Historia Langobardorum. Paulus Diaconus

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Historia Langobardorum - Paulus Diaconus

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de Teodorico, faço notar que, depois deles, passa-se para uma arte pobre paleocristã: a arte marca bem a passagem do mundo antigo aos novos tempos. De igual modo, independente da data em que se conta que Colombo tenha descoberto a América, a arte do segundo “quatrocentos” florentino já mostrava o Renascimento, que aparece brevemente e logo se dissolve no Maneirismo que se tornará Barroco já na cúpula de Michelangelo de São Pedro. Assim os Comuns se tornam Senhorios e a política religa o fio com a antiguidade clássica que tem em si os símbolos do poder. História estranha aquela da arte Clássica, nasce na democrática Atenas para se tornar instrumento de cada ambição imperial. De todo modo, também a arte decreta o fim da Idade Média, com o retorno à plasticidade e o "novo estilo" do Vasari. Na prática, é do David de Michelangelo e não de Colombo, a data certa a ser lembrada.

      Assim, tendo esclarecido que é a sensibilidade comum e não as datas que marcam a História, acrescentamos o conceito de instrução estatal. Cada estado exalta a história que lhe convém para justificar a sua existência, poderíamos adicionar também o fator geográfico que é parte integrante, mas teríamos um tratado de Platão e muito longo. Retomando, os Lombardos dividiram a Itália e para o futuro Estado-Nação, tudo aquilo que Roma não tem como capital e todo o território nacional como domínio é negativo, é negativo, feio, não importante. Este era o interesse dos Savoia, patriotas ressurgimentais, do reinado e também do 'Duce', agora, com um partido chamado Lega Nord, as "trombetas de Roma" voltaram a se fazer ouvir manchando a verdade histórica. Eu acredito que a Italia ressurgimental se tornou um estado maduro, pronto a se tornar Europa e parte do mundo. De resto, há cento e cinquenta anos atrás, os 'Savoiardi' são famosos biscoitos, ótimos para o tiramisù e o sentimento antigermânico se transformou em antagonismo esportivo. Assim, para que todos comecem a ler um texto como esse no formato original sem uma mediação cultural estatal, permite ao homem contemporâneo, "científico", julgar por si mesmo e aprofundar o tema conforme sua vontade.

      ​Autor

      Paolo Diacono nasceu em Cividale del Friuli provavelmente em 720 d.c. O seu nome latino era Paulus Diaconus, aquele lombardo de Paul Warnefried ou também Paolo di Varnefrido. Era descendente de Leupichi, um dos lombardos sucessor de Alboino, durante a invasão da Itália. Jovem foi enviado para Pavia, que na época era a capital do Reinado Lombardo do Rei Rachis. Aqui foi aluno de Flaviano,frequentou a escola do mosteiro de São Pedro em Ciel d'Oro de onde depois se tornou docente. Ficou junto à corte também com os seguintes Reis Astolfo e Desiderio, sob este último, se tornou mentor da filha Adelperga. Quando a filha de Desiderio se casou com o duque de Benevento Arechi, a seguiu. Com a queda do Reinado Lombardo de 774, por causa da prisão do irmão, aceitou transferir-se para a corte carolíngia entre os anos 782 e 787, onde foi apreciado sobretudo como gramático. Depois da liberação do irmão Paolo fugiu da corte de Carlo Magno e voltou à Benevento e aqui entrou no mosteiro de Montecassino se tornou Monge Benedetino. Exatamente no mosteiro escreveu entre 787 e 789, a Historia Langobardorum, a sua obra mais famosa e importante. Um outro fato a seu respeito, mesmo se indiretamente, é ligada à música e de fato, de um hino seu dedicado à São João Batista, no século XI, Guido d’Arezzo obteve as sete notas musicais, as quais fizeram com que a música desse um notável passo à frente. Paolo Diacono morreu em Benevento em 799, deixando a sua História deliberadamente inacabada porque estava desiludido dos últimos fatos dos seus amados Lombardos. Uma última menção vai para a História Romana, uma outra obra de Paolo, que foi usada por muitos séculos como texto didático.

      O que é a Historia Langobardorum

      Uma bela história, em muitas das suas partes, emocionante. Infelizmente, as exigências nacionais dos dois séculos anteriores não permitiram uma visão objetiva sobre este período. O problema principal é a nacionalidade dos Lombardos, referidos como de estirpe Germânica, tentem entender, com os Austríacos em Milão e Veneza, depois em Trento e Trieste, não se podia realmente olhar para o período lombardo com orgulho nacional. Também Roma era um problema, perguntem à Garibaldi e Cavour. Por falar em Garibaldi, é um nome conhecido entre os Lombardos, não o encontrarão igual na História de Paolo, mas encontrarão uma boa sugestão. Enfim, a Itália nasce antialemã e por muito tempo o que fizeram os italianos e um pouco também na última guerra, condicionaram a imaginação de todos nós. E ainda, foram os Lombardos a partir da unidade da península, que irá durar até 1918. Mas, algo importante, os estudos sobre as origens étnicas da Europa demonstraram que a identificação Estado-Nação é artificial, cultural, frequentemente, de criação recente e o sangue é tão misturado que talvez a única verdadeira nação europeia é exatamente a Europa, assim, aproveitem o conto. Às vezes, será um pouco enfadonho, impreciso, claramente pro-católico e pro-Lombardo, inacabado, faltando o final pois o autor, desiludido pelo final pouco glorioso do reino, se recusou a completá-lo. Enfim, uma epopeia sem o gran finale.

      ​A Obra

      A obra é escrita por Paolo Diacono no mosteiro beneditino de Montecassino dois anos depois de sua volta da corte francesa de Carlos Magno junto a qual desenvolvia a função de gramático. A História descreve os eventos de uma parte do povo chamado Winili, que tomará depois o nome de Lombardo, depois da heróica e mítica batalha contra os Vândalos. Depois, seguindo os eventos dos vários reis, o conto nos leva para a Panônia e de lá para a Itália. A este ponto, o autor nos conta sobre a Itália no momento da conquista Lombarda, de Alboino e Rosmunda, dos dez anos de anarquia aos quais segue a eleição de um rei. Daqui, a História retoma a narrativa dos eventos da corte. Entram em cena Autari, Teodolinda, Rotari, o emocionante evento de Grimoaldo e o último rei de quem nos fala Paolo, o famoso Liutprando, aquele da tão discutida doação de Sutri ao Papa, o presumido início do poder temporal dos papas, mas esta doação é, de fato, uma restituição, a verdadeira doação é anterior à Liutprando.

      O autor não deixa de ampliar o seu olhar, contando eventos também eclesiásticos, de um ponto de vista estritamente católico, não deixa de contar-nos sobre os imperadores Bizantinos e os eventos do próximo e fatal reino Franco. O conto é frequentemente impreciso e, às vezes, evidentemente incorreto, mas assim dá uma visão de conjunto corretamente filo-Lombardo que coloca em destaque o fracionismo Franco-Papal nos eventos itálicos.

      Um outro detalhe do conto é a nota friulana, Paolo, originário de Cividale, que nos mantém constantemente informados sobre aquilo que acontece no nordeste da Itália mas também em Benevento, seu local de residência, Ducado, estritamente ligado ao Friuli e à coroa Lombarda.

      As fontes históricas de Paolo são: Origo gentis Longobardorum, um antigo canto que narra a lenda da origem escandinava, de acordo com Non, Gregorio di Tours, Isidoro di Siviglia, Beda o Venerável e os Anais de Benevento.

      O livro I (Primeiro) conta-nos as origens dos Lombardos, descrevendo-nos as várias etapas de aproximação à Itália até a vitória de Alboino sobre os Gépidas e a partida para a península, além dos eventos de São Benedito.

      O livro II (Segundo) conta a entrada na Itália (com uma descrição da península), a conquista de Pavia por parte de Alboino, a intriga da mulher Rosmunda e o assassinato do amado rei, para acabar com os dez anos de anarquia dos duques.

      O livro III (Terceiro) nos narra parte das travessias do Império de Constantinopla, das três invasões francas, de Autari que casa a católica Teodolinda.

      O livro IV (Quarto) conta sobre os reis Agilulfo, Rotari e de Grimoaldo com toda a sua reciprocidade, do lote de Cividale à obra dos Avari, à conquista do palácio real de Pavia.

      O livro V (Quinto) continua a narração detalhada do difícil período do reinado, Grimoaldo derrota Francos e Bizantini, engana os Avari e consolida o Reinado. O capítulo termina com a batalha entre Cuniperto e

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