Laços Que Unem. Amy Blankenship

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Laços Que Unem - Amy Blankenship Obsessão Livro

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agarrou a mão dela e avançou para as portas da frente. – Vamos, temos de te instalar.

      Ashton apertou o parapeito da janela com tanta força que ouviu a madeira estalar. Angel nunca lhe tinha dado razões para se sentir com ciúmes antes, mas não gostou nada da forma como olhou para Hunter… a forma como ela o beijara. Não gostou nem um pouco. Ele não a tinha deixado vir para casa só para a ver atirar-se a outros rapazes.

      Angel entrou no elevador afastando o resto da eletricidade que beijar Hunter lhe tinha causado. – Então, onde é que eu vou dormir? – ela sorriu, sabendo que era um jogo que eles costumavam jogar.

      Os quatro, Tristian, Ray, Hunter e ela costumavam tirar os registos da secretária e trocar os quartos para causar confusão em massa. Eles costumavam ter em tantos sarilhos por causa daquilo que era engraçado o facto de Hunter estar encarregue da mesma coisa que costumava fazer com que gritassem com eles.

      Hunter encolheu os ombros. – Calculei que fosses querer ficar ao lado do teu irmão – ele esticou-se e carregou no botão para o quarto andar. – Por isso, pus-te no teu velho quarto.

      - Fico contente saber que ainda tenho um quarto grande – ela sorriu, sabendo que os quartos do último andar eram enormes, comparados aos lá de baixo. Além disso, ia ser bom sentir-se completamente em casa de novo. – Obrigado.

      - Eu sempre achei que vocês os dois eram um bocado mimados – brincou Hunter – foi por isso que decidi mudar-me também – ele tirou a chave do seu bolso. Tinha-se mudado para o quarto mesmo ao lado do dela quando se mudou para lá o mês passado. Tinha feito com que ele se sentisse mais próximo dela, mesmo estando ela longe.

      - Quando é que te mudaste para o santuário? – perguntou Angel. Ele e Ray conduziam de trás para a frente todos os dias para que pudessem passar a noite com a mãe deles… mesmo antes de Ray ter a sua carta. Ele e Ray sempre amaram imenso a sua mãe e asseguravam-se que ela estava sempre bem tratada.

      Quando as portas se abriram, Hunter colocou a sua mão na ponta da porta do elevador para a manter aberta. – Desculpa Angel… eu disse ao Tristian para não te dizer. Não queria que te preocupasses connosco – os seus olhos escureceram, sabendo que ela tinha todo o direito de ficar chateada se quisesse.

      - Então diz-me agora – Angel tinha um mau pressentimento. Hunter nunca lhe tinha escondido nada e ela perguntou-se se estar fora todo aquele tempo tinha causado isto. – O que é que eu não sei?

      - A nossa mãe morreu o mês passado quando a nossa casa pegou fogo, acidentalmente – ele engoliu em seco, continuando a não querer tocar assunto. – Os bombeiros disseram que pareceu que ela estava a cozinhar e deve ter adormecido.

      Os lábios de Angel abriram quando os olhos dele começaram a brilhar com lágrimas, por cair. – Meu Deus, Hunter… lamento imenso. Quem me dera que me tivesses dito… tinha voltado mais cedo.

      - Não queria que o fizesses… ver-me assim – confessou ele, enquanto ela colocou os seus braços à sua volta, pela terceira vez na última meia hora.

      Largando a porta, ele deixou-a fechar enquanto se esticava para carregar no botão de paragem. Colocando as palmas das mãos nas costas dela, Hunter não conseguiu evitar puxá-la contra si, deixando o cheiro do seu cabelo acalmar a dor que tinha dentro de si. Esta dor não tinha nada a ver com a sua mãe.

      Angel não pensara em fazer nada mais que confortá-lo, mas assim que os seus corpos se tocaram, viu-se encostada contra a parede do elevador e com uma das pernas dele entre as suas coxas, fazendo com que uma chama ardesse em ambos de novo.

