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mais de perto. Podemos verificar matrículas de qualquer veículo que se aproxime.”

      Uma voz soou num intercomunicador.

      “Têm uma visita?”

      Lochner respondeu, “A Agente Paige passou por aqui para nos cumprimentar.”

      A voz disse, “Olá Agente Paige. Sou o Agente Cole e estou no veículo atrás da sua casa. Tenho comigo os Agentes Cypher e Hahn.”

      Riley sorriu. Eram todos nomes familiares de agentes com boa reputação.

      Riley disse, “Estou contente por estarem aqui.”

      “O prazer é nosso,” Disse o Agente Cole.

      Riley estava impressionada com a comunicação entre as duas carrinhas. Ela podia ver a carrinha atrás da sua casa em alguns dos monitores de Lochner. Era obvio que nada podia acontecer com nenhuma das equipas sem que a outra o detetasse imediatamente.

      Riley também ficou agradada com as armas presentes no interior da carrinha. A equipa tinha suficiente poder de fogo para combater um pequeno exército se necessário.

      Mas não conseguia deixar de pensar se seria suficiente para combater Shane Hatcher? Saiu da carrinha e encaminhou-se para sua casa, dizendo a si própria para não se preocupar. Não conseguia imaginar Shane Hatcher a passar por cima de toda aquela segurança.

      Ainda assim, não conseguia evitar lembrar-se da mensagem que recebera.

      Não pode dizer que não foi avisada.

      CAPÍTULO QUATRO

      Quando Riley entrou em sua casa, o local parecia soturnamente vazio.

      “Cheguei,” Disse.

      Mas ninguém respondeu.

      Onde estão todos? O alarme que sentiu começou a transformar-se em pânico.

      Seria possível que Shane Hatcher pudesse passar por todo aquele dispositivo de segurança?

      Riley tentou não imaginar o que poderia acontecer caso tal tivesse sucedido. O seu pulso e respiração aceleraram ao dirigir-se para a sala.

      Os três miúdos – April, Liam e Jilly – estava lá. A April e o Liam estavam a jogar xadrez e a Jilly estava a jogar um jogo de vídeo.

      “Ouviram-me?” Perguntou.

      Os três olharam para ela com expressões distraídas. Estavam obviamente todos concentrados no que estava a fazer.

      Estava prestes a perguntar aos miúdos onde é que estava Gabriela quando ouviu a voz da epregada atrás dela.

      “Está em casa, Señora Riley? Estava lá e baixo e pareceu-e ouvi-la entrar.”

      Riley sorriu à robusta mulher Guatemalteca.

      “Sim, acabei de chegar,” Disse, já respirando melhor.

      Assentindo e sorrindo, Gabriela virou-se e dirigiu-se para a cozinha.

      April tirou os olhos do jogo por u omento.

      “Está tudo bem, mãe? Pareces um pouco agitada.”

      “Está tudo bem,” Disse Riley.

      April voltou a sua atenção novamente para o jogo.

      Riley demorou um momento a pensar na maturidade da sua filha de quinze anos. April era elegante, alta, tinha cabelo escuro e os olhos de avelã de Riley. April já passara por muito nos últimos meses, mas agora parecia estar a passar muito bem.

      Riley olhou para Jilly, uma rapariga mais pequena com pele mais escura e grandes olhos negros. Riley estava a passar pelo processo de a adotar. Naquele momento, Jilly estava sentada em frente a um grande monitor a tratar da saúde de alguns tipos maus.

      Riley não ficou agradada. Não gostava de jogos de vídeo violentos. No que lhe dizia respeito, faziam a violência – sobretudo a violência com armas – parecer demasiado atrativa e demasiado asséptica. Riley acreditava que exerciam uma influência negativa sobretudo nos rapazes.

      Ainda assim, pensou Riley, talvez aqueles jogos fossem inofensivos quando comprados com a própria experiência de Jilly. No final de contas, a menina de treze anos sobrevivera a horrores na vida real. Quando Riley encontrou Jilly, ela estava a tentar vender o corpo por puro desespero. Graças a Riley, Riley tivera a oportunidade de ter uma vida melhor.

      Liam levantou o olhar do tabuleiro de xadrez.

      “Ei Riley. Estava a pensar…”

      Hesitou antes de fazer a pergunta.

      Liam era novo lá em casa. Riley não tinha planos para adotar o miúdo alto, ruivo e de olhos azuis. Mas salvara-o de um pai bêbedo que lhe batia. Precisava de um lugar para viver naquele momento.

      “O que é Liam?” Perguntou Riley.

      “Não há problema se for a uma competição de xadrez amanhã?”

      “Também posso ir?” Perguntou April.

      Riley sorriu novamente. Liam e April namoravam quando Liam começou a viver ali em baixo na sala de família, mas tinham prometido suspender a sua relação por enquanto. Tinham que ser hermanos solamente, como Gabriela dissera – apenas irmão e irmã.

      Riley gostava de Liam, e ainda mais pela influência positiva que o rapaz inteligente tinha sobre April que se interessara por xadrez, línguas estrangeiras e trabalho escolar em geral.

      “É claro que ambos podem ir,” Disse ela.

      Mas depois teve um repentino acesso de preocupação. Tirou o telemóvel, encontrou algumas fotos de Shane Hatcher e mostrou-as aos três miúdos.

      “Mas têm que ter cuidado com Shane Hatcher,” Disse ela. “Têm estas fotos nos vossos telemóveis. Lembrem-se sempre da sua aparência. Liguem-me de imediato se virem alguém que se pareça com ele.”

      Liam e April olharam para Riley surpreendidos.

      “Já nos disseste isto antesm” Disse Jilly. “E vimos essas fotos um milhão de vezes. Alguma coisa mudou?”

      Riley vacilou por um momento. Ela não queria assustar os miúdos. Mas sentia que tinham que ser avisados.

      “Recebi uma mensagem de Hatcher há pouco,” Disse ela. “Era…”

      Hesitou novamente.

      “Era uma ameaça. É por isso que quero que estejam muito atentos.”

      Para surpresa de Riley, Jilly sorriu-lhe.

      “Isso quer dizer que ficamos em casa quando a pausa de primavera da escola terminar?” Perguntou.

      Riley ficou alarmada com a despreocupação de Jilly. Também se interrogou

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