Tess. Andres Mann
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Uma vez no quarto, Tess ajudou a menina a tomar um banho e quando ela saiu lhe emprestou uma de suas camisolas. Jake pediu comida através do serviço de quarto e deixou a mulher se recompor. Eles conseguiram fazer com que ela comesse um pouco.
Jake conseguiu de alguma forma se comunicar com Suchin, percebendo que agora eles possuÃam um problema. O que fazer com uma jovem prostituta que estava em perigo de ser severamente espancada, ou pior, por seu cafetão? Eles decidiram dar um passo de cada vez. Primeiro, ela precisava descansar. Eles a deitaram em uma das camas do quarto e Tess a deu um sedativo.
Sunchin dormiu, mas foi atormentada por pesadelos. Ela chorava e gemia durante o sono e teve que ser confortada várias vezes. Depois de uma noite agitada para todos, Jake perguntou a mulher o que ela gostaria para o café da manhã e pediu pelo serviço de quarto. O garçom entregou a comida no quarto e não piscou o olho ao ver dois ocidentais hospedando uma mulher local em seu quarto. Aparentemente, esses acordos eram comuns.
Jake, lentamente, tentou descobrir o que aflingia Suchin durante a noite. Hesitante, a jovem mulher disse-lhe o que ela sonhou. Ela estava sendo perseguido por homens. Eles a pegaram e jogaram-a em um quarto imundo, infestado de baratas. Ela sabia o que iria acontecer a seguir: Eles iriam torturá-la â chicoteá-la com cabos de metal, trancá-la numa jaula, choque com um fio elétrico solto â e depois iriam estupra-la. Não era realmente um sonho. Suchin realmente passou por isso.
A menina continuou. Sua mãe a vendeu para um bordel quando ela tinha sete anos de idade. Durante anos, cafetões forçaram Suchin para mais de 20 homens por dia. Se ela não fizesse o que mandavam, ou se ela tentasse fugir, ela era severamente punida. Queimada com um ferro quente, coberta de insetos que a mordiam e pior. - Eu quero morrer. - Ela disse. Ela teve relações sexuais com centenas de homens pelo tempo que ela tinha dez anos de idade.
Tess ficou chocada. - à difÃcil acreditar que uma mãe venderia sua própria filha para uma vida de escravidão.
Jake acessou a enciclopédia que se disfarçava como seu cérebro. - Camboja é uma nação fraca e corrupta que ainda esta se recuperando do genocÃdio cometido pelo regime Khmer, nos anos 70. O terror não pára por aqui. Mais de 12 milhões de pessoas são agora vÃtimas de prostituição forçada em todo o mundo. Compra e venda de seres humanos é um negócio global de US $ 32 bilhões.
Tess ligou para recepção e pediu para eles enviarem um tradutor. Um homem chamado Aran Mookjai apareceu na porta em quinze minutos e Jake rapidamente negociou o pagamento.
Suchin sentou na cama e começou a falar sobre a história da sua vida, Aran estava traduzindo as palavra dela. Ela lembrou de um infância feliz, com pais amorosos, três irmãos e uma casa fora da cidade. A famÃlia era dona de um campo de arroz. Seu pai até planejou que as crianças frequentassem a escola.
Infelizmente, seu pai morreu quando ela tinha cinco anos de idade. - Depois disso minha mãe mudou. - Sunchin disse. - Ele estava muito infeliz. Ficamos desamparados. Eventualmente, a famÃlia mudou-se para uma cabana. Quando Suchin tinha sete anos, sua mãe a vendeu, dizendo que ela seria uma empregada doméstica em uma casa. Suchin sentiu que era seu dever obedecer.
Aran explicou. - No Camboja as filhas são como propriedades. Elas estão lá como um meio de sustento para famÃlia.
Suchin continuou a contar. - Eles me trancaram em quarto. Eu chorei tentando abrir a porta. No dia seguinte, um homem disse, 'Eu tenho um cliente para você'. Eu não sabia o que ele queria dizer com isso, mas eu sabia que não era nada bom. Eu me recusei a ir. Então ele me levou para outro quarta, para me punir. - Ela parou por um momento. - Ele me fez beber a urina do homem, me amarrou e me cobriu com formigas mordedoras. Ele também me bateu. Finalmente, eu disse sim.
Suchin ficou desconfortável em contar sua história. Ela falou em pequenas explosões sem emoção. à como se ela tivesse se tornado outra pessoa contando sua própria história.
O primeiro cliente de Suchin era - Um homem asiático com um olhar maléfico. - Ela lembrou. Ela mudou de ideia e se recusou novamente a servi-lo. Furioso, seu cafetão levou a tortura a outro nÃvel. Ele esmagou um punhado de pimenta quente com o pé e enfiou em sua vagina. - A dor era terrÃvel. - Ela disse. - Eu não conseguia falar. Logo depois, o cliente colocou um preservativo e a estuprou, desfrutando de seus gritos.
Suchin não sabe se o cliente pagou uma taxa alta por sua virgindade. O tradutor acrescentou voluntariamente que, na maior parte da Ãsia, você poderia ter sexo com garotas por tão pouco quanto 5 dólares. Jake observou que o preço para estuprar uma garota foi inferior aos nove dólares que ele pagou num táxi do aeroporto para o hotel.
Aran continuou. - Aqui, as virgens costumam custar mais. Depois da primeira vez, não é incomum os cafetões costurarem as meninas, as vezes até sem anestesia, assim elas vão gritar de dor na próxima vez e enganar os clientes.
Posteriormente, se Suchin não cumprisse sua cota de homens por dia, o cafetão a punia dando choques com um fio elétrico solto. - Várias vezes eu me sentia tão cansada que eu não conseguia sair da cama. Os homens simplesmente vinham até mim, um depois do outro, como uma gangue de estupradores. - Ela disse. - Eu parecia estar morta, eu queria morrer.
Aran olhou para Tess, suspirou e murmurou. - Esse é o Camboja.
- Qual a obsessã por virgens? - Tess perguntou.
- Alguns homens acreditam que o sexo com uma mulher virgem traz sorte ou boa saúde. Os estrangeiros que fazem isso, normalmente são pedófilos ou homens que querem por pra fora suas fantasias violentas. Eles sabem que podem ir embora sem serem punidos aqui. Prostituição e tráfico humano são proibidos, mas os policiais são pagos para olharem para o outro lado.
Finalmente, Suchin disse que ela decidiu fugir. - Eu não me importave se o cafetão fosse me matar. Prefiro morrer do que viver daquele jeito. Uma noite, depois de um cliente ir ao banheiro, ela viu sua chance. Ela saiu correndo e chegou à entrada do prédio, onde o cafetão a pegou. Ele arrastou-a para a sala de tortura, onde a amarrou com braços abertos e chicoteou-a com uma bengala até que ela sangrasse, em seguida, esfregou pimentas quentes em suas feridas. Depois disso ele a vendeu para outro bordel.
Enquanto ela falava, uma tempestade vespertina chegava, quebrando o calor. Ela olhou para o aguaceiro por um minuto e descreveu em silêncio sua segunda tentativa de fuga. As coisas aconteceram da mesma forma. Ela foi capturada, espancada e vendida para outro bordel.
Tess perguntou, - O que lhe deu coragem para fugir de novo?
- Eu sabia que se ficasse eu ficaria doente e morreria. - Ela disse. - Eu não tinha nada a perder. Então, uma noite, quando seu guarda tinha deixado a porta, ela fugiu de novo. Desta vez ela conseguiu chegar a rua. Ela correu o mais rápido que conseguia até que seu cafetão a alcançou e começou a bater nela. Isso foi quanto Tess interveio e sem dúvidas mandou o homem para o hospital.
Jake