      - Meu Deus, Angel – murmurou Hunter contra a suave pele do seu pescoço, enquanto ele sentia o seu calor do seu centro subir até ao tecido que tapava a perna dele. Pressionando a sua coxa contra ela, levantou a cabeça e apanhou-lhe os lábios, num beijo frustrado. As suas mãos viajaram pelos braços dela e capturaram as suas mãos. Deslizando os seus dedos pelos dela, empurrou-os contra a parede conhecendo-a bem o suficiente para saber que ser dominada era algo que a excitava. Se quase contasse como sexo, eles tinham sido amantes há muito tempo.

      No início, Angel beijou-o de volta perdendo-se nas sensações que ele lhe estava a causar, mas depois a imagem de Ashton apareceu na sua mente, quando ela virou a cabeça, rompendo o beijo. Ela gemeu, suavemente, quando sentiu a respiração ardente no seu pescoço. Tirando as suas mãos das dele, colocou-as no seu peito e empurrou-o.

      - Hunter? – Angel manteve os olhos no chão com um medo, súbito, do que veria quando olhasse para ele – Desculpa, eu…

      - Shhh… - ele colocou os dedos debaixo do queixo dela e levantou-o para que ela olhasse para si. Ele já sabia porque é que ela estava a parar. Ashton Fox já tinha perdido… apesar de ela ainda não o saber. Os seus olhos escureceram, atraentemente, enquanto ouvia a sua respiração ofegante por causa de um simples beijo.

      - Não peças desculpa… nunca devias pedir desculpa por e amar. Pelo menos sei que me perdoas por não te ter contado sobre a minha mãe – Hunter largou-a forçando-se a dar um passo atrás e a carregar no botão para que as portas se abrissem para ela.

      Sabendo que ele iria falar da sua mãe quando estivesse pronto Angel virou-se e fugiu do elevador, deixando de confiar em si mesma para estar sozinha com ele. Assim que teve a certeza de que ele tinha desaparecido, abrandou o seu passo.

      Pobre Hunter… e Ray. Eles sempre foram carinhosos com a mãe deles e ela sempre os amou imenso de volta. Angel lembrou-se de ter desejado que ela e a sua mãe tivessem aquele tipo de relação. Mas a sua mãe era-lhe uma estranha… sempre fora.

      Quando as portas do elevador se fecharam depois de ela sair, Hunter colocou as suas mãos contra a mesma parede onde a tinha encostado… empurrando-a com frustração. Se contar até dez resultasse. Fechando os olhos, fê-lo na mesma, forçando a sua respiração a voltar a algo que se assemelhasse a normal. Quando se endireitou e abriu os seus olhos, estava completamente calmo, de novo.

      Abrindo o seu telemóvel, escreveu o número de Tristian para lhe dizer que a sua irmã estava instalada. Hunter fez uma careta ao ver que não havia rede no telemóvel.

      Angel entrou no seu quarto e sorriu, vendo que tinham deixado tudo como tinha estado antes de ela se ter mudado. Atirou-se de costas para o colchão com um suspiro feliz enquanto fechava os olhos. Assim que o fez, o que ela e Hunter tinham feito no elevador voltara para a assombrar e fazer o seu corpo arder.

      Ela tinha estado fora tanto tempo que achou que ele já não a quisesse daquela maneira. Tristian tinha começado a namorar com alguém… porque é que o Hunter não?

      Quando tinha começado a namorar com Ashton… tinha tentado bloquear as memórias de Hunter e de Tristian. Mas agora que estava de volta, parecia que o seu coração estava a ser separado de novo. Ela tinha estado apaixonada por ambos há tanto tempo que acabou por ser a razão para ela começar a namorar com Ashton… para esquecer. Mas quando Hunter a tocara no elevador, confirmaram-se os seus piores medos… ela não estava apaixonada por Ashton Fox e ele nunca a faria sentir como Hunter acabara de a fazer.

      Ela

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