Nova Ordem Mundial. Manuele Migoni

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Nova Ordem Mundial - Manuele Migoni

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de um SMS, é sobretudo pelo e-mail que lhe dizia, que parece chegar por sua conta diretamente à sua sede em Nova York; o senhor, além de não ter enviado este e-mail, falou com alguém desta carta ou pediu a algum de seus homens que avisaram a aquele da existência e da chegada desta carta suspeita?

      - Agente Mary, eu não esperava nem sua presença aqui hoje, sobretudo em relação à carta, nem muito menos (nem sequer minha secretária, que recebeu o encargo de me entregá-la “fechada") nunca mencionei esta carta a ninguém, somente ao senhor depois que o senhor mesmo a havia mencionado.

      - Então, está tudo claro para o senhor?

      - Eu diria que sim.

      7.

       Depois das indicações/testemunho de um agente britânico – Londres, Maio de 2017

      O lugar era um daqueles que não se recomendariam a ninguém.

      Um velho escritório de gás junto ao Tâmisa, lugar onde se realizavam os negócios mais turvos.

      Em uma mistura de odores entre petróleo, gasolina e carne anda o mal.

      Os agentes Mary e Nicosia sabiam muito bem que o suposto chantagista do vídeo não sairia com vida.

      Com David Lobowicz presente.

      -FBI – se ouviu ao longe a voz de Paul Mary.

      - Escute, estas são coisas que normalmente resolvemos entre nós e logo os senhores, os do FBI, aqui em Londres; o que significa isso? -replicou David Lobowicz.

      - Então o homicídio também se encontraria entre suas práticas resolutivas?

      - Olhem...

      - E também resolveu desta forma as coisas com Virginia Blade e Pete Norton? – O estupor rodeou David Lobowicz e seus homens por um momento, enquanto Paul Mary e Joseph Nicosia se aproximavam lentamente.

      - Só queremos conversar – continuou Paul Mary – e esclarecer algumas coisas.

      - Bem, agentes, mas e o vídeo?

      - No momento tenho que lhes pedir que deixem suas armas no chão: há franco-atiradores por todas as partes e homens prontos para entrar em ação, estão cercados.

      - E do que poderiam me acusar? – David Lobowicz sorriu, indicando com um gesto aos seus homens que deixassem suas armas no chão.

      - Larry Belfiori, trabalha para o senhor? É um dos seus?

      - Queria que pelo menos me mostrassem uma cópia do vídeo, se não lhes incomoda.

      - Antes terá que responder algumas perguntas, Sr. Lobowicz.

      - Não sei como chegaram até a mim, quem lhes mandou aqui, mas não acredito que eu tenha muito o que dizer sobre os nomes que me deram.

      - No entanto, nós achamos que o senhor sabe mais do que nos quer fazer acreditar.

      - Virginia Blade...acredito que havia alguém que a perseguia, uma dessas pessoas que se divertem matando estrelas.

      - E Larry Belfiori, Pete Norton, Nat Calaiò, Inclusive alguns homens do ministério?

      - Posso falar a vocês de Pete Norton, que se encarregou de protegê-la: é possível que quem o matou foi o mesmo homem que perseguia Virginia Blade.

      - Me está dizendo que este homem conseguiu matar Pete Norton no interior de um edifício de segurança máxima?

      - Em todo caso, quero este vídeo!

      - Se não nos disser que papel o Larry Belfiori tem em tudo isso distribuiremos este vídeo a todas as revistas mais importantes do Reino Unido.

      - Em menos de uma hora, diz? E sabe quem em menos de uma hora poderia cancelar a publicação?

      - Então por que ter problemas e pagar por este vídeo?

      - É algo que não lhe importa.

      - Quererá dizer que, além da publicação do vídeo, se falará também de uma estranha união entre famílias importantes e serviços secretos corruptos, dando nomes e sobrenomes, incluindo os seus e o de Larry Belfiori, assumindo uma nova versão sobre a morte de Virginia Blade.

      - Este vídeo não chegará às mãos de nenhuma revista.

      - Tem certeza? Poderia pará-lo em seguida, mas de fato já haveria saído?

      - Em suma, Belfiori; querem Larry Belfiori, querem saber se trabalha para mim? Não, não trabalha diretamente para mim, mas nos ajuda.

      - Em quê? Tráfico de imigrantes, drogas, armas, chantagens a políticos, a juízes?

      - São coisas das quais ao menos deveria me trazer algum indício de prova, não acha?

      - Temos uma gravação onde Belfiori nos fala em seu celular sobre a morte de Virginia Blade, que Webb e Merries são seus homens e que foi uma morte acidental, por overdose.

      - E então, de que estamos falando?

      - É sobre Pete Norton e Nat Calaiò, duas mortes mais que suspeitas?

      - Escutem, agentes! Esses dois podem ter tido problemas que não tenham nada a ver com a morte da cantora, não acham?

      - Ao menos queríamos falar com Larry Belfiori.

      - Para quê? Para prendê-lo? Agora mesmo lhes mandaria vê-lo, mas que garantias me dão?

      - No momento, seria importante pelo menos falar, poderá vir em presença de um advogado e nos limitaremos a tratar unicamente do caso Blade-Norton.

      - E o vídeo? Quem me garante que não é uma armadilha?

      - Se você fala de armadilhas, Mr. Lobowicz, em todo caso estão à ordem do dia aquelas que o senhor e seus homens fazem com quem incomoda em suas operações.

      - Sim, sim. O normal nos policiais.

      -Não acredito que Larry seja imputável por estes fatos e, quanto ao resto, deveria saber que aos poucos participa do jogo.

      -Apenas uma conversa normal, depois da qual o mesmo Belfiori poderá recuperar o vídeo.

      - Farei com que se reúnam com Larry Belfiori, mas esse vídeo deve aparecer, entendido?

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