Enredado Com A Ladra. Kate Rudolph

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Enredado Com A Ladra - Kate Rudolph

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o teria abraçado, mas suas mãos estavam presas com algemas prateadas e seus pés estavam amarrados com uma corda. Ela cravou o rosto na curva de seu pescoço e ele pôde sentir as lágrimas da jovem contra sua pele.

      — Eu estava com tanto medo — ela falou. — Obrigada. — Soluçou as palavras, quase sem fôlego com a força de seu abraço.

      Luke ajeitou o cabelo dela. Era uma massa de nós loiros com algumas folhas presas, quase como se ela tivesse estado na floresta por mais tempo do que as poucas horas que o informante de Maya disse que ela estava.

      — Estamos com você. — Ele beijou sua testa e se afastou para tentar remover as restrições.

      Ele ouviu mais dois de seus leões entrando na clareira enquanto ele trabalhava. Teve que se afastar rapidamente após um toque nas algemas. O teor de prata era tão alto que ele já podia sentir seus dedos coçando em reação. Ele sempre teve uma baixa tolerância a esse metal, mas normalmente levava pelo menos alguns momentos para uma reação alérgica aparecer.

      — Preciso de uma chave para essas algemas! — Exigiu e se moveu para desamarrar as pernas de Cassie. Ela ficou parada, e como era uma corda comum, embora grossa, foi capaz de libertá-la rapidamente.

      — Isso não é o mesmo, eu te disse — Javier, um dos leões que se voluntariado para procurar, falou. Ele não era um farejador e nunca havia caçado uma pessoa antes. Mas Luke precisava de toda ajuda possível.

      Alisha, a parceira dele, respondeu.

      — Provavelmente cobrimos o terreno de outra pessoa. — Ela deixou Javier e se aproximou de Luke. Alisha havia se mudado para seu território há apenas três meses, tendo trabalhado antes no CDC, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta, até que recebeu uma oferta de emprego boa demais para recusar em Denver. Ela não vivia dentro do território da alcateia, mas isso não a impediu de rapidamente se tornar um membro importante do grupo.

      Javier, por outro lado, nasceu e cresceu em Eagle Creek e era dono de um pequeno escritório de contabilidade que administrava as finanças de várias empresas da região. Eles foram os primeiros a se juntarem a Luke e seus companheiros nesta clareira. O resto do grupo chegou aos poucos.

      Mick, um garoto que esteve em apuros recentemente por se envolver em confusão e falhar em seu dever de guarda, rapidamente arrombou as travas das restrições de Cassie. No momento, Luke ficou feliz que o garoto tivesse essa habilidade, mas fez uma nota mental para descobrir por que os garotos de sua alcateia estavam aprendendo a arrombar as coisas.

      Já houvera roubos suficientes para uma vida inteira.

      Depois de garantir que Cassie não estava com armadilhas explosivas e que não havia outras surpresas desagradáveis ​​na clareira, Luke ajudou a irmã a se levantar e foram até onde ele havia estacionado o carro para levá-la de volta para casa.

      Ele esperava que Cassie dormisse depois de tomar um banho, mas sua irmã mais nova o chamou para conversar enquanto estava ocupada secando o cabelo. Agora que a garota não estava mais coberta de manchas de sujeira e grama, ele podia ver hematomas pretos e marrons cobrindo a pele pálida. A violência rugia dentro dele, que queria correr e caçar quem quer que tivesse feito isso com ela. Mas Luke estava grato que seus únicos ferimentos pareciam ser superficiais. Sem ossos quebrados, nem nada pior.

      Pelo menos, ela não havia dito nada.

      — Como você está? — perguntou. Ele se sentou na poltrona que ela usava para ler e apoiou os pés no pé da cama. O quarto era grande, havia duas cadeiras, uma escrivaninha e um recanto de leitura construído perto da janela. Era o quarto de hóspedes que Luke montou para sua família e ficava a apenas duas portas do seu.

      Cassie se sentou na cama, apoiando as costas na cabeceira.

      — Dolorida e machucada, mas estou bem. — Ela passou os dedos pelo cabelo enquanto falava. — Sinto muito, estraguei tudo. Eu não deveria ter feito isso, por favor... — seus olhos se encheram de lágrimas. — Sei que agi errado mas...

      Luke ergueu a mão.

      — Falaremos sobre tudo isso mais tarde. — E ele pretendia mesmo, sabia que seria tomado pela raiva assim que tivesse certeza de que sua irmã estava segura. Mesmo agora, com ela de volta em seu quarto, ele mal conseguia acreditar. Mas na manhã seguinte esperava estar em plena forma. Ela não precisava disso esta noite.

      Mas ela não estava pronta para parar de falar.

      — Você contou a mamãe e papai? — Ele não achava que ela poderia soar mais arrependida.

      E foi a vez de Luke hesitar. Sua mãe e seu padrasto estavam de férias quando Cassie desapareceu, e ele nem pensou em contatá-los até dois dias depois. Como alfa de seu território, cuidar de seu povo era seu trabalho. Não podia chorar para seus pais sempre que algo desse errado. Então ele procrastinou.

      — Ainda não — finalmente respondeu. — Eu sabia que iria te encontrar.

      Cassie semicerrou os olhos, mas não perguntou por mais motivos.

      — Será que eles poderiam não saber?

      — Falaremos sobre isso mais tarde.

      Sua irmã deixou isso de lado e mudou de assunto.

      — Foram dois vampiros que me levaram, embora eu só tenha visto um depois da primeira noite. Depois disso, eles... — ela se interrompeu e franziu a testa. Depois de um momento, continuou como se não se lembrasse de que havia se interrompido. — Não me lembro de como cheguei à clareira, mas sabia que você viria atrás de mim. — Ela sorriu e se inclinou ainda mais para trás, talvez relaxando pela primeira vez desde que entrou em casa naquela noite. Mas de repente, se sentou novamente e enrijeceu.

      — O que há de errado? — Luke perguntou.

      Cassie balançou a cabeça.

      — Não sei. Minhas costas devem estar machucadas ou algo assim.

      Luke se levantou.

      — Posso dar uma olhada? — Ele não era médico, mas achava que poderia detectar a diferença entre algo simples e algo grave. — Ou posso pedir a Kenny para dar uma olhada. Ela é paramédica.

      Cassie deitou-se de bruços.

      — Claro, dê uma olhada. — Ela levantou a camisa para revelar uma massa de hematomas centrada em sua coluna. O roxo, preto e azul cobriam suas costas, Luke não tinha ideia de como ela não tinha notado isso até aquele momento.

      Passou a mão com gentileza na pele machucada.

      — Dói? — perguntou.

      A voz de Cassie foi abafada pelo cobertor.

      — Como se estivesse ferida — respondeu ela.

      — Tenho uma pomada que deve ajudar. — Ele a deixou sozinha por um momento para pegar o medicamento no banheiro. Mas ele mal entrou no corredor quando os pelos de sua nuca se eriçaram. Ele se virou e voltou para o quarto de Cassie.

      Sua ladra, a mulher que roubou a Esmeralda Escarlate diretamente de seu cofre estava sobre sua irmã, com uma mão pairando sobre as costas de Cassie.

      —

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