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20 De Maio de 2000 o sacerdote modenese Giorgio Govonimorreu com umenfarte enquanto encontravase no escritório do seu advogado. Estavasob processo e aguardava o veredicto da sentença do primeiro grau,que teria sido proferido alguns dias depois. No dia 5 de Junho de2000 o tribunal de Modena em primeira instância declara culpado opadre da Bassa conjuntamente a uma dezena de inquiridos. O tribunalde relação de Bologna declara que o padre morto não pode serjulgado em pleito (art. 69). O processo por acusações de pedofiliavisava 15 arguidos, entre os quais, o Govoni, todos condenados emprimeira instancia21.
O ex abade da paróquia Regina Della Pace (Rainha da Paz) deFirenze, dom Lelio Cantini, 85 anos, foi acusado em 2004 por umavintena de fies e, sucessivamente, por alguns sacerdotes deviolênciasexual, psicológica e plagio22.
O sacerdote dom Mauro Inzoli, ex dirigente do movimento católico decomunhão e libertação o ex presidente do Banco Alimentar, foiprocessado segundo rito abreviado e condenado a quatro anos e novemeses de prisão por sentença proferida pela juíza Letizia Platéna data de 29 de Junho de 2016, com a acusação de abusos sobremenores com a agravante de abuso de autoridade. Os episódios deviolência sexual intimados pelo procurador chefe de Cremora RobertoMantino são no seu todo oito, cometidos no decurso de tempo que vaidesde 2004 e 2008. Enquanto outros doze casos caíram em prescriçãoe não mais puníveis23.
OS ABUSOS DO CLERO. UM PROBLEMA ESPORÁDICO?
Em 2012 o padre Federico Lombardi24declarou ao jornalista Federico Tulli que, segundo a santa sé apedofilia do clero, na Itália é um problema esporádico. Realmentesegundo outras fontes, este problema não é esporádico. Na Itáliacontamse nada menos 15 de 100 sacerdotes actualmente inquiridos25e mais de 120 condenados apenas nos últimos 15 anos26.
Não é preciso explicar que as cifras citadas são apenas umapequena gota no oceano. O problema da pedofilia e dahomossexualidadeé difundida na hierarquia da igreja católica do que podemos pensare imaginar. Em 2010 a Santa Sé publicou um documento: “Degravionibus delicts”, que ao art. 6 faz referencia aos mais gravescrimes contra a imparcialidade da vida:
“§ 1. Os delitos mais graves contra os costumes, reservados aojuízo da congregação pela Doutrina da fé, são:
1º O delito contra o sexto mandamento do decálogo cometido porum clérigo com um menor de dezoito anos; neste número é equiparadaao menor a pessoa que habitualmente tem o uso imperfeito darazão;
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