Flagelo. Aldivan Teixeira Torres

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Flagelo - Aldivan Teixeira Torres

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com os demais.

      —Diante de vós está a esfera onde tudo começou. Podem até não se lembrar, mas segundo pesquisei no início estavam Deus pai, Deus filhos e Deus espírito santo. A partir daí, foram criados os universos pelo poder de sua palavra.

      —Eu não estive no começo. Quando fui criado Javé Deus e seus filhos já existiam. Pela glória, poder e sabedoria aprendemos a respeitá-los e adorá-los. Porém, nunca tivemos uma explicação plausível sobre como tudo começou. (Respondeu ofegante e desapontado o Arcanjo Rafael mexendo nos botões em sua camiseta de seda.)

      —Este mistério é muito grande para sua mente. Por isto Javé Deus não se dignou a explicar. Para vós, basta ter em mente o amor e a complacência do divino. O que posso dizer é que Deus é o início, meio e fim de todas as coisas- Disse Ventur com autoridade e superioridade.

      —Verdade. A ele toda honra, glória e adoração sempre. (Rafael)

      —Amém. (Ventur)

      —Eu sou um simples crente humano. Como Javé vê os jovens de hoje? (Renato)

      —Os desafios são muito grandes pois há uma depreciação religiosa em todas as esferas. Á medida que as comunidades avançam esquecem-se de sua filiação divina e tornam-se autossuficientes. É o que acontece em grande escala na terra. Tente fazer sua parte, Renato. Deus julga cada um de forma individual. (Aconselhou Ventur)

      —Obrigado.Eu o farei. (Afirmou Renato)

      —Irmão, quão grande é tua sabedoria. Alguma vez já teve dúvidas? (Aldivan)

      —O fato de eu ser descendente de cristo neste plano não me faz invulnerável. Eu sou como vós, cheio de dúvidas e inconstâncias. A diferença é que estou só e tenho tempo suficiente para dedicar-me exclusivamente ao meu pai. (Explicou Ventur)

      —Entendi.Carregamos fraquezas e ao mesmo tempo somos superiores por nossa bondade, fé, inteligência e dedicação à nossa missão. Por isto é que somos “Os filhos de Deus”. (Vidente)

      —Exato. (Ventur)

      —Nesses doze bilhões de anos depois da guerra, que histórias ou fatos marcaram sua vida? (Indagou Uriel Ikiriri)

      —Muitas. Sofro só de pensar nelas. (Ventur)

      —Gostaria de compartilhar? (Uriel)

      —Sim. Estou aqui para isto. (Ventur)

      Uma pausa seguiu-se. O descendente de cristo era um homem sério, misterioso e ás vezes indecifrável. Que segredos terríveis poderia guardar? Ninguém tinha a mínima ideia e, por conseguinte a expectativa era grande. A boa nova é que o pouco tempo que conviveram já tinha sido suficiente para que ele pudesse entregar um pouco de sua confiança. Esta era a primeira vitória de nossa turma intrépida.

      Alguns segundos depois, ele já parece estar pronto.

      —A guerra de Crovos foi a segunda maior guerra conhecida em toda a história do universo que conhecemos. Após seu final, sobraram eu e uma militante chrovense. O nome dela era Kessy e apaixonei-me quase que imediatamente por sua doçura e meiguice. Juntamo-nos e reconstruímos o palácio real.Em dois anos,já tínhamos dois filhos e éramos uma família perfeita e feliz.Nós éramos a esperança deste mundo para que a vida prosseguisse.Pena que tudo não passou de uma ilusão.Certo dia,quando os deixei sozinhos em viagem a outro planeta,uma chuva de meteoros intensa atingiu o palácio ceifando-lhes a vida.Ao voltar de viagem,tive uma imensa frustração e quase me rebelei.Entretanto,a seiva divina que percorre meu peito não permitiu e conformei-me.Tem coisas que estão além de nossa vontade e não podemos atribuir ao meu pai.Este caso foi o típico exemplo do imponderável.

      —Sinto muito. Também já senti grandes dores. (Divinha)

      —Foi realmente uma pena! (Renato)

      —Isto demonstra sua grandeza e boa percepção. Que bom que está conosco agora. (Uriel)

      —Phillipe Andrews foi um humano que também sentiu uma dor parecida, perdendo toda sua família num acidente. Juntos, aprendemos que Deus não tem nada a ver com isso. Foi exatamente o que vós relatastes agora. (Rafael)

      —Sim, ainda bem que compreendi isto a tempo. Obrigado a todos pelas palavras. (Ventur)

      —Por nada. Pelo pouco que conhecemos de ti, você revelou-se um amigo compreensivo e dedicado. Que bom aprender contigo. (Aldivan)

      —Vocês também. É uma grande honra. (Ventur)

      —Há algo importante a relatar sobre a trajetória de Crovos? (Sugeriu Uriel)

      —Vós tocastes no ponto certo. Há um tempo, o planeta foi alvo de criminosos universais vindo de outra esfera. O objetivo era tomar o planeta e fazê-lo ponto estratégico de domínio. Tive que invocar a meu pai e seus anjos para que fossem expulsos em definitivo. Quem é como Deus? Tolo é aquele que anseia dominar qualquer coisa pois a soberania, a honra, a adoração e a glória pertencem unicamente ao senhor. (Ventur)

      —Isto é uma lição de vida para nós e para o mundo inteiro. (Uriel)

      —Quem por Javé? (Rafael)

      —Nós todos! (Os outros)

      A noite seguiu-se com mais conversas, brincadeiras, observação dos astros e entretenimento. A cada instante que se passava, aumentava a empatia entre os companheiros da aventura atual. Aquele grupo estava predestinado ao sucesso pela sua idoneidade, fortaleza, dedicação, esperança e fé. Especificamente o filho de Deus, encontrava-se tranquilo e confiante em seus objetivos. Tudo poderia acontecer, mas sua crença em Deus era maior do que qualquer coisa.

      Ao fim da noite, os amigos decidem recolher-se nos locais designados para isso. Descansar era tudo o que queriam após uma viagem exaustiva ao longo do espaço. Provavelmente, o outro dia traria mais novidades e surpresas.

      Amanhece. O vento é sul, o sol é quente aliviado por uma brisa fina e reconfortante que invadem os quartos através das brechas na parede e no oitão. Logo cedinho, nossos mais queridos personagens levantam e preparam-se para um dia corrido em Crovos.Eles tomam banho, voltam aos quartos e vestem roupas limpas. Por fim, dirigem-se ao ambiente de refeição.

      Prestativo e gentil, o anfitrião já cozinhava desce cedo para suprir a necessidade de seus convidados. Ao chegarem, tudo estava posto na mesa e organizado. Só teriam o trabalho de sentar e servir-se e é o que fazem. A comida era um ensopado de cravedel, um tipo de animal silvestre. A fome deles era tão grande que nem se dão ao trabalho de perguntar sobre isso.

      —Estão gostando do meu tempero? (Ventur)

      —Hum.Uma Delícia, nunca provei nada igual. (O vidente)

      —Sinceramente, gosto mais de sua comida do que da minha mãe adotiva. (Renato)

      —Como sabes, não precisamos de comida exatamente, mas se os humanos dizem, eu assino embaixo. (Rafael)

      —Nosso alimento é espiritual, a cada ato bom Deus nos alimenta. (Informou Uriel)

      —Compreendo.

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