O Encontro Entre Dois Mundos. Aldivan Teixeira Torres
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Читать онлайн книгу O Encontro Entre Dois Mundos - Aldivan Teixeira Torres страница 24
Um tempo depois, finalmente nos aproximamos do nosso destino (a residência de Angel). Impulsionados pela fé, força e coragem completamos o trajeto restante, abrimos a porta, entramos, fechamos a porta, e nos dirigimos a pequena sala para conversarmos um pouco mais. Sentamos nas cadeiras disponíveis, ficamos de frente uns aos outros e Angel toma a palavra:
—Poderiam me falar um pouco da experiência anterior e sobre o que aprenderam com ela?
—Eu começo. Surpreendi-me muito com esta etapa no tocante ás revelações. Nunca poderia imaginar os perigos impostos, as lutas internas que tivemos que enfrentar e a nossa importância em tudo isso. Tudo o que aprendi me ajudou a entender com profundidade a ciência, dom fundamental que nos faz descobrir a natureza, a nossa condição, e nos proporciona até realizar milagres. Em conjunto com a sabedoria, podemos resolver problemas substanciais. (O vidente)
—Além disso, melhoramos o nosso entrosamento, vencemos nossos inimigos e com um pouco mais de esforço poderemos chegar a tão sonhada co-visão. (Complementou Renato)
—Muito bem. Mas não contem vitória antes do tempo. Muitos se perderam no sexto dom. Por isto, todo cuidado é pouco. Vocês têm mais alguma observação a fazer? (O mestre)
—Nenhuma. Obrigado por tudo. (O vidente)
—Eu tenho. Estou morrendo de fome. (Renato)
Todos riem com a declaração de Renato e resolvemos de comum acordo nos alimentar. Dirigimo-nos a cozinha, preparamos o alimento, nos servimos e comemos na santa paz de Deus. Planejamos o restante do dia, terminamos de comer, e descansamos um pouco nos nossos leitos. Quando acordamos, limpamos a casa, escutamos um pouco de música no rádio de pilha, saímos para tomar um pouco de sol. Assim a tarde avança, chega a noite e nos ocupamos em outras atividades. Quando nos sentimos exaustos, vamos dormir finalmente pensando no outro dia. Que outras aventuras instigantes nos esperavam? Continue acompanhando, leitor.
A última etapa no sítio
A noite passa, a madrugada chega e um pouco de tempo depois finalmente amanhece mais uma vez. Auxiliados pela claridade natural da manhã e pela brisa aconchegante, despertamos, levantamos, nos espreguiçamos, nos dirigimos como de costume a parte de trás da casa a fim de nos banhar (Um por vez).Vamos ao quarto, trocamos de roupa, e nos dirigimos à cozinha a fim de preparar nosso café. Neste processo, aproveitamos os alimentos disponíveis e fazemos alguns pratos saborosos. Dentre eles, a tapioca, panquecas e cuscuz nordestino com charque. Um verdadeiro banquete por bem dizer. Sentamos a mesa, começamos a nos alimentar e em dado momento o mestre Angel puxa conversa.
—Hoje é um dia fundamental em sua busca.Com nossos esforços, dominaremos o sexto dom, terão a visão respectiva e a co-visão. É assim que espero. (Angel)
—O que nos aconselha neste momento crucial? (O vidente)
—Como posso ajudar? (Renato)
—Primeiramente, Cultivem a humildade, garra, coragem, força, fé, persistência e paciência.Com estes elementos, poderão conquistar qualquer objetivo na vida. Renato, sua ajuda é fundamental ,especialmente na co-visão. (Angel)
—Especificamente sobre o sexto dom, poderia nos dar detalhes? (o vidente)
—Precisamos saber direção, local, obstáculos, entre outras coisas importantes. (Renato)
—O sexto dom é o da piedade. Um grande desafio se mostra a frente mas tudo é possível. Desta vez, seguirão o caminho sozinhos e esta etapa realizar-se no sul, no local em que ,no passado, encontramos os cangaceiros. Lá, terão a oportunidade de terem a primeira parte da revelação. No entanto, terão que superar os obstáculos que ocorrerem no caminho. (Explicou Angel)
—Entendi. Quando devemos partir? (O vidente)
—Depois do café. Aproveitemos o tempo restante para conversar um pouco mais e nos distrair um pouco. (Angel)
Aprovamos a sugestão de Angel. Relaxamos, continuamos a nos alimentar com calma e conversamos um pouco de tudo. Conhecemo-nos melhor, admiramos mais o trabalho de Angel como orientador e fortalecemos os laços de amizade. Em dado momento, nos damos as mãos, nossa luz desce do céu e brilha intensamente. Ficamos impressionados com o fenômeno. No instante posterior, ela sobe e volta ao cosmo. Angel nos explica que ela nunca se apagará, pois, nossos sentimentos são verdadeiros e, mesmo desencarnados, continuará nos acompanhando. Ficamos felizes e tranquilos ao saber disso.
Terminamos de nos alimentar, pegamos uma mochila , colocamos água e comida dentro dela, nos despedimos de Angel e ,antes de ir embora, ele nos abençoa e deseja boa sorte.Com tudo pronto, saímos da casa e já fora procuramos a trilha mais próxima que nos conduziria ao destino. Ao encontrarmos, iniciamos a caminhada. No momento, apesar da nossa experiência, o medo, a angústia, a incerteza, as dúvidas e todas as fraquezas predominavam. Aonde, desta vez, o destino nos levaria? O que aconteceria? Que revelação importante poderia aparecer? Estas eram algumas das dúvidas pertinentes que povoavam nosso cérebro. Contudo, isto servia de estímulo para nós porque instigava nosso instinto de escoteiro. Éramos os três mosqueteiros da história, contando com Angel que se reduzia a dois nesta parte do trajeto.
Continuamos a caminhar e a cada passo que damos temos a oportunidade de rever lugares, árvores, o céu, o sol, o chão, enfim, todos os aspectos. Algumas vezes, paramos por instantes .Precisávemos nos recuperar e hidratar. Num desses momentos, dou as costas pro universo e grito bem alto:Eu sou feliz, estou me reencontrando com minha história e dos lendários antepassados. Usa-me,Deus! Diga também, leitor, algo motivador e terás o mesmo sentimento que o meu neste instante. Depois do grito, sinto as mãos do destino agirem e uma voz do céu a nos guiar. Com isso, continuamos nossa busca. Um pouco mais adiante, chegamos a um terço do percurso.
Exatamente noventa e oito passos depois, o sol brilha mais forte, a terra treme, e um túnel se abre a nossa frente. De dentro dele, saem espíritos de cangaceiros os quais nos cercam irremediavelmente. Um deles, que parece ser o chefe, se aproxima mais, me chama, e se comunica com uma voz fanhosa e obscura:
—Cabra da peste, para avançar terás que me vencer num duelo. Se fracassares, levarás chumbo no couro e nos acompanhará até o submundo de onde não poderá escapar.
—E se eu me negar? (Pergunto)
—Leva chumbo no couro também. (Cangaceiro chefe)
Sem opção, concordo em participar, meu adversário me lança uma espada e fica com outra. Colocamo-nos em posição de combate e um pouco depois a luta se inicia. Inicialmente, fico na defensiva, apenas acompanhando e rebatendo os golpes rápidos do meu perigoso adversário. Em algumas vezes, ele me atinge e começo a sangrar um pouco em várias partes do corpo. Porém, não desisto. Mesmo fraco e reconhecendo a superioridade do meu adversário, continuo insistindo na batalha e estudando uma forma de reagir.
Continuamos batalhando e ,quando me sinto seguro, desfiro o primeiro golpe.Com um pouco de sorte, o atinjo em cheio. Ele cai e aproveito a situação para esmagá-lo com a ponta da espada. O atinjo imediatamente no coração,