Para Você, Para Sempre. Софи Лав
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Читать онлайн книгу Para Você, Para Sempre - Софи Лав страница 13
Chantelle levantou os olhos, com o rosto vermelho de fúria. "Ela roubou Bailey de mim".
Emily franziu a testa, confusa ao ouvir o nome de Bailey. Ela e Chantelle eram como carne e unha.
"O que você quer dizer?" perguntou Gail.
A expressão de Chantelle era de extrema dor e mágoa. Só de vê-la daquele jeito, Emily se entristecia.
"Ela disse que eu tenho um sotaque de gente burra", gritou Chantelle. "E que Bailey só poderia ter uma amiga com cabelos loiros. Então, Bailey me disse que Laverne é sua nova melhor amiga". O rosto da menina assumiu uma expressão de profunda tristeza. Em vez de raiva, ela se desfez em lágrimas, deixando cair a cabeça entre os joelhos e soluçando amargamente.
Emily pôs a mão sobre o coração. Aquilo era demais para suportar.
"Podemos fazer alguma coisa?" Emily perguntou, olhando para Gail. "Você entende como é importante para Chantelle ter consistência em sua vida".
"Claro", Gail respondeu, diplomática. "Você é uma boa amiga de Yvonne, mãe de Bailey, não é? Talvez possa falar com ela a respeito?"
"Eu não tenho certeza de como isso vai ajudar", Emily respondeu. "Bailey é muito determinada. Mesmo que a mãe dela lhe diga para fazer algo, isso não significa que ela fará. Não seria mais fácil simplesmente transferir Laverne para outra turma, para que elas, naturalmente, se separassem?"
A Sra. Doyle parecia perplexa. "De jeito nenhum".
"Mas olhe o que isso está fazendo com Chantelle!", exclamou Emily.
A Sra. Doyle falou com franqueza. "Laverne é nova aqui, assim como Chantelle já foi. Ela encotrou uma amiga em Bailey e seria cruel tirar isso dela".
Emily sentiu seus instintos maternais se aguçarem. "Com todo o respeito, Laverne não tem o mesmo tipo de história que Chantelle. Ela não passou pelas mesmas dificuldades. A solução mais fácil não seria trocar as classes agora? Para arrancar o mal pela raiz antes que fique pior? Se Laverne pôde ser tão maldosa agora, quanto pior ela poderá ser amanhã ou no dia seguinte?"
"Sinto muito", disse a Sra. Doyle, meneando a cabeça. "Mas elas terão que resolver seus problemas. Gail pode guiá-las e, claro, a Srta. Butler estará supervisionando tudo em sala de aula. Não há soluções rápidas nesse tipo de situação, Sra. Morey. As circunstâncias de Chantelle não são relevantes nesse caso".
Emily olhou suplicante para Gail. "Você está do meu lado, não é?"
"Não é sobre quem está do lado de quem", respondeu Gail. "Estou aqui por Chantelle e o que é melhor para ela".
"Deixe-me adivinhar", disse Emily. "O que é melhor para ela é vir ao seu escritório uma vez por semana para falar sobre seus sentimentos? Ela é uma criança de sete anos. Ela age de acordo com suas emoções, seus sentimentos. Sentar aqui falando com você sem parar não ajudará com o bullying".
"Nossas sessões são muito valiosas", Gail respondeu calmamente.
"Eu não acho que devemos rotular isso de bullying", a Sra. Doyle interveio.
Emily ficou furiosa. Ela sentiu como se todo mundo estivesse abandonando Chantelle. Como que aquilo não era bullying?
Chantelle foi ridicularizada por seu sotaque. Sua melhor amiga foi tirada dela. Essa nova garota a ostracizou. Como isso não é bullying?"
"Emily", Gail falou, suavemente.
Mas Emily estava exasperada. Ela sentiu como se ninguém na sala estivesse preparada para fazer qualquer coisa concreta sobre a situação. Tudo o que elas estavam oferecendo era mais das mesmas conversas inconsistentes, que lhe pareciam inúteis agora, como aconselhamento matrimonial para um casal de jovens que mal tinham idade para amarrar seus próprios cadarços!
"O quê?" Emily perguntou furiosa para Gail, tão perto de perder a paciência que a assustou.
"Tenho muita experiência em lidar com essas situações", continuou Gail. "Vou reunir Chantelle, Laverne e Bailey aqui. Não há culpa. Nós só precisamos descobrir uma maneira delas ocuparem o mesmo espaço juntas".
Emily ouviu o suficiente. "Isso é um absurdo. Vocês estão querendo contornar as coisas para proteger uma bully. Vamos, Chantelle, vamos embora".
Chantelle pareceu completamente surpresa. Ela piscou, com os cílios úmidos de lágrimas, e depois se levantou. Emily sentiu uma grande sensação de alívio quando a garota correu para ela e colocou os braços firmemente ao redor de sua barriga. Ela fez o que deveria como mãe; apoiar sua filha incondicionalmente. Nada disso era culpa de Chantelle e a última coisa que ela queria era que a criança pensasse que havia feito algo errado. Juntas, elas saíram da sala.
"Mamãe, você está tremendo", disse Chantelle enquanto caminhavam pelos corredores, passando por Tilly na recepção e pelos degraus de pedra.
"Desculpe", Emily respondeu, respirando fundo. "Eu não queria perder a paciência".
Mas Chantelle parecia ter se distraído completamente de sua birra. "Não precisa se desculpar", disse ela, com os olhos arregalados. "Foi legal!"
Emily não pôde evitar sentir um pequeno puxão no canto dos lábios. "Bem, obrigada. Mas não se anime. Gritar com as pessoas não é uma boa maneira de se comportar".
"Ok, mamãe", Chantelle respondeu.
Mas Emily podia ver o brilho de respeito nos olhos da filha. Quando Chantelle precisava de alguém do lado dela, Emily estava lá. Embora se sentisse péssima por sua explosão, pelo menos Chantelle podia ver em primeira mão que esta Mamãe Urso sempre a apoiaria.
Quando chegou aos degraus da escola, Emily lembrou que elas não tinham como chegar em casa. Pensou em ligar para Daniel, mas sabia que ele estava extremamente ocupado hoje com seu trabalho na oficina de Jack. Ela não tinha certeza se deveria perturbá-lo. Sabia que, por um lado, ele ia querer saber o que havia acontecido, mas ela era mãe de Chantelle tanto quanto Daniel era seu pai, e Emily tinha certeza de que podia lidar com essa situação sem ele. Eles poderiam discutir isso quando ele chegasse em casa, depois do trabalho.
Ela ligou para a pousada. Lois atendeu.
"Acho que Parker não está por aí, está?" Chantelle perguntou a Lois, com a imagem do pequeno caminhão para fretes de Parker em sua mente.
"Ele está", disse Lois. "Eu vou chamá-lo".
A linha ficou muda. Um momento depois, veio a voz de Parker pelo celular.
"Oi, Chefa", ele brincou, "o que posso fazer por você?"
Emily olhou para Chantelle, que estava sentada no degrau mexendo nos cadarços do sapato. Ela parecia muito triste. Emily teve certeza de que tomara a decisão certa em não incomodar Daniel. Ela queria estar de volta em um terreno seguro, no conforto de sua casa, antes de abordar o incidente na escola.
Emily falou para Parker: "Eu queria te pedir um favor..."
*
Naquela noite, a família se reuniu para relaxar na sala de estar. Finalmente,