Um Rito de Espadas . Морган Райс

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Um Rito de Espadas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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ocorresse um lugar para onde ir. Ele seguiu a estrada do Norte e subiu até o topo de uma colina, desde aquele ponto de observação, ele avistou à distância uma pequena aldeia, no topo de outra colina. Ele dirigiu-se para lá e quando ele chegou, ele virou-se para trás e viu que aquela aldeia tinha o que ele precisava: uma visão perfeita da Torre de Refúgio. Se Gwendolyn alguma vez quisesse sair dela, ele queria estar por perto para assegurar-se de que ele estaria lá para acompanhá-la e protegê-la. Afinal, sua lealdade era para com ela agora. Ele não devia sua lealdade a um exército ou a uma cidade, mas sim a Gwendolyn. Ela era sua nação.

      Ao chegar à pequena e humilde aldeia, Steffen decidiu que ficaria ali, naquele lugar, onde ele poderia sempre ver a Torre e estar pendente de Gwendolyn. Ao passar através de seus portões, ele viu que era uma cidadezinha pobre e sem graça, outra pequena aldeia nos arredores mais distantes do Anel. Ela estava tão escondida na floresta do Sul que os homens de Andronicus, certamente, nem sequer se incomodariam em chegar até ali.

      Steffen chegou sob os olhares de surpresa de dezenas de moradores, seus rostos estavam marcados pela ignorância e falta de compaixão, todos olhavam para ele boquiabertos revelando o desprezo e escárnio tão familiares que ele tinha recebido desde que tinha nascido. Ele podia sentir os olhos zombeteiros de todos sobre ele, enquanto todos eles examinavam sua aparência.

      Steffen queria dar a volta e correr, mas ele se obrigou a não fazer isso. Ele precisava estar perto da Torre e por amor a Gwendolyn, ele suportaria qualquer coisa.

      Um morador, um homem corpulento em seus quarenta anos e vestido com roupas esfarrapadas, tal como os outros, se virou e dirigiu-se a Stephen ameaçadoramente.

      “O que nós temos aqui, uma espécie de homem deformado?”

      Os outros riram, deram a volta e se aproximaram.

      Steffen manteve a calma, ele já contava com aquele tipo de saudação, a qual ele tinha recebido durante toda sua vida. Ele havia descoberto que quanto mais provincianas eram as pessoas, mais alegria elas sentiam em ridicularizá-lo.

      Steffen recostou-se e assegurou-se de que seu arco estivesse pronto, caso aqueles aldeões fossem além de cruéis, violentos. Ele sabia que se fosse preciso, ele poderia abater vários deles em um piscar de olhos. Mas ele não estava ali em prol da violência. Ele estava ali para encontrar abrigo.

      “Ele pode ser mais do que apenas uma simples aberração, não é?” Perguntou outro homem, enquanto um grupo grande e crescente de aldeões ameaçadores começou a rodeá-lo.

      “Pelas suas divisas, eu diria que ele é.” Disse outro. “Isso parece uma armadura real.”

      “E o arco – é de couro fino.”

      “Sem mencionar as flechas. A ponta delas é de ouro, não é?”

      Eles pararam a escassos metros de distância e olhavam para ele carrancudos e de forma ameaçadora. Eles lhe fizeram lembrar os valentões que o atormentavam quando ele era criança.

      “Então, quem você é, seu bicho estranho?” Um deles perguntou zombeteiramente.

      Steffen respirou fundo, determinado a manter a calma.

      “Eu não quero fazer dano a ninguém.” Ele começou a dizer.

      O grupo caiu na gargalhada.

      “Dano? Você? E que dano você poderia nos causar?”

      “Você não seria capaz de fazer dano nem às nossas galinhas!” Riu outro homem.

      Steffen ficou vermelho enquanto as risadas aumentavam; mas ele não se deixaria levar pelas provocações.

      “Eu preciso de um lugar para ficar, e de comida. Tenho as mãos calejadas e as costas fortes para o trabalho. Deem-me um trabalho e eu me ocuparei nele. Eu não preciso de muito. Apenas do mesmo que qualquer pessoa.”

      Steffen queria mergulhar no trabalho braçal de novo, tal como ele havia feito durante todos aqueles anos nos porões do castelo, servindo ao Rei MacGil. Isso distrairia sua mente da situação. Ele poderia realizar um trabalho duro e viver uma vida de anonimato, já que ele havia estado acostumado a fazer isso muito antes de conhecer Gwendolyn.

      “Você se considera um homem?” Um deles gritou, rindo.

      “Talvez possamos encontrar alguma utilidade para ele.” Exclamou outro.

      Steffen olhou para ele com esperança.

      “Isso mesmo, ele pode lutar contra nossos cães ou galinhas!”

      Todos riram.

      “Eu pagaria um bom dinheiro para ver isso!”

      “Há uma guerra lá fora, caso vocês não tenham notado.” Disse Steffen friamente. “Eu tenho certeza de que, mesmo em uma cidade provincial e rudimentar como esta, vocês podem precisar de ajuda para armazenar provisões.”

      Os aldeões se entreolharam, perplexos.

      “Claro que sabemos da guerra.” Disse um deles. “ Mas nossa aldeia é muito pequena. Os exércitos não vão se incomodar em vir até aqui.”

      “Eu não gosto do jeito que você fala.” Disse outro. “Todo cheio de prosa! Parece que você teve alguma instrução. Você acha que é melhor do que nós?”

      “Eu não sou melhor do que ninguém.” Disse Steffen.

      “Isso é mais do que óbvio.” Riu outro.

      “Chega de brincadeira!” Gritou um dos moradores em um tom sério.

      Ele se adiantou e empurrou os outros para o lado com sua mão forte. Ele era mais velho do que os outros e parecia ser um homem sério. A multidão acalmou-se em sua presença.

      “Se você estiver falando sério…” Disse o homem com sua voz profunda e brusca. “… Eu posso usar um par de mãos extra em meu moinho. O pagamento é um saco de grãos por dia e uma jarra de água. Você dorme no celeiro, junto com o resto dos rapazes da aldeia. Se isso for de seu agrado, eu lhe darei trabalho.”

      Steffen assentiu com a cabeça, satisfeito ao ver finalmente, um homem sério.

      “Eu não peço mais do que isso.” Disse Stephen.

      “Venha por aqui.” Disse o homem, abrindo caminho entre a multidão.

      Steffen o seguiu e foi levado até uma enorme moenda feita de madeira, ao redor da qual havia adolescentes e homens. Cada um deles suava e estava coberto de terra, eles estavam posicionados nas pistas lamacentas e empurravam a roda de madeira maciça, cada um pegava um raio e avançava com ele. Steffen ficou ali, examinando o trabalho, ele percebeu que seria um trabalho extenuante. Um trabalho realmente esgotante.

      Steffen virou-se para dizer ao homem que ele aceitaria o trabalho, mas o homem já tinha ido embora, supondo que ele faria isso. Os moradores, depois de dizer suas últimas pilhérias, voltaram aos seus afazeres enquanto Steffen olhava para a frente, para a roda, para a nova vida que estava diante dele.

      Por um vislumbre no tempo, ele tinha sido fraco, tinha se permitido sonhar. Tinha imaginado uma vida de castelos, de realeza e de classe. Tinha visto a si mesmo sendo uma pessoa importante, a mão direita da Rainha. Ele deveria ter pensado melhor antes de sonhar tão alto. Ele, é claro, não estava destinado a isso. Ele nunca

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