Confições De Uma Endiabrada. Dawn Brower
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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou são usados de forma fictícia e não devem ser interpretados como reais. Qualquer semelhança com locais reais, organizações, ou pessoas, mortas ou vivas, é completamente coincidência.
Um conde infame a menos Copyright © 2019 Dawn Brower
Arte da capa por Victoria Miller
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida eletronicamente ou impressa sem permissão por escrito, exceto no caso de citações breves incorporadas nas resenhas.
PRÓLOGO
Weston Manor, 1823
O salão de baile já estava lotado quando entraram. E mesmo que elas continuassem como enfeites na parede, não conseguiriam evitar a totalidade dos convidados. Todos devem ter aceitado o convite. O duque e a duquesa de Weston não promoviam bailes com frequência, e provavelmente, todos estavam curiosos. Samantha não podia culpá-los, ela ficara bastante intrigada e adorava bailes e dança. Ser convidada para um dos eventos mais exclusivos do país e no final da temporada, a emocionou. Ela examinou a sala à procura da duquesa e a encontrou na extremidade da pista de dança.
Marian se importava com uma coisa: garantir a ajuda da Duquesa de Weston para aprender a ser médica. Ela olhou ao redor da sala até encontrá-la, depois se virou para Samantha e Kaitlin.
– Se vocês me dão licença – disse a elas. – Eu vou falar com a duquesa.
– Não se esqueça de perguntar a ela desta vez – disse Samantha. – Eu vejo Lorde Darcy; Estou indo até ele.
Ela realmente não queria a atenção do Conde de Darcy, mas parecia conveniente dizer que queria dançar com ele. Prestar atenção ao conde de Darcy distrairia Gregory, e qualquer um que se desse ao trabalho de notar, do homem que Samantha realmente desejava.
– Eu odiaria que ele não pudesse me cumprimentar. Venha comigo, Katie, para não ficar aqui sozinha.
– Só para você me deixar sozinha enquanto foge para dançar com ele? – Kaitlin resmungou baixinho. – Você me deve por isso.
– Não se preocupe, querida – respondeu Samantha enquanto arrastava Kaitlin com ela. – Vou encontrar um parceiro para você também. Aquele não é o Lorde Asthey falando com Lorde Darcy?
Seu coração trovejou no peito. Embora ela realmente não quisesse falar com Lorde Darcy, ela queria ver Lorde Asthey. Ele era tão bonito. Ambos eram loiros, tinham lindos olhos azuis e um físico incrível. Julgá-los apenas pela aparência não era suficiente. Um deles fazia seu coração disparar e a enchia de emoção. O problema, é claro, era que ele não a notava como nada além da irmãzinha de seu amigo.
Kaitlin suspirou e deixou Samantha levá-la até os dois condes.
– Eu não preciso dançar. – Ela balançou a cabeça vigorosamente. – Eu posso encontrar um livro para ler e me sentar no canto.
Samantha parou e olhou para a amiga.
– Você não fará tal coisa. – Como Kaitlin pode não querer dançar? – Você não gosta de Lorde Asthey?
Isso parecia ainda pior de alguma forma porque Samantha o adorava. Ela o queria para si mesma, mas havia desistido dessa ideia há um tempo. Se não podia aproveitar uma dança com ele, talvez a amiga pudesse. Não que ela quisesse que Lorde Asthey se apaixonasse por Kaitlin, mas ele parecia gostar dela. Samantha não era tão egoísta a ponto de não desejar a felicidade à amiga. Mesmo que parecesse que estava sendo esfaqueada no coração toda vez que Lorde Asthey sorria carinhosamente para Kaitlin. Ela sacudiu a dor e colocou um sorriso no rosto.
– Lorde Asthey é amável o suficiente – disse Kaitlin em um tom bem-humorado. – Mas eu não gosto de dançar. – Ela torceu o nariz com nojo.
– Bobagem – disse Samantha e acenou com a mão. – Você ainda não encontrou o parceiro certo.
Ela estreitou o olhar quando olhou além de Kaitlin. Aquele era o irmão dela descansando no canto? Samantha soltou um suspiro. Ela teria que ter cuidado. Se Gregory, Lorde Shelby, seu irmão superprotetor pensasse que ela estava ficando muito apegada ao Conde de Darcy, ele poderia agir de maneira imprudente.
Na mente de seu irmão, ninguém era bom o suficiente para ela. Especialmente um dos condes libertinos, como se autodenominavam. Infelizmente, Lorde Asthey também estava nesse grupo em particular. Gregory adorava seus amigos, mas não queria que nenhum deles prestasse a menor atenção à sua irmãzinha.
Ela lançou um olhar para o irmão novamente. Sua cisma não deveria importar, mas Samantha odiava isso. Gregory poderia ser… irracional. Ela afastou a cautela para o lado, respirou fundo e voltou sua atenção, o melhor que pôde, para Kaitlin. Ela não conseguia afastar Gregory e seu ridículo excesso de proteção, mas poderia fazer algo pela amiga e incentivá-la a se envolver um pouco mais na sociedade.
Kaitlin colocou a mão no braço de Samantha.
– Eu realmente não quero dançar.
O que ela deveria fazer? Kaitlin ficava mais confortável se escondendo em um canto. Ela precisava ajudar sua amiga a sair de sua concha de alguma maneira. Se ela insistisse em se colar a uma parede, nunca encontraria o amor. Kaitlin merecia encontrar alguém que a adorasse. Samantha queria ajudar a guiá-la até lá. Se não pudesse ter o único homem que amava, pelo menos Kaitlin teria.
– Uma dança – disse Samantha. – Depois disso, podemos sair do salão, se desejar.
Os ombros de Kaitlin encolheram. Ela fechou os olhos e respirou fundo. – Tudo bem – disse ela. – Vou dançar uma vez, mas depois disso não quero que você me pressione em mais nada que não queira fazer. Prometa isso. – Ela olhou.
– Eu prometo – disse Samantha sinceramente e cruzou o dedo sobre o coração. A severidade de Kaitlin só serviu para torná-la ainda mais adorável que o normal. – Você pode acreditar nisso.
Ela passou o braço pelo de Kaitlin e levou-a pelo resto do caminho até Lorde Darcy e Lorde Asthey. Eles estavam conversando profundamente quando chegaram ao lado deles.
– Acho que somos cocapitães na partida de críquete deste ano – disse Darcy. – Temos mais opções para companheiros de equipe aqui. O que devemos pedir como prêmio quando vencermos?
– Um pouco arrogante de sua parte contar com nossa vitória antes que as partidas sejam vencidas, não é? – Asthey levantou uma sobrancelha. – Shelby é muito bom no jogo, devo avisar.
Os dois pararam de falar quando elas chegaram.
– Não estamos interrompendo, estamos?
Samantha bateu os cílios para eles. Ela estava ciente da partida anual de críquete. Sempre que podia, se esgueirava para assistir a alguns de seus jogos particulares, já que nem todos ocorriam em festas no campo, mas uma coisa permanecia verdadeira ao longo dos anos: todos eles jogavam, e os quatro se dividiam de maneira diferente a cada ano. Era assim que mantinham as coisas justas entre eles.
Kaitlin tinha uma expressão distante no rosto. Sua amiga provavelmente estava sonhando acordada com algo que não iria compartilhar. Samantha duvidava