Corações Em Fúria. Amy Blankenship

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Corações Em Fúria - Amy Blankenship

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tocar Kyoko? Ele sentiu a sua superfície de sangue demoníaca amaldiçoada, substituindo o seu sangue de guardião enquanto a sua raiva crescia.

      Ele queria ensinar à sua sacerdotisa o que poderia acontecer se ela fosse apanhada sozinha e sem proteção, mas de alguma forma isso tornou- se em algo mais. Ele deveria ter sabido melhor do que tocá- la. Os seus sentidos ampliaram- se e ele sentiu o seu irmão a aproximar- se a um ritmo rápido, fazendo- o rosnar silenciosamente na intrusão.

      Kyou deslizou através da água para o banco, retendo- os e gentilmente de pé. Vendo que ela ainda estava em transe, ele gentilmente estendeu a mão e traçou a almofada do seu polegar através da sua bochecha macia que gostava do calor possessivo mexendo dentro do seu sangue guardião.

      Cedendo à atração mais uma vez, ele inclinou os lábios de volta para o seu último beijo antes de desaparecer, deixando para trás apenas a vibração de uma pena dourada translúcida que também desapareceu quando tocou a superfície da água a seus pés.

      Kyoko ficou lá por um momento depois que Kyou desapareceu, tentando descobrir o que diabos tinha acabado de acontecer. Então ela engasgou- se e olhou para si mesma. Ela estava nua e ele estava tocá- la, segurando- a. Ela não pôde evitar, mas algo começou a mexer no fundo do estômago... Calor.

      Alguma coisa, que até agora... ela só sentiu naqueles raros momentos com Toya. Finalmente recebendo a sua inteligência de volta, ela agarrou as suas roupas e segurou- as contra ela. "Como ousa Kyou fazer isso!" Ela sentiu o seu temperamento começar a brilhar para o alto e poderoso senhor Kyou.

      "Quem diabos ele pensa que é?" e o seu rosto levantou- se para o céu enquanto os seus dedos levantavam- se para tocar suavemente nos seus lábios ainda a formigar. Ela esvaiu- se quando ouviu a voz de Toya chamar o seu nome.

      - Ótimo. - balançou Kyoko a camisa para fora, rapidamente lançando- a sobre a sua cabeça. No momento em que ele deslizou no lugar e ela foi capaz de ver, ela estava a olhar diretamente para Toya, não mais que um metro e meio à frente dela. Puxando a camisa para baixo, tanto quanto podia ir, ela corou dez tons de vermelho.

      - Toya, vira- te! - exigiu e então choramingou internamente “Credo, nenhum dos guardiões tem alguma noção de decência?”.

      Quando Kyoko tinha ido embora por muito tempo, Toya tinha corrido pela floresta amaldiçoando a sua própria teimosia por não persegui- la para começar. Seguindo o seu cheiro, nada o preparou para o que ele encontrou... ela estava lá como uma deusa.

      O seu peito levantado com os braços enquanto ela puxava a camisa para baixo sobre o seu corpo nu. Toya tinha congelado. Claro, ele tinha ouvido ela dizer "Vira- te", mas isso não significa que ele poderia fazê- lo. Todo o seu sangue aquecido tinha acabado de correr para o meio da seção e ele não podia mover- se.

      Como seu olhar se moveu para cima do seu corpo muito lentamente, ele finalmente veio a descansar os olhos no seu rosto. Ele já tinha visto aquele olhar antes. Sabendo que ela estava prestes a usar o seu feitiço de domador nele, Toya girou ao redor. Ele podia ouvi- la a resmungar atrás dele, algo sobre... Guardiões sem boas maneiras.

      Enquanto queimava essa imagem na memória, algo chamou a sua atenção. Ele podia sentir o cheiro de Kyoko fortemente, mas havia outro cheiro agarrado a ele. Manchas de prata apareceram nos olhos dourados de Toya enquanto ele lentamente se virava certificando- se de que ela estava vestida para que ele tivesse liberdade de movimento. Ele caminhou em direção a ela esperando que ele estivesse errado.

      Quanto mais perto ele chegava de Kyoko, mais forte era o cheiro. Kyoko ficou muito parado, esperando que ele terminasse. Ela sabia que ele cheirava o irmão nela. Todos os guardiões tinham sentidos aprimorados e depois de todo esse tempo ela ainda estava a tentar acostumar- se com aquele pequeno fato assustador.

      Ela ficou tensa quando Toya se aproximou, sentindo um leve pânico enquanto ele colocava o seu rosto quase contra o dela e inalava. Ele então agarrou o seu queixo e virou o rosto para o dele, olhando para a sua boca.

      Toya viu o seu arrepio e podia sentir o cheiro do seu medo persistente.

      - Kyoko, Kyou estava aqui contigo?

      Quando ela acenou com a cabeça, ele olhou para a boca dela novamente, com os olhos a semicerrarem- se nos seus lábios.

      - Mordeste- o?

      Kyoko ficou tão surpreso quando disse que... os seus joelhos quase dobraram. Então, pensando na pergunta e mentalmente vendo- se a morder o guardião mais temido da terra, ela começou a rir.

      - Não, Toya, eu não o mordi! Eu estava a tomar banho e a flutuar na água com os olhos fechados. Quando eu os abri, lá estava ele, praticamente deitado em cima de mim e..." - a sua voz caiu para quase um sussurro e ela encolheu os ombros, "ele beijou- me." Kyoko parou de rir quando viu a prata substituir o ouro dentro das írises de Toya.

      Toya agarrou- a pelos ombros e sacudiu- a, precisando saber exatamente o que aconteceu.

      - Kyoko, ele fez mais alguma coisa? Diz- me agora!

      Ele podia sentir o enorme pânico dentro dele com a ideia de Kyou beijar Kyoko... o que diabos estava ele a pensar. Ela ficou chocada com o quão louco Toya estava de repente. Kyoko levantou os ombros e com um olhar confuso no seu rosto, ela acenou com a cabeça.

      - Sim, ele tirou- me da água e colocou- me no banco, deixou- me aqui, e então... desapareceu. Ela nervosamente levantou uma mão e correu- a através do seu cabelo molhado e ela olhou para o lado. Secretamente, ela perguntou- se onde Kyou estava agora e se ele ainda estava a observá- los. Normalmente, a presença de Kyou não era vista.

      - Ele nunca disse uma palavra. - acrescentou ela como uma reflexão posterior.

      - Kyoko, ele marcou- te em algum lugar? - perguntou Toya com uma voz calma enquanto escondia o fato de que as suas entranhas estavam a gritar em negação. Ele puxou o cabelo dela para trás para olhar para o pescoço dela antes que ela pudesse responder.

      Ele podia sentir os seus batimentos cardíacos fortes e pulsando sob a sua pele enquanto procurava por qualquer marca escondida que Kyou pudesse ter deixado para trás.

      Kyoko tentou bater na mão dele, mas ele não teria nada disso, então ela gritou:

      - Não, ele não fez isso! Porquê?

      Isso estava a começar a assustá- la um pouco. O que Toya quis dizer, "marcada" afinal? Ela sentiu a sua pele começar a eriçar- se quando ela imaginou uma cena com um vampiro de algum velho filme em preto e branco na sua mente. Então a cena transformou- se num dos filmes mais recentes onde o vampiro era sexy e... e ela rapidamente apagou o pensamento.

      Toya soltou o cabelo depois de não encontrar marcas, mas olhou para ela muito intensamente, o seu coração ainda a martelar forte no seu peito. "Eu não gosto disso." Ele viu como ela colocou os braços em torno de si mesma como se ela estivesse fria. Toya rosnou suavemente, profundamente na parte de trás da sua garganta enquanto ele estava na frente dela, olhando para os seus olhos esmeralda.

      - De agora em diante, ficas perto de mim.

      Ele viu os lábios dela por um minuto, sem gostar do fato de que Kyou os tinha beijado quando ele não o tinha feito. Estava a deixá- lo- o louco e o fato de que estava a deixá- lo louco, estava a deixá- lo pior.

      Ele inalou o seu cheiro novamente; cheirando a presença perturbadora do seu irmão e que não

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