onde o desempenho escolar medíocre melhorou ostensivamente, pois ele pôde estudar e estudar os assuntos que realmente o interessavam, e assim começou a descobrir seu caminho. Enquanto isso, ele aprendeu sobre finanças e o comportamento futuro das “Commodities”, então começou a investir um pouco de seu capital nessa linha. Durante esse período, Dalio encontrou na meditação transcendental um método para alcançar a paz de espírito e objetivos claros e criativos, tendo uma mente aberta.
Após a eleição de Richard Nixon como presidente dos Estados Unidos da América, ele começou a perceber como as bolsas reagiam de perto aos eventos políticos. Em 1971, quando Nixon anunciou que não apoiaria a moeda com ouro, o dólar foi desvalorizado, mas, ao contrário, os mercados subiram. Em vez de reagir como o resto dos especialistas do setor financeiro, Dalio começou a investigar processos semelhantes que haviam ocorrido no passado. Ao fazer isso, ele descobriu que o setor financeiro seguia padrões cíclicos repetidos e que, estudando o passado, poderia prever o que aconteceria no futuro, em vez de adivinhar ou “ter fé”.
No mesmo ano, em 1971, ele se formou com honras na universidade e, após um curto estágio na Bolsa de Valores de Nova York, entrou em uma pós-graduação na Harvard Business School. Depois de terminar a faculdade de negócios, ele começou a negociar “commodities” na já famosa empresa Merrill Lynch. Em 1973, ele sofreu seu primeiro fracasso financeiro, perdendo grande parte de seu capital devido à crise do petróleo. Apesar da dor, em vez de ficar frustrado, ele entendeu que isso fazia parte do processo de aprendizagem. Ele continuou aprofundando seus estudos sobre a história e assumindo riscos financeiros, o que resultou em sua demissão de seu primeiro emprego como diretor de commodities em uma empresa financeira por ser “muito selvagem”.
Nesse período, ele conheceu sua esposa Barbara e, em 1975, fundou sua própria empresa de investimentos, a Bridgewater Associates. O seu primeiro filho chamou de Devon, uma raça de gado, em homenagem aos resultados de seu trabalho nos mercados de gado, carne, cereais e oleaginosas. Durante esse período de sua vida, Dalio descobriu outro de seus princípios de vida: uma das coisas que ele mais queria era ter relacionamentos e experiências significativas, até mesmo acima do dinheiro. A partir desse momento, suas decisões e ações foram muito mais fáceis de enfrentar.
CAPITULO 03: MEU ABISMO (1979-1982)
NAQUELA ÉPOCA, Dalio previu publicamente que os Estados Unidos da América teriam de enfrentar uma depressão econômica pior do que aquela que aconteceu em 1930. Até então o mercado financeiro era muito volátil e ele com a sua agressividade característica, reagiu erroneamente, resultando em uma grande perda de dinheiro e credibilidade que afetou profundamente sua empresa Bridgewater Associates. Diante dessa realidade, ele teve que demitir quase todos os seus funcionários e até teve que pedir dinheiro emprestado do pai para continuar.
Em vez de ficar deprimido, Dalio escolheu aprender com seus erros. Ele descreve neste capítulo como, através de um autoexame, descobriu a fonte de seus erros, um dos quais, talvez o mais importante, era que ele estava se comportando como um “idiota arrogante”. Essa era uma das suas fraquezas. Essa experiência proporcionou a dose necessária de humildade que lhe permitiria combater sua agressividade. Ele também entendeu que, no processo, ele permitiu que suas emoções dominassem a razão. A partir daquele momento, ele decidiu que não iria mais pensar que estava certo em tudo, mas que analisaria as razões pelas quais achava que estava certo. A partir daí ele começou a aplicar outro princípio: verificar se estava no caminho certo em direção ao objetivo, colocando a razão antes da emoção.
Para conseguir isso, ele entendeu a necessidade de colaborar com outros especialistas
