O Poder Da Oração Da Meia-Noite. Gabriel Agbo
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Agora, queremos ver como Jacó utilizou sua madrugada para mudar sua situação desfavorável. Você já deve ter ouvido falar que muito poucos na bíblia poderiam dizer que tinham o mesmo nível de graça divina que Jacó. Deus o abençoou de tal forma que seus filhos, esposas e outras posses estavam nesse momento se movendo em grupos e acampamentos. E nesse período, ele havia deixado Padã-Arã (casa de Labão) para Canaã, de acordo com a direção de Deus.
Quando chegaram a um lugar chamado Maanaim (Acampamento de Deus), enviou mensageiros a seu irmão Esaú para informá-lo de seu retorno para casa. Mas a resposta que Jacó recebeu de seu irmão foi terrível. Os mensageiros retornaram para dizer-lhe que Esaú estava vindo para encontrá-lo com uma trupe de quatrocentos homens. Imediatamente, Jacó ficou confuso. Em pânico, pensou no que iria fazer. Então, orou e enviou presentes a fim de acalmar seu irmão encolerizado.
Você há de lembrar que Jacó tomou o direito de primogenitura de Esaú, assim como as bênçãos do pai. Agora, era a oportunidade de Esaú pagar em dobro. Além disso, após a debandada de Jacó, Esaú se viu no direito de reclamar para si o direito à herança deixada pelo pai. Talvez ele estivesse pensando que Jacó estava retornando para expulsá-lo das terras de seu pai, ou reclamar sua parte nelas.
Jacó sabia que a possibilidade acima talvez fosse o que estava no coração de Esaú, e assim mandou que os mensageiros dissessem ao irmão que ele não estava retornando para reclamar a herança, pois Deus já o havia abençoado com cabeças de gado, rebanhos, servos e servas.
Jacó e sua família tinham agora chegado ao rio Jaboque, e como a noite já caiu, enviou sua família para que atravessasse o rio, enquanto ele permaneceria sozinho na retaguarda. Decidiu passar a noite em oração, e desejou estar a sós com Deus. Era um local solitário e desprotegido. Jacó se curvou com grande angústia com o rosto no chão. Era meia-noite. A realidade da ameaça de Esaú, seus filhos e esposas, tudo ardia em sua mente. Então gemeu, chorou, e relembrou de todas as promessas que Deus o fez.
E de repente, uma mão forte se apoiou em seu ombro. Pensou se tratar do inimigo em sua captura, e partiu para uma luta corporal com seu adversário. Na escuridão, os dois travaram um embate corporal. Não havia espadas, mas Jacó colocou toda sua força no combate, e não relaxou seus esforços por um momento sequer. Ele batalhou pela sua vida.
É exatamente sobre isso que trata a oração da meia noite. É sobre a luta pela sua vida e destino. Quando você se sentir sua vida ameaçada, quando encarar circunstâncias que prejudiquem seu destino, o melhor lugar para resolver tudo é a arena da meia noite. À meia noite, você batalha com Deus, com homens, com espíritos. E você sabe que quando se luta pela vida, não se implora à pessoa para ser corajosa. Ele enfrenta a situação com suas últimas forças. Existem problemas em sua vida hoje que acredito só podem ser resolvidos com orações da meia noite. E você deve lutar como se fosse sua última batalha.
Jacó disse ao ser que batalhava contra ele (Jacó) que não o deixaria até ser abençoado. E essa deve ser nossa atitude quando entramos em oração. Temos que orar com a mentalidade do “fazer ou morrer”. Jacó insistiu e teve êxito. Recusou-se a deixar seu oponente a menos que fosse abençoado. Embora, algumas vezes, durante as orações, pareça que a situação esteja se complicando, mas você deve continuar até ver surgir sua vitória. Tenha sempre em mente que seu fim vitorioso está garantido.
Jacó saiu daquele lugar mudado. Recebeu um nome eternizado – Israel. Todos os seus medos foram dissipados, e Deus foi adiante dele a fim de suavizar o coração de Esaú. Durante a noite, seus medos se transformaram em coragem. Ele prosseguiu para encontrar o irmão e seu grupo de extermínio. Nesse momento, Deus transformou seus inimigos em amigos. De fato, a bíblia diz que, assim que Jacó partia do local da luta com o anjo – Peniel, “O sol nasceu” (32:31). O sol também irá nascer para você hoje, em nome de Jesus! Não há nada que você não possa obter através das orações da meia noite. Comece hoje, e logo os testemunhos começarão a te seguir.
Capítulo Dois
O Deus de Ana
A maioria das pessoas que exploram o potencial da oração da meia noite é aquela que precisa desesperadamente de uma intervenção de Deus em suas situações. Chegaram a um estágio onde, se Deus não fizer nada sobre suas circunstâncias, então estará tudo acabado. Digo, estão numa encruzilhada. Antes de você deixar o conforto de sua caba, privar-se de um sono reparador, para estar chorando e clamando a Deus para que intervenha em sua situação, então você já terá chagado ao ponto de desespero em sua vida. Às vezes, Deus também permite que cheguemos a esse estágio, de forma a nos fazer ver nossos limites, e ao mesmo tempo apreciar Sua habilidade de libertar e restaurar.
Vejamos a história de Ana em 1 Samuel 1:6-20:
“E porque o Senhor a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente a fim de irritá-la. Isso acontecia ano após ano. Sempre que Ana subia à casa do Senhor, sua rival a provocava e ela chorava e não comia…
“Certa vez, quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli sentado numa cadeira junto à entrada do santuário do Senhor, Ana se levantou e com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor. E fez um voto, dizendo: ‘Ó Senhor dos exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por toda sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados’.
“Enquanto ela continuava a orar ao Senhor, Eli observava sua boca. Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam, mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada, e disse: ‘Abandone o vinho!’
‘Não se trata disso, meu senhor’, respondeu Ana, ‘Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada! Eu estava derramando minha alma diante do Senhor. Não julgue tua serva uma mulher vadia! Estou orando aqui até agora por causa da minha grande angústia e tristeza’.
“Eli respondeu, ‘vá em paz! E que o Deus de Israel lhe conceda aquilo que você pediu.’”
“Ela disse, ‘Espero que sejas benevolente com tua serva’. Então ela seguiu seu caminho, comeu, e seu rosto já não estava mais abatido.”
“Na manhã seguinte, eles se levantaram e adoraram ao Senhor; então voltaram para casa, em Ramá. Elcana teve relações com sua mulher Ana, e o Senhor se lembrou dela. Ana deu à luz a um filho e o chamou Samuel, dizendo, ‘Eu o pedi ao Senhor.”
Essa é uma história que você conhece bem. Ana estava casada com um saudável Levita (Elcana) do Monte Efraim em Israel. O casal tinha uma vida feliz e em harmonia, mas não podiam ter filhos. Após alguns anos, Elcana casou-se com uma segunda esposa – Penina. Esta chegou trazendo contenda, ciúme e acritude.
A casa de Elcana, que antes era pacífica, repentinamente se tornou um campo de guerra. O demônio da poligamia. Ana era a mais prejudicada. E como se isso não fosse suficiente (lamentando não poder ter um bebê), Penina começou a lembrá-la da infertilidade, e de como inútil e indesejada se tornou daquela casa.
Penina fazia chacota dela e chegava até a provocá-la quando iam à igreja. Depois de passar por tudo isso, a bíblia diz que Ana chorou copiosamente, e se recusava a comer. Acredito que Ana havia se tornado um fantasma de si mesma. Imagine uma pessoa que chora, não se alimenta, e se entristece anos a fio.
Essa era a condição dessa mulher. No versículo sete, a bíblia deixa claro que isso ocorria à Ana todos os anos, “Ano após ano era a mesma coisa”. Era a mesma privação da maternidade, a mesma zombaria, e o mesmo desapontamento